muito muito bom!!
1. A incapacidade para debelar o fogo nascente na primeira meia hora após a eclosão, dado o tempo decorrido desde a ignição e os meios empregues em ataque inicial, que foram insuficientes para as condições do dia.
2. Passado esse momento o controlo do incêndio foi-se tornando progressivamente mais difícil pelo crescimento rápido do perímetro, com a cabeça praticamente sempre acima da capacidade de extinção e projeções em número significativo. O combate ao então flanco direito do incêndio foi descurado, o que foi decisivo para a sua rápida expansão, o que se verificou após a mudança na direção do vento registada às 18 horas. Na verdade, após as 16 horas, e particularmente após as 17 horas, a probabilidade de sucesso em deter o incêndio seria sempre reduzida, mesmo na presença de ataque ampliado bem organizado e dispondo de um conjunto reforçado de meios.
3. Eram diminutas as perspetivas de vir a dominar rapidamente o incêndio, informadas pelas suas características, pela leitura das condições em que evoluía e pelas previsões meteorológicas existentes. Assim, as necessárias medidas de proteção civil (disposições relativas à circulação na rede viária, acompanhamento da população rural, preparação de evacuações) deveriam ter sido equacionadas logo às 16h00-17h00 e cumpridas a partir das 18 horas. 4. As deficiências no comando e gestão da operação de socorro foram agravadas pelas dificuldades de comunicação. Porém, e em face do ponto 2, se a atuação tivesse seguido os padrões em vigor, pouco teria aumentado a efetividade das operações de controlo do incêndio. Pelo contrário, as consequências catastróficas do incêndio não são alheias às opções táticas e estratégicas que foram tomadas."
1. A incapacidade para debelar o fogo nascente na primeira meia hora após a eclosão, dado o tempo decorrido desde a ignição e os meios empregues em ataque inicial, que foram insuficientes para as condições do dia.
2. Passado esse momento o controlo do incêndio foi-se tornando progressivamente mais difícil pelo crescimento rápido do perímetro, com a cabeça praticamente sempre acima da capacidade de extinção e projeções em número significativo. O combate ao então flanco direito do incêndio foi descurado, o que foi decisivo para a sua rápida expansão, o que se verificou após a mudança na direção do vento registada às 18 horas. Na verdade, após as 16 horas, e particularmente após as 17 horas, a probabilidade de sucesso em deter o incêndio seria sempre reduzida, mesmo na presença de ataque ampliado bem organizado e dispondo de um conjunto reforçado de meios.
3. Eram diminutas as perspetivas de vir a dominar rapidamente o incêndio, informadas pelas suas características, pela leitura das condições em que evoluía e pelas previsões meteorológicas existentes. Assim, as necessárias medidas de proteção civil (disposições relativas à circulação na rede viária, acompanhamento da população rural, preparação de evacuações) deveriam ter sido equacionadas logo às 16h00-17h00 e cumpridas a partir das 18 horas. 4. As deficiências no comando e gestão da operação de socorro foram agravadas pelas dificuldades de comunicação. Porém, e em face do ponto 2, se a atuação tivesse seguido os padrões em vigor, pouco teria aumentado a efetividade das operações de controlo do incêndio. Pelo contrário, as consequências catastróficas do incêndio não são alheias às opções táticas e estratégicas que foram tomadas."