Progressos interessantes na Previsão Sismos

Vince

Furacão
Registo
23 Jan 2007
Mensagens
10,624
Local
Braga
De acordo com um estudo divulgado ontem na Nature, nos EUA aparentemente conseguiram prever 2 sismos. Vou tentar obter o estudo original para saber um pouco mais.

Estudo na "Nature"
Investigadores identificaram alterações nas rochas que precedem os sismos

10.07.2008 - 13h27 PÚBLICO

Investigadores norte-americanos deram um passo em direcção à previsão de sismos. Um artigo publicado hoje na revista científica "Nature" conseguiu relacionar alterações nas rochas que se deram antes da ocorrência de dois sismos de baixa magnitude, na Califórnia.

A famosa falha de Santo André, perto da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, foi o laboratório para as experiências. O grupo de cientistas utilizou o Observatório da Falha de Santo André em Profundidade (SAFOD), instalado na pequena cidade de Parkfield, para obter informações sobre a alteração das rochas nessa zona.

O objectivo foi obter dados que ajudassem na previsão dos sismos. “Se tivermos dez horas de aviso, do ponto de vista prático podemos deslocar populações, tirar as pessoas de edifícios e pôr os bombeiros em alerta”, explica Paul Silver, co-autor do artigo e investigador no Carnegie Institution for Science, em Washington, citado pela BBC Online.

A prova da importância de descobrir um método capaz de prever os sismos é o sistema que todos os anos alerta as pessoas que estão na rota dos furacões.

A meio caminho entre Los Angeles e São Francisco, Parkfield é atingida por pequenos sismos a um ritmo regular, por estar perto da falha Santo André, o local onde se encontram as placas tectónicas Norte-Americana e do Pacífico. A placa do Pacífico desliza lateralmente para noroeste em relação à placa Norte-Americana. Foi este movimento que provocou o sismo de 1906 que matou centenas de pessoas em São Francisco.

Através do projecto SAFOD, abriram-se dois buracos, um pouco profundo e outro com um quilómetro que foi até à zona das rochas que estão a sofrer alterações. Numa das experiências, os cientistas utilizaram um instrumento para gerar ondas sísmicas no buraco com um quilómetro e depois mediram o tempo que demoravam a chegar a um sismómetro, no outro buraco.

A velocidade das ondas sísmicas varia com a tensão a que as rochas estão a ser submetidas, devido à existência de fendas que se vão abrindo e fechando nas rochas. “O que estamos à procura é de alterações na velocidade que correspondem a alterações de tensão”, explica Paul Silver. “Existe uma hipótese que diz que as alterações de tensão precedem os eventos sísmicos. Há muito tempo que está a tentar provar-se isso. A tecnologia já melhorou, pelo que podemos medir estas mudanças de forma mais rigorosa.”

De facto, a equipa conseguiu medir alterações significativas na velocidade das ondas sísmicas antes de dois tremores de terra de fraca intensidade. Num dos sismos, a detecção ocorreu duas horas antes e, no outro, dez horas.

Estas descobertas prometem uma evolução na antecipação dos sismos, apesar de os cientistas dizerem que ainda há um grande caminho para percorrer.

A 12 de Maio, o sismo com magnitude de 7,8 na escala de Richter que ocorreu em Sichuan, na China, matou cerca de 70.000 pessoas. “O que aconteceu na China foi que muitas crianças morreram na escola, durante as aulas. Se pudermos prever sismos, mesmo que seja uns minutos antes, podíamos ajudar na evacuação”, disse Fenglin Niu, outro autor do artigo.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1335065&idCanal=13


Early Warning System For Earthquakes: Seismic 'Stress Meter' Warned Of Earthquake 10 Hours In Advance

ScienceDaily (July 10, 2008) — Using remarkably sensitive new instruments, seismologists have detected minute geological changes that preceded small earthquakes along California's famed San Andreas Fault by as much as 10 hours. If follow-up tests show that the preseismic signal is pervasive, researchers say the method could form the basis of a robust early warning system for impending quakes.

"We're working with colleagues in China and Japan on follow-up studies to determine whether this physical response can be measured in other seismically active regions," said Rice University seismologist Fenglin Niu, the study's lead author. "Provided the effect is pervasive, we still need to learn more about the timing of the signals if we are to reliably use them to warn of impending quakes."

Today's state-of-the-art earthquake warning systems give only a few seconds' warning before a quake strikes. These systems detect P-waves, the fastest moving seismic waves released during a quake. Like a flash of lightning that arrives before a clap of thunder, the fast-moving P-waves precede slower moving but more destructive waves.

080709144210hp5.jpg

Seismic waves were generated in the pilot hole of the San Andreas Fault Observatory at Depth, near Parkfield, Calif., and detected in the main hole, at depths of approximately one kilometer. An inverse correlation was found between changes in wave travel time and barometric pressure, causing increased stress in the rock. (Credit: NSF)



Findings from the new study indicate that the stresses measured by the new instruments precede the temblor itself, so a warning system using the new technology would be fundamentally different from current warning systems.

"Detecting stress changes before an earthquake has been the Holy Grail in earthquake seismology for years and has motivated our research," said study co-author Paul Silver of the Carnegie Institution of Science's Department of Terrestrial Magnetism. "Researchers have been trying to precisely and continuously measure these velocity changes for decades, but it has been possible only recently, with improved technology, to obtain the necessary precision and reliability."

In experiments near Parkfield, California, in late 2005 and early 2006, Niu, Silver and colleagues from Lawrence Berkeley National Laboratory (LBNL) gathered two months of measurements at the San Andreas Fault Observatory at Depth, or SAFOD, a deep well seismologists use to make direct measurements of the fault.

The team installed a high-precision seismic source made by a stack of donut-shaped piezoelectric ceramic cylinders that expand when voltage is applied -- a sophisticated device akin to a stereo speaker -- about one kilometer beneath the surface. At the same depth in an adjacent well, the scientists set up an accelerometer to measure the rhythmic signals from the source device.

When rocks are compressed, the stress forces air out of tiny cracks in the rock. This causes seismic waves to travel slightly faster through the rock. Niu said the variations are so slight they can be measured only with very precise instruments. For example, though the Parkfield instruments were more than a half mile below ground, the setup was sensitive enough to measure fluctuations in air pressure at the Earth's surface.

"Scientists tried as early as the 1970s to measure changes in wave speed that are associated with the stress changes that precede seismic activity," Niu said. "For a variety of reasons, their measurements were inconclusive. Using the precision instruments built by our collaborators at Lawrence Berkeley National Laboratory, along with new signal enhancement techniques, we were able to reach the fine level of precision required."

In analyzing the seismic data, Niu and colleagues found that a distinct change occurred in the rock before each of the minor earthquakes near Parkfield during the test period. A measurable change preceded a magnitude 3 quake on Christmas Eve 2005 by 10 hours. This was the largest local event during the observation period. A smaller but closer magnitude 1 temblor five days later was preceded by a signal about two hours before the quake.

Additional co-authors include Rice graduate student Xin Cheng and LBNL scientists Tom Daley and Ernest Majer. The research was supported by the National Science Foundation, Rice, the Carnegie Institution and LBNL.

http://www.sciencedaily.com/releases/2008/07/080709144210.htm
 


Gerofil

Furacão
Registo
21 Mar 2007
Mensagens
10,059
Local
Estremoz
Sapos podem prever sismos

Investigadores britânicos garantem que os sapos podem ajudar a prever sismos. Os cientistas dizem que o comportamento dos animais se altera cinco dias antes do abalo.
A prova conclusiva, dizem os biólogos britânicos, foi dada por uma população de sapos que fugiu da sua colónia três dias antes do sismo que abalou a cidade italiana de Aquila a 6 de Abril 2009. E o local que abandonaram situava-se a 74 quilómetros do epicentro do sismo, revelam os cientistas no Journal of Zoology.
A bióloga Rachel Grant, da britânica Open University, esteve a estudar diariamente o comportamento de várias colónias de sapos em Itália pela altura do sismo. A investigação compreendeu um período de 29 dias antes, durante e depois do abalo. Rachel Grant estava a estudar os sapos em San Ruffino, a 74 quilómetros do epicentro, quando começou a notar comportamentos estranhos nos animais. Cinco dias antes do abalo reparou que a população de sapos tinha diminuído.
“Este estudo é o primeiro a documentar o comportamento animal antes, durante e após um terramoto”, afirma a bióloga que acredita que os sapos fugiram para terrenos mais elevados, possivelmente para locais com menos probabilidade de caírem pedras ou de haver inundações.
Como é que os sapos pressentiram a actividade sísmico ainda é um mistério, mas a cientista acredita que os animais detectaram algo. “A nossa investigação sugere que os sapos são capazes de detectar sinais pré-sísmicos como a libertação de gases”, explicou em declarações à BBC.

SIC Online