Previsões segundo os modelos (até 2 semanas) - Janeiro 2024

[StormRic]

Actualização até dia 18, data em que esta série "tropical" é interrompida pela crista de altas pressões estendida pelo anticiclone a oeste da Irlanda.


A Hipolito sai dos Açores para nordeste a fim de dar um empurrão à frente do continente que continua a ondular. Não vai resultar e a depressão já bastante desgastada volta para oeste e tenta chegar novamente até aos Açores mas mantendo-se a norte dissipar-se-á sem atingir o arquipélago, pelo menos até 5ªfeira. É uma nova depressão formada a sul do arquipélago numa ondulação da frente que deslocando-se para nordeste e com algum cavamento irá finalmente remover a massa de ar tropical, na noite de 3ªfeira. Durante o dia de 4ªfeira essa depressão, bastante cavada, passará com o centro a 987hPa no noroeste da península, trazendo vento forte do quadrante Oeste às regiões Norte e Centro durante o pós-frontal, que será bastante instável.

Hoje às 00h a Hipolito já se afastava dos Açores, estando assinalado o movimento e evolução da pressão central nas 24 horas seguintes:

 

[tucha]

Actualização até dia 18, data em que esta série "tropical" é interrompida pela crista de altas pressões estendida pelo anticiclone a oeste da Irlanda.

Ver anexo 9231

A Hipolito sai dos Açores para nordeste a fim de dar um empurrão à frente do continente que continua a ondular. Não vai resultar e a depressão já bastante desgastada volta para oeste e tenta chegar novamente até aos Açores mas mantendo-se a norte dissipar-se-á sem atingir o arquipélago, pelo menos até 5ªfeira. É uma nova depressão formada a sul do arquipélago numa ondulação da frente que deslocando-se para nordeste e com algum cavamento irá finalmente remover a massa de ar tropical, na noite de 3ªfeira. Durante o dia de 4ªfeira essa depressão, bastante cavada, passará com o centro a 987hPa no noroeste da península, trazendo vento forte do quadrante Oeste às regiões Norte e Centro durante o pós-frontal, que será bastante instável.

Hoje às 00h a Hipolito já se afastava dos Açores, estando assinalado o movimento e evolução da pressão central nas 24 horas seguintes:

Portanto dirias que a melhor hipotese de apanhar a melhor altura de tempo mais instável, com possibilidade de acontecerem trovoadas no Centro, será a tarde de Quarta Feira???

 

[StormRic]

Portanto dirias que a melhor hipotese de apanhar a melhor altura de tempo mais instável, com possibilidade de acontecerem trovoadas no Centro, será a tarde de Quarta Feira???

Sim, mas amanhã também!

 

[StormRic]

A 'Irene' vai marcar com a sua passagem centrada no noroeste peninsular o fim desta corrente tropical e o restabelecimento da dorsal virá logo no dia 20.
Reparar no intervalo apertado entre isóbaras para hoje a partir da tarde, sinal de vento forte de sudoeste.

 

[StormRic]

Segundo o MetOffice/UKMO 00z, 'Irene' hoje à noite poderia formar um núcleo satélite, o qual normalmente circula rapidamente na periferia da depressão principal adicionando a velocidade deste movimento aos ventos já de si intensos do pós-frontal:

 

[Mindz]

Praticamente todos os modelos a colocarem 60mm de chuva para a Peninsula de Setúbal até sexta-feira. A vir a acontecer, seria muito bom.

 

[Varredor]

Previsão de pouca ou nenhuma chuva a partir de sabado (19-01-2024) até pelo menos quinta (25-01-2024) será de fiar? Se sim, a que se deve? Entrada de algum anticiclone?

Cheers

 

["Charneca" Mundial]

Previsão de pouca ou nenhuma chuva a partir de sabado (19-01-2024) até pelo menos quinta (25-01-2024) será de fiar? Se sim, a que se deve? Entrada de algum anticiclone?

Cheers

Porque, após a passagem da Irene, a dorsal anticiclónica deverá subir e teremos um fim de janeiro com tempo seco e temperaturas acima da média para a altura do ano.

A meu ver diria que não vai chover nada até ao fim do mês a partir de 20 de janeiro, e as previsões não são muito animadoras a médio prazo. Veremos o que acontece!

 

[Mr.Jet]

Sexta-feira, dia 19 é a ultima chamada para o Algarve, deve render pelo menos qualquer coisita pois são vários modelos que estão minimamente parecidos.
Depois disso é bem provável que não apareça mais nada até quase ao final do mês.

 

[StormRic]

Neste filme, a primeira parte desde dia 9 às 00h até hoje às 18h, mais rápida, mostra a ciclogénese da 'Hipolito', na margem inferior das cartas (sul/sudoeste dos Açores) e o nascimento da "filha" Irene a partir da fase moribunda da "mãe", já a norte/nordeste dos Açores.
A segunda parte, mais lenta, é a previsão até dia 21 às 12h.

A 'Irene' será forçada a fugir para Leste mas ainda deixará ela própria descendência pela área da península Ibérica. Este último núcleo de baixa pressão será no fim do período da previsão literalmente espremido e esmagado pela formação da potente dorsal.

Para dia 20 às 12h, há duas cartas de previsão obtidas de duas saídas do modelo, a nova a 72 horas e a antiga a 96 horas. A primeira é a recente, seguida da antiga. O filme termina com a previsão a 120 horas para dia 21, que também provém da antiga saída, e mostra uma robusta dorsal a servir de passadeira às potentes depressões atlânticas que atingem as ilhas Britânicas e bloqueando qualquer entrada de perturbações atlânticas na península Ibérica. A diferença entre as duas previsões para dia 20 faz suspeitar de alguma incerteza acerca da intensidade da dorsal.

 

[StormRic]

Esta carta é mais expressiva da situação às 18h e de como vai evoluir para amanhã, formando a nova depressão da 6ªfeira:

'Irene' é o núcleo 986hPa a NNW da Galiza.
A SSE dos Açores, perto da Madeira, estava em formação um novo centro 1011hPa de baixa pressão na ondulação da extensa frente que esteve originalmente associada à Irene, melhor dizendo a um dos núcleos da depressão complexa.
O flanco ocidental de Irene injecta uma massa de ar polar, em conjunto com o anticiclone a noroeste das Ilhas Britânicas, sobre a área atlântica entre os Açores e o Continente. Parte desse ar polar rodou hoje em torno do centro de Irene e atingiu o continente com a formação típica de células em linhas de instabilidade pós-frontais.
A ondulação 1011hPa vai receber esse ar polar além de absorver o que Irene deixar para trás.

 

[guisilva5000]

GFS 06Z mete o cavamento final após Portalegre nos 1000 hPa. Muita chuva para a Beira Interior, de novo.
Pelo litoral o grosso da precipitação de hoje será entre Lisboa e Sagres, agora onde será o jackpot, façam as vossas apostas.

ECMWF 00Z cava até 1003 hPa na mesma carta, com a precipitação no litoral a subir um bocado a Leiria/Coimbra.
Nevertheless, será uma carga de água valente para toda a bacia do Tejo que já está bem cheia, e para o Douro, em forma de chuva/neve.

 

[Aristocrata]

Nesta imagem do EUMSAT, já se observa alguma convecção (a amarelo), e nas próximas horas o aquecimento diurno levará, provavelmente, ao desenvolvimento de mais núcleos convectivos.

A convecção pode acelerar, pelo ar frio polar marítimo, que se vê nesta imagem de Massas de Ar do EUMETSAT, interagir com ar mais temperado e húmido encostado ao Continente africano.

 

[Varredor]

Do pouco conhecimento que tenho a respeito, sempre associei anticlones (altas pressões) a céu limpo, que por si só acaba por ser o oposto daquilo que as previsões aparentemente apontam para os próximos dez dias.
Isto é, daquilo que interpretei, apesar de não se expectar precipitação para além de algo residual na segunda-feira, expecta-se céu nublado em grande parte dos dias mesmo com a presença de um anticiclone. A que se deve?

Cheers

 

[StormRic]

Isto é, daquilo que interpretei, apesar de não se expectar precipitação para além de algo residual na segunda-feira, expecta-se céu nublado em grande parte dos dias mesmo com a presença de um anticiclone. A que se deve?

Proximidade da frente fria atlântica associada à depressão nas ilhas Britânicas. Apesar de o continente estar sob a crista de altas pressões, a região Norte e parte do Centro situar-se-ão no flanco norte/noroeste da crista, ou seja, perto de onde a frente estará a roçar, o noroeste da península Ibérica. A nebulosidade associada a uma frente pode ser bastante larga, especialmente do lado para onde ela progride (neste caso o lado sul/sueste, ou seja, o chamado pré-frontal).