Está tudo em aberto. Nenhum modelos está estabilizado neste momento. Mantenho a minha aposta pessoal de entrada fria continental no fim do mês (resta saber quanto fria seria, mas a última run do GFS estaciona a -20 a 850 hpa nos Alpes durante vários dias, para já não vê nada de especial em Portugal mas mete a -12 em Espanha, tudo a distâncias surreais), não sem antes termos precipitação, principalmente a sul, na Terça ou Quarta. Depois tudo depende da resistência da dorsal atlântica, da força do jet em rompê-la, e da definição dos centros de acção na Europa central. Neste momento é segura uma entrada fria pelo menos até aos Alpes. Depois resta esperar por alguma ajuda para meter cá o frio, uma pequena depressão vinda do Atlântico que não varresse o frio e se instalasse na costa mediterrânea espanhola seria o ideal, para ter chuva primeiro e frio depois. Mas neste momento a depressão de Terça ou Quarta é muito inexpressiva e enche assim que chega a Portugal.
Vão ao seguimento de modelos de Dezembro de 2009, entre os dias 8 e 12. Nos dias 13 a 15 tivemos uma entrada fria, com a iso -4 em Lisboa. Menos de uma semana antes o diagrama de ensembles do GFS para Lisboa não tinha uma única linha negativa. De 15 a 18 choveu que se fartou no sul do país. O ECM no dia 11 tinha bloqueio absoluto no Atlântico, secura total durante dez dias que nunca aconteceu. Tal como agora, na altura viviamos na total indefinição. É um padrão muito difícil de modelar, só teremos certeza a 72h de distância.