Seca em Portugal

trovoadas

Cumulonimbus
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loule-caldeirao
Não sei, se já viste aquele terreno quando se vai para Lagos, a seguir à rotunda do Autódromo até Odiáxere em que plantaram uma carrada de árvores nem sei se é abacates ou laranjeiras, mas não deixa de ser curioso já que fica a poucos quilómetros da Bravura que está nas lonas há 2 anos. :wacko:
Acho que são citrinos...e há movimentações para se plantarem mais! Uns nem para manter o que existe têm água e outros vão plantar mais:intrigante:
Isso está a viver do aquífero Almádena-Odiáxere com a conivência do estado. Aliás a solução do estado desde à 2 anos foi a abertura de novos furos na zona para aguentar o perímetro de rega da Bravura. A região está a soro já lá vão quase 3 anos mas não existem medidas de fundo.
Vão-se tapando buracos com esferovite à espera que chova mas não chove...
 


algarvio1980

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Nem acredito nesta cultura da desinformação...
Um hectare de abacates consome em média cerca de 6500 m3 por ano, enquanto um hectare de campo de golfe consome 8000 m3 de água.
Um hectare de abacates, citrinos ou o que seja alimenta bocas, sacia a fome, tal como outro alimento...
Já os campos de golfe consomem uma área enorme, para os fazer destrói se habitats de animais, centenas de árvores vão abaixo e planta se relva, que necessita de uma imensidão de água... Tudo isso para os meninos ricos brincarem as tacadas na bola.
O Algarve está empestado de campos de golfe, vão construir encostado a serra mais um grande hotel com mais um campo de golfe gigante....
Mas a culpa é do abacate...
Para construir se campos de golfe, aí já vale tudo, até fazer em cima das dunas da praia.
Mas se eu quiser construir uma casa ou fizer uma casa, aí ai credo, as dunas e tal...
Desculpem mas não quero isso para o meu Algarve..
Os abacates a 5€/Kg deve saciar a fome dos ricos que jogam golfe. :lol: a malta plante abacates, porque simplesmente é a fruta mais rentável, quando a alfarroba chegou a 50 € a arroba, conheço malta que tinha plantado abacates e ficaram arrependidos, a alfarroba desceu e os abacates explodiram novamente.
 
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Aurélio Carvalho

Nimbostratus
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5 Out 2018
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Os abacates a 5€/Kg deve saciar a fome dos ricos que jogam golfe. :lol: a malta plante abacates, porque simplesmente é a fruta mais rentável, quando a alfarroba chegou a 50 € a arroba, conheço malta que tinha plantado abacates e ficaram arrependidos, a alfarroba desceu e os abacates explodiram novamente.
Se plantam abacates e porque deve ser rentável mas não para quem vive em Portugal pois vejo pouca gente a procurar essa fruta...
Agora o que não compreendo é essa protecção aos campos de golfe quando consomem mais água que os abacates, destroem ecosistemas.... Ocupam áreas enormes com relva e só servem para meias dúzia de ricos acertarem na bola, com um taco.
Desporto mais inútil do mundo
Além disso ocupa uma área de terreno de 40 a 50 hectares!
 
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Snifa

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16 Abr 2008
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Governo quer reduzir pressão da água no Algarve.​


12 janeiro, 2024 às 17:12

O Governo está a ponderar reduzir a pressão da água e suspender segundos contadores para diminuir o consumo de água no Algarve, anunciou hoje o ministro do Ambiente, reconhecendo que a situação na região é grave.

O anúncio foi feito pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, no final de uma reunião na Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em Faro, para discutir medidas para gerir as reservas de água até ao fim do ano.

Em declarações aos jornalistas, o governante disse que as medidas que estão a ser estudadas "para manter a eficiência hídrica, sem causar nenhuma calamidade no território", vão ser definidas numa reunião da Comissão Interministerial de Seca, na próxima semana. "Haverá depois uma resolução do Conselho de Ministros que reunirá o conjunto das decisões em curso", adiantou.

Segundo Duarte Cordeiro, as medidas que estão a ser trabalhadas para reduzir o consumo urbano (turismo e doméstico) em 15% "ainda não estão todas concluídas, mas a mais evidente que está a ser trabalhada, é a redução da pressão". "Vamos analisar tecnicamente, nos meses de janeiro e fevereiro para vermos se, com segurança, a conseguimos aplicar. As medidas estão todas a ser trabalhadas", apontou.

Suspensão de segundos contadores

O ministro adiantou que outra das medidas que está a ser discutida com a AMAL é a suspensão dos segundos contadores e admitiu "poder haver penalizações para quem gasta mais" água.

O ministro disse ainda que o setor do turismo encarou o desafio de reduzir o consumo urbano "da melhor forma possível, percebendo que atingir os 15%, é aumentar a qualidade da oferta do turismo do Algarve".

Para o setor agrícola, responsável pelo consumo de cerca de 135 hectómetros cúbicos de água em 2023, o governante adiantou que para garantir a agricultura de sobrevivência, é necessária uma redução das disponibilidades hídricas da albufeira de Odeleite em 70% e da do Funcho-Arade em 50%.

"Em discussão com os setores da agricultura chegámos à conclusão que teríamos de disponibilizar água para garantir a sobrevivência das espécies, árvores e das culturas agrícolas, com um impacto que está a ser avaliado e medido para percebermos como é que podemos apoiar este setor", destacou.

Duarte Cordeiro revelou que foi criado um grupo de trabalho no Algarve, liderado pela Administração de Região Hidrográfica (ARH), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR) que vai acompanhar todas as medidas para a gestão da água.

O grupo é composto por cinco grupos técnicos que têm como missão o acompanhamento das medidas na agricultura, no setor do turismo, do consumo doméstico, outro sobre a fiscalização e um outro relacionado com campanhas de sensibilização.

"Acredito que em conjunto vamos conseguir atingir este objetivo. Do ponto de vista da agricultura temos consciência das penalizações que isto implica do ponto de vista da perturbação do setor, muito importante e com peso relevante na região", frisou.

Duarte Cordeiro anunciou também que o concurso para a construção da central dessalinizadora do Algarve vai abrir em janeiro, devendo o estudo de impacto ambiental ficar concluído no mês de abril e, relativamente à obra do Pomarão, o Governo tenciona abrir o concurso em setembro.

O ministro lembrou que o Algarve tem atualmente "as mais baixas reservas de água nas albufeiras", estando as medidas de gestão dos recursos hídricos a ser trabalhadas pelo Governo "tendo em conta cenários pessimistas de precipitação, olhando para o consumo essencial".

 

algarvio1980

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Governo quer reduzir pressão da água no Algarve.​


12 janeiro, 2024 às 17:12

O Governo está a ponderar reduzir a pressão da água e suspender segundos contadores para diminuir o consumo de água no Algarve, anunciou hoje o ministro do Ambiente, reconhecendo que a situação na região é grave.

O anúncio foi feito pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, no final de uma reunião na Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em Faro, para discutir medidas para gerir as reservas de água até ao fim do ano.

Em declarações aos jornalistas, o governante disse que as medidas que estão a ser estudadas "para manter a eficiência hídrica, sem causar nenhuma calamidade no território", vão ser definidas numa reunião da Comissão Interministerial de Seca, na próxima semana. "Haverá depois uma resolução do Conselho de Ministros que reunirá o conjunto das decisões em curso", adiantou.

Segundo Duarte Cordeiro, as medidas que estão a ser trabalhadas para reduzir o consumo urbano (turismo e doméstico) em 15% "ainda não estão todas concluídas, mas a mais evidente que está a ser trabalhada, é a redução da pressão". "Vamos analisar tecnicamente, nos meses de janeiro e fevereiro para vermos se, com segurança, a conseguimos aplicar. As medidas estão todas a ser trabalhadas", apontou.

Suspensão de segundos contadores

O ministro adiantou que outra das medidas que está a ser discutida com a AMAL é a suspensão dos segundos contadores e admitiu "poder haver penalizações para quem gasta mais" água.

O ministro disse ainda que o setor do turismo encarou o desafio de reduzir o consumo urbano "da melhor forma possível, percebendo que atingir os 15%, é aumentar a qualidade da oferta do turismo do Algarve".

Para o setor agrícola, responsável pelo consumo de cerca de 135 hectómetros cúbicos de água em 2023, o governante adiantou que para garantir a agricultura de sobrevivência, é necessária uma redução das disponibilidades hídricas da albufeira de Odeleite em 70% e da do Funcho-Arade em 50%.

"Em discussão com os setores da agricultura chegámos à conclusão que teríamos de disponibilizar água para garantir a sobrevivência das espécies, árvores e das culturas agrícolas, com um impacto que está a ser avaliado e medido para percebermos como é que podemos apoiar este setor", destacou.

Duarte Cordeiro revelou que foi criado um grupo de trabalho no Algarve, liderado pela Administração de Região Hidrográfica (ARH), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR) que vai acompanhar todas as medidas para a gestão da água.

O grupo é composto por cinco grupos técnicos que têm como missão o acompanhamento das medidas na agricultura, no setor do turismo, do consumo doméstico, outro sobre a fiscalização e um outro relacionado com campanhas de sensibilização.

"Acredito que em conjunto vamos conseguir atingir este objetivo. Do ponto de vista da agricultura temos consciência das penalizações que isto implica do ponto de vista da perturbação do setor, muito importante e com peso relevante na região", frisou.

Duarte Cordeiro anunciou também que o concurso para a construção da central dessalinizadora do Algarve vai abrir em janeiro, devendo o estudo de impacto ambiental ficar concluído no mês de abril e, relativamente à obra do Pomarão, o Governo tenciona abrir o concurso em setembro.

O ministro lembrou que o Algarve tem atualmente "as mais baixas reservas de água nas albufeiras", estando as medidas de gestão dos recursos hídricos a ser trabalhadas pelo Governo "tendo em conta cenários pessimistas de precipitação, olhando para o consumo essencial".

135 hm3 de água para a agricultura são mais 5 hm3 que a capacidade total da barragem de Odeleite (130 hm3), ou seja, num ano super seco que foi 2023 a agricultura gastou mais que 1 barragem de água, e agora, vão apoiar os coitadinhos que investiram nas culturas como se o Algarve fosse rico em água e gastam a água toda, se continuarem a plantarem certamente que a capacidade vai ser 3 barragens e o consumo público fica só com a dessalinizadora.

Ainda nem sequer têm o estudo de impacte ambiental pronto para a dessalinizadora e a obra do Pomarão só será lançada em Setembro, um bando de governantes incompetentes, em que o lema é aumentar a água e soluções é coçar os ditos cujos.
 

StormRic

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Miguel96

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já está a acontecer um milagre chuva e trovoada para arrebentar as águas nas nascentes
 

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já está a acontecer um milagre chuva e trovoada para arrebentar as águas nas nascentes
Acho que mesmo com esta chuva torrencial toda a maior parte das nascentes não vai rebentar e os ribeiros vão deixar de correr em meia dúzia de dias se não continuar a chover.

O terreno está mesmo muito seco, e esta água quase não vai infiltrar.

É muito bem vinda esta chuva, mas precisava de mais uns 10 eventos destes para se poder dizer que o sul estava livre da seca.

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algarvio1980

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Aristocrata

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O corte na agricultura não pode ser expressivo se isso colocar em causa a sobrevivência das árvores.
Nesta coisa dos cortes há que ter maior razão do que emoção.
Colocar espécies arbóreas, que precisam de vários\bastantes anos para o seu desenvolvimento até frutificarem, em risco não será razoável. Não é uma alface, uma couve, porque essas corta-se a água não se produzem, mas no ano seguinte já se cultivar. As árvores não se morrerem...
 

algarvio1980

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O corte na agricultura não pode ser expressivo se isso colocar em causa a sobrevivência das árvores.
Nesta coisa dos cortes há que ter maior razão do que emoção.
Colocar espécies arbóreas, que precisam de vários\bastantes anos para o seu desenvolvimento até frutificarem, em risco não será razoável. Não é uma alface, uma couve, porque essas corta-se a água não se produzem, mas no ano seguinte já se cultivar. As árvores não se morrerem...
Quando dizem que vão cortar 70% e depois cortam 25% e o consumo urbano tem os 15% de corte que disseram, mais parece que estão a defender um sector em benefício de outro e essa informação nunca deveria ser dada pela AMAL. A questão não é falta de água mas sim política.
 

trovoadas

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loule-caldeirao
O corte na agricultura não pode ser expressivo se isso colocar em causa a sobrevivência das árvores.
Nesta coisa dos cortes há que ter maior razão do que emoção.
Colocar espécies arbóreas, que precisam de vários\bastantes anos para o seu desenvolvimento até frutificarem, em risco não será razoável. Não é uma alface, uma couve, porque essas corta-se a água não se produzem, mas no ano seguinte já se cultivar. As árvores não se morrerem...
Vão cortar mais à frente porque não existe água!
Esse recuo é só uma questão de "timing" para acalmar as hostes. Vão adiar mais um pouco até porque ainda temos 3 meses do ano hidrológico pela frente, se bem que será muito difícil armazenar água suficiente para ter uma campanha de rega dita normal do inicio ao fim.
É o chamado esperar para ver...
A razão só entra a partir de Maio quando aumentarem as temperaturas e entrarem as condições "Magrebinas"!
 

algarvio1980

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