Seguimento África - 2023



Wessel1985

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Segunda passagem do ciclone Freddy provoca mais de 100 mortos


A passagem do ciclone Freddy pela África Austral já causou, desde domingo, pelo menos 99 mortos no Maláui e oito em Moçambique, e 134 feridos graves em Blantyre (Maláui). No total, cerca de 4000 famílias foram afetadas, isto é, cerca de 10 mil pessoas.

O transbordo de alguns rios afetou áreas residenciais, cortou estradas, destruiu habitações e levou ao encerramento de várias escolas. Os voos programados no aeroporto de Blantyre também foram cancelados.

Segundo o Departamento de Gestão de Catástrofes e o Ministério dos Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Freddy poderá causar chuvas torrenciais acumuladas entre 400 e 500 milímetros, rajadas e ventos fortes em zonas do sul de Maláui num período de 72 horas, até começar a perder força na quarta-feira. O país declarou ontem, segunda-feira, o estado de calamidade em várias partes do sul. É esperada a ocorrência de inundações nos distritos de Nsanje, Chikwawa, Thyolo, Mwanza, Mulanje, Phalombe e Zomba.

Em Moçambique, o ciclone regista mais de 200 mm de chuva por dia nas províncias centrais de Zambézia, Sofala, Manica, Tete e Niassa. Até ao momento provocou destruição considerável de infraestruturas, principalmente na província de Zambézia. Vários bairros da cidade de Quelimane, a quarta maior do país, ficaram sem energia e telecomunicações. Quelimane está isolada, sem acesso por mar ou ar. O Hospital Provincial de Quelimane, bem como várias outras instituições, ficaram sem cobertura. Esta é a segunda vez que o ciclone Freddy atinge Moçambique, após a primeira vez no passado dia 24 de fevereiro, a qual provocou 10 mortos.

Segundo os meteorologistas, Freddy apresenta uma trajetória em arco, descrita como “fora do normal”. Tendo percorrido mais de 10 mil quilómetros desde que se formou no norte da Austrália a 4 de fevereiro, é considerado um dos ciclones mais duradouros, com a trajetória mais longa das últimas décadas, tendo cruzado já o oceano Índico até ao sul do continente africano.

A região espera receber nove ciclones até abril deste ano, que poderão fustigar alguns países como Moçambique, Maláui e Madagáscar. De acordo com dados das Nações Unidas, quase 300 mil pessoas foram afetadas e 17 morreram, na sequência da primeira passagem do ciclone na costa leste de Madagáscar a 21 de fevereiro e depois a 5 de março. Estima-se que, em Moçambique, a primeira passagem tenha afetado no total cerca de 171 385 pessoas, 29 705 hectares de terras cultivadas, das quais 27 199 hectares foram perdidos.





Fontes


Observador
ONU News

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Foto in Observador
 

Gerofil

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joralentejano

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Em Marrocos, 38,3ºC em Agadir às 12h UTC e mais algumas estações acima dos 35ºC. Alguns recordes para março, provavelmente.
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joralentejano

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Em Marrocos, 38,3ºC em Agadir às 12h UTC e mais algumas estações acima dos 35ºC. Alguns recordes para março, provavelmente.
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Aeroporto de Agadir atingiu praticamente os 40ºC, que horror! :calor:

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Demasiado para março, mesmo sendo já parte do Sahara.
 

StormRic

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A questão reside em concluir se Freddy foi um só ciclone tropical ou dois (ou mais...), mas essa dúvida ocorre em bastantes sistemas quando passam por intervalos de enfraquecimento.
Penso que se o sistema é o mesmo, apesar de ter passado por um período em que não atingia a classificação necessária devido aos ventos terem diminuído abaixo do critério, a longevidade do sistema deve incluir a totalidade do percurso.
 
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algarvio1980

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Aeroporto de Agadir atingiu praticamente os 40ºC, que horror! :calor:

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Demasiado para março, mesmo sendo já parte do Sahara.
Em Agosto do ano passado, Agadir teve máxima de 37.5ºC, já em Julho a história foi outra e chegou aos 46.2ºC.

Para termos uma noção de tão anómalo é essa temperatura em Agadir e para mais em Março ainda.
 

joralentejano

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Em Agosto do ano passado, Agadir teve máxima de 37.5ºC, já em Julho a história foi outra e chegou aos 46.2ºC.

Para termos uma noção de tão anómalo é essa temperatura em Agadir e para mais em Março ainda.
Valores recorde e impressionantes! Por aquilo que consegui encontrar, a média da temperatura máxima em Agadir no mês de março nem chega aos 25ºC.
Esperemos que esta onda de calor no Sahara Ocidental e nas Canárias não seja um mau prenúncio do que esperar no verão, mas com o El Niño em perspetiva já nem sei o que esperar.
 

joralentejano

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Festival de recordes também em Marrocos. 40,1ºC em Nouasseur (anterior era 37ºC em 2005).
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Marraquexe com 39,6ºC. Ontem o recorde de 37,7ºC registado em 2013 já tinha sido quebrado, pois registou 38,1ºC.

 

Wessel1985

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Chuvas intensas na República Democrática do Congo e Ruanda causam vítimas mortais



Um movimento de vertente no território de Lubero, no leste da República Democrática do Congo (RDM), na província de Kivu do Norte, tirou a vida a dez pessoas durante a noite da passada quarta-feira. Segundo as autoridades locais, as chuvas fortes que se têm feito sentir na região também causaram a morte a centenas de pessoas, em resultado das consequentes inundações.

Na província de Kivu do Norte, perto da cidade de Rubaya (área de Masisi), seis pessoas também perderam a vida na sequência de um movimento de vertente na mina de Songambele. Adicionalmente, cerca de 100 escavadores de minas ficaram presos nos escombros.

Em simultâneo, as autoridades do território de Kalehe, na província vizinha de Kivu do Sul, continuam os esforços de resgate para encontrar pessoas presas na lama das inundações que já tiraram a vida a mais de 400 pessoas. Na manhã de quarta-feira, o número total de vítimas mortais encontradas era de 426, e aproximadamente 1000 desaparecidos. Os trabalhadores humanitários esperam permanecer na região montanhosa remota durante várias semanas, conscientes da possibilidade de ocorrer um surto de cólera, representado um grande risco para os sobreviventes, devido à falta de saneamento.

O nível de pobreza e a existência de infraestruturas precárias tornam estas comunidades mais vulneráveis a condições climáticas extremas, como precipitação intensa, que se estão a tornar mais frequentes e intensas no continente africano, em resultado das alterações climáticas.

De acordo com Theodoro Lokakao Ilemba, engenheiro de meteorologia e hidrologia, os frequentes episódios de precipitação recentes elevaram o lençol freático na região, tendo aumentado a probabilidade de inundações.

Ruanda, o país vizinho tem sido também afetado pelos mesmos fenómenos, tenho as chuvas intensas provocado, na passada semana, inundações e movimentos de vertente, destruindo mais de 5000 casas e causando 130 mortos.
Fontes

Aljazeera

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Aljazeera