Reciclagem

StormRic

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23 Jun 2014
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Póvoa de S.Iria (alt. 140m)


O documentário ainda está na grelha de programação do Odisseia HD, nos dias 17, 18 e 20. Talvez seja reposto.
Os canais generalistas (aqueles que pôem horas e horas de publicidade por dia), ainda não se mostraram interessados. Porque será? :rolleyes:

Não comentem nem critiquem sem primeiro ver o documentário, todo (não me refiro ao trailer, mas sim ao documentário completo). ;)
 
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Reactions: "Charneca" Mundial
Recomendo esta leitura (a entrevista e, claro, o livro, de preferência o original).

Alguns factos que os mais extremistas e radicais não pensam:

“Não podemos fingir que um telemóvel aparece misteriosamente do nada”

"Todos os dias usamos objectos sem darmos grande pensamento à sua existência: telemóveis, computadores, electrodomésticos, fármacos… A fórmula parece fácil: adquirimos estes bens e damos-lhes uso. Mais difícil seria dizermos de onde vêm os materiais usados na sua produção ou como são fabricados. São muitos, intricados e complexos processos. E há materiais cuja ausência tornaria difícil manter o nosso estilo de vida actual, incluindo aqueles que sustentam as nossas casas ou que nos fornecem o combustível para viajar."

“é terrivelmente irónico que a prossecução dos nossos objectivos ambientais vá exigir, a curto e a médio prazo, uma quantidade de materiais ainda mais considerável” para construir automóveis eléctricos, turbinas eólicas e painéis solares para substituir os combustíveis fósseis. “A consequência, nas décadas vindouras, será uma extracção ainda mais intensa de metais da superfície da Terra.”

Portanto, quando se posicionarem contra isto ou aquilo (seja a exploração de lítio, formas de produzir energia, água, produção alimentar, transportes, etc, etc, etc) pensem: sou contra logo não utilizo/consumo. Se utilizo/consumo, tenho a verdadeira noção dos seus impactos ambientais desde a sua produção até chegar às minhas mãos?
 
Uma grande parte do povo português não tem consciência, educação nem hábitos cívicos para colaborar em qualquer processo de recolha de lixo, urbano ou outro, e ainda menos em recolha selectiva.
Para muitos, até o esforço de colocar um saco, com tudo misturado lá dentro (indiferenciado, recicláveis, compostagem, etc), no interior de um qualquer contentor já é demais: o máximo que conseguem é atirar o saco pelo ar para ir aterrar algures, se for perto de um caixote ou ecoponto já é muita sorte.

 
Uma grande parte do povo português não tem consciência, educação nem hábitos cívicos para colaborar em qualquer processo de recolha de lixo, urbano ou outro, e ainda menos em recolha selectiva.
Para muitos, até o esforço de colocar um saco, com tudo misturado lá dentro (indiferenciado, recicláveis, compostagem, etc), no interior de um qualquer contentor já é demais: o máximo que conseguem é atirar o saco pelo ar para ir aterrar algures, se for perto de um caixote ou ecoponto já é muita sorte.

Pior, quando a recolha falha. Levei meses a reclamar com a linha de reciclagem com e-mails com fotos dos ecopontos cheios e diziam que tinham sido despejados. Até, que mandei um e-mail para a empresa de reciclagem com fotos e datas que despejavam os mesmos e o resultado foi que a recolha começou a ser feita periodicamente e nunca mais a situação retornou e vieram a descobrir quem fazia a recolha falhava ecopontos. :rolleyes:
 
Pior, quando a recolha falha.
Precisamente. Aqui o que observo frequentemente é passarem, um desce do camião e espreita o contentor, se não estiver a transbordar seguem.
Também acontece já nem entrarem na rua e vejo-os passar ao longe já com o camião supostamente cheio e não vem outro. Verifico então que outras ruas já foram despejadas.
Tenho o azar de morar na rua que fica sempre em último lugar no trajecto. Claramente uma falta de planeamento.
 
Por aqui, tenho 2 pontos de ecopontos ao pé de casa, um fica a 200 metros e outro fica a uns 300 metros noutra direcção, mas como os contentores de indeferenciados fica a apenas 50 metros é ver os meus vizinhos a encher com tudo o que não querem em casa até transbordar, muitas vezes quero colocar lá lixo e não posso porque está cheio de embalagens de detergentes, caixas de papelão, etc... :angry:
É assim tão difícil separar lixo?!...
 
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Por aqui, tenho 2 pontos de ecopontos ao pé de casa, um fica a 200 metros e outro fica a uns 300 metros noutra direcção, mas como os contentores de indeferenciados fica a apenas 50 metros é ver os meus vizinhos a encher com tudo o que não querem em casa até transbordar, muitas vezes quero colocar lá lixo e não posso porque está cheio de embalagens de detergentes, caixas de papelão, etc... :angry:
É assim tão difícil separar lixo?!...

Aqui na minha zona passa-se uma situação idêntica. Eu ando 300m para ir ao ecoponto mais próximo os meus vizinhos andam 50m e despejam todo no contentor indiferenciado. :facepalm:
 

Tenho um ecoponto à porta de casa, mas vou ter que andar com as garrafas penduradas ao pescoço, sempre fiz a reciclagem e nunca precisei dessa medida para nada e aliás já se paga isso na factura da água. Portugal sempre a chularem, já estou a ver os ciganos a roubarem os ecopontos para levarem as garrafas aos supermercados. :rolleyes:
 
Por estas medidas e por outras implementadas nas últimas duas décadas deixei de acreditar nisto.
Não vamos lá com taxas, taxinhas, decretos e decretinhos de lei.

O problema não se resolve assim. Não me digam que estas medidas avulsas contribuem para a resolução do problema, senão há bastantes anos teríamos o ambiente imaculado.

Um tampinha agarrada à garrafa, uma palhinha de papel em invólucro de plástico, oleões, papelões, plasticões, metalões...coisas fixolas!

Vais ao mécdonaldes (tudo junto pois não quero fazer publicidade) e ao burguerRei, comes e vai tudo para o mesmo saco. Não há nem no futuro próximo haverá reciclagem para estas "firmas".
Apostas na indústria do vento e depois não há reciclagem no fim da vida útil das ventoinhas gigantes - é para enterrar (quase) tudo.

A compra e venda de licenças de CARBONO é uma lástima, uma faca espetada no coração das pessoas que ainda olham e ouvem os políticos a reunir-se e falar do clima e do ambiente.
Ou diminuis a poluição ou não. Comprar uma licença para emitir mais carbono é estúpido e incoerente com qualquer discurso pró-ecológico. É uma atitude que em boa verdade é usada por países ricos\desenvolvidos que diminuirão a capacidade de desenvolvimento de outros países.

Ardem as florestas. E reflorestação em massa, muito mais barata que um TGV (que em boa verdade precisamos é de comboios eficientes e linha renovadas de norte a sul do país para retirar veículos da estrada), para permitir maior captação do CO2.

Tudo isto está a mostrar um farsa política de grande dimensões. Promessas, promessas, promessas de cataclismos amplamente anunciados e nunca verificados.

Eu faço e farei a minha parte, ainda que sabendo que muitas vezes os materiais reciclados não chegarão aos locais de processamento.
Planto árvores e plantas várias, reciclo os inertes para reintegrar na terra. E faço contas a possíveis investimentos, seja na parte financeira seja na parte da eficiência energética\durabilidade.
 
O problema que está na base deste falhanço do encaminhamento dos resíduos, da reciclagem e da poluição em geral resultante desse falhanço está numa incultura cívica embebida profundamente em grande parte da população. E em "população" incluo os próprios intervenientes de todo o processo.

Podia pôr aqui as centenas/milhares de fotos e denúncias que já fiz, mas bastam estas poucas, registadas ainda hoje, para ilustrar o que escrevi:
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Sem qualquer esforço, nunca um único resíduo foi mal encaminhado ou deixado por mim seja onde fôr, por isso, quando observo em todo o lado, em todo o metro quadrado de solo deste país sempre algo que não devia estar ali, só posso sentir-me não-português ou até não-terrestre.
 
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Sem dúvida @StormRic , cada um tem de fazer a sua parte.
E exigir que as entidades (pagas por todos nós!) também o façam.

Multas, multinhas, a cada passo os políticos acenam com o típico chavão, mas deviam olhar para eles e aplicar penas por inação aos intervenientes em todo o processo.

Ao passar na autoestrada de Trás-Os-Montes, ao lado de Mirandela, numa descida, do lado direito sentido Vila real-Bragança, há uma empresa de reciclagem.
O que me parece é que esta deu o estouro, vulgo fechou para obras, faliu, seja lá o que foi.
O material compactado está agora á vista de todos e ano após ano transforma-se num ecossistema verde, pouco ecológico, pouco amigo do ambiente.
Não há um (´palavrão`) de um interviente político\autoridade que passe por lá e não veja aquilo que eu vejo? Uma vergonha à vista de todos, mas que teima em se perpetuar.
Aquilo desanima quem pretende continuar a separar o lixo, a contribuir para o bem comum.
É apenas um exemplo de muitos que existem neste país.
 
Não há um (´palavrão`) de um interviente político\autoridade que passe por lá e não veja aquilo que eu vejo? Uma vergonha à vista de todos, mas que teima em se perpetuar.
Precisamente, e esses estão no início do processo, processo que não existe se nesse nível houver essa inacção incompreensível.
Aquilo desanima quem pretende continuar a separar o lixo, a contribuir para o bem comum.
Quando interpelo diariamente as pessoas (que estão no outro extremo do processo) recebo respostas que espelham isso mesmo, desânimo, ou já para lá disso, descrença total e um posicionamento definitivamente fechado para o conceito de bem comum.