Seguimento - Incêndios 2017



luismeteo3

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Onze aldeias de Góis evacuadas
Onze aldeias de Góis foram esta terça-feira evacuadas devido ao alastrar do incêndio que lavra desde sábado no concelho e, “para já, não há necessidade” de abranger outras localidades, informou a Câmara Municipal, estimando melhorias na situação.

Já esta manhã, quando já tinham sido evacuadas quatro aldeias, o comandante da Proteção Civil já alertava que, nas horas seguintes, seriam evacuadas outras oito.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira, precisou que as aldeias já evacuadas são as de Cadafaz, Sandinha, Candosa, Capelo, Corterredor, Cabreira, Aldeia Velha, Candosa, Carvalhal do Sapo, Tarrastal e de Folgosa.

“Para já, não há outras, não há necessidade [de evacuar mais aldeias]”, acrescentou.

A responsável adiantou que o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, está no local a acompanhar a situação.

Lurdes Castanheira referiu que o governante esteve, juntamente com as autoridades, a “sobrevoar toda a zona que está a arder, e pareceu-lhe que a situação tendencialmente parece estar um pouco melhor”.

Ainda assim, disse não ter mais informações.

O município de Góis faz fronteira com Pedrógão Grande e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e com o concelho da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, para onde as chamas progrediram, após deflagrarem no sábado, em Fonte Limpa.

Esta manhã, pelas 08h30, a presidente da Câmara de Góis afirmou à Lusa que o incêndio no concelho de Góis chegou à União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal, depois de estar praticamente dominado na freguesia de Alvares.

Lurdes Castanheira falou numa “situação grave” que “pode passar a ser gravíssima”, dadas as dificuldades no combate às chamas.

Pela hora de almoço, a autarca indicou que as elevadas temperaturas e vento forte estão a provocar o alastramento do incêndio que lavra no concelho.

A responsável disse ainda que 56 idosos tiveram de ser retirados do lar que frequentam em Cabreira.

De acordo com a informação disponibilizada no site da Autoridade Nacional de Proteção Civil pelas 15h00, o incêndio em Góis mobilizava 829 operacionais, auxiliados por 283 viaturas e sete meios aéreos.

Lusa
 

luismeteo3

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18 aldeias evacuadas em Góis, diz secretário de Estado da Administração Interna
O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, avançou à RTP que foram evacuadas 18 aldeias do concelho de Góis. Uma medida tomada por precaução.

“Temos pessoas concentradas numa igreja, onde estão a ser apoiado peloa Segurança Social e onde estão com uma segurança montada para que não haja problema”, afirmou o governante.
 

Mr. Neves

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22 Jan 2013
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Só tenho uma palavra relativamente a essa notícia: INADMISSÍVEL!!

Até parece que junto a Pedrógão Grande não existem outros tantos incêndio a precisar de homens para rescaldo e combate... Sinceramente, não entendo certas mentalidades...

A CMTV veio agora dizer que o Governo desmentiu esta notícia, e que sempre estão a caminho bombeiros espanhóis, esperemos que seja verdade:unsure:

Parece que os nuestros hermanos gostam de vender jornais também...
 
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Pek

Cumulonimbus
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24 Nov 2005
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Menorca
Brutal el pirocúmulo fotografiado desde un vuelo comercial español pilotado por un antiguo miembro del Grupo 43 del Ejército del Aire, el que está en Portugal con los apagafuegos Bombardier.

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Orion

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5 Jul 2011
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Açores
Un vistazo a la problemática de los incendios en España:
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Ampliando a la zona noroeste
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Un matiz muy importante, al contrario que en la inmensa mayoría de Galicia la mayor parte de los incendios en Cantabria y casi toda Asturias se producen en invierno, que es cuando más seco está todo por el frío y la nieve, en momentos de viento foehn sur propicio y tras la retirada del manto nivoso de zonas medias o bajas. Se hace para "limpieza de pastos" y las subvenciones de la Política Agraria de la UE tienen mucho que decir aquí.

Con respecto a Galicia, la "cultura del fuego" es un elemento claro, si bien yo he visto incendios en esa zona por todo tipo de causas (regeneración de pastos, eliminación de matorral, intereses forestales, pirómanos desequilibrados, venganzas, caza, intereses urbanísticos, despistar a la policía (narcotráfico), etc.). Estuve apagando incendios allí 15 días en la terrible ola incendiaria de 2006 como parte de un dispositivo especial enviado por la Comunidad de Madrid y vi de todo. Por supuesto los eucaliptos y otras especies pirófitas maderables (artificialmente extendidas para producción) tenían mucho que ver, pero no eran la única causa. Con todo pude ver auténticas tormentas de fuego en eucaliptales de 45-50 metros de altura que cruzaban la autopista como si tal cosa. Sus hojas están especialmente diseñadas para volar con las corrientes ígneas que crea el propio incendio y crear nuevos focos a centenares de metros prendiendo a copas (lo de abajo estaba verde, son zonas muy húmedas, se prenden arriba). Además su capacidad de resistencia al fuego y la regeneración y germinación tras el mismo en el caso de Eucalyptus globulus es altísima. Es una razón más, pero como he dicho en Galicia la cultura del fuego es algo profundamente enraizado (especialmente en Ourense). Algún día también os contaré meteodologías para provocar incendios, había de todo!!.
Con respecto a los eucaliptales de interior un matiz importante, Eucalyptus globulus tenía como claro limitante el frío y las heladas, de forma que en Galicia y Asturias queda relegado al litoral y zonas bajas hasta unos 250-300 metros de altitud como máximo, pero recientemente se ha empezado la plantación de Eucalyptus nitens en zonas de interior con heladas y nevadas frecuentes que se sitúan entre los 300 y los 850-900 metros.

Zonas con una elevada superficie forestal (al nivel de la de Galicia) que no registran ningún incendio. Algunas nunca en la historia reciente conocida. Prácticamente todo es arbolado autóctono: Fagus sylvatica, Abies alba, Pinus sylvestris, Pinus nigra, Quercus rotundifolia, Quercus suber, Abies pinsapo, Betula alba, Betula pendula, Quercus pyrenaica, Quercus petraea, Quercus canariensis, Acer pseudoplatanus, Acer platanoides, Quercus humilis, Tylia platyphyllos, Tylia cordata, Ulmus glabra y un largo etcétera. En algunas hay un uso importante y tradicional del arbolado (como en los pinares de Pinus sylvestris de Soria o los alcornocales de Cádiz, pero en la mayoría no) :

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É como diz a gíria, factos são factos. Espanha é o 2ª país mais florestado da Europa (contribuindo para isto as inúmeras elevações que reduzem a aridez), e está ao lado do país europeu que mais perdeu floresta e que não consegue recuperar o que perde. É gravíssimo. Menos de 10% da Galiza é florestada e acima assim a quantidade de incêndios é abismal. Este problema da PI ocidental deve ser como os bancos, demasiado grande para resolver.

Sobre o que poderia ter sido feito para minimizar a catástrofe que ocorreu, para além de tudo o que já sabemos e repetimos todos os verões sobre prevenção, limpeza, ordenamento, há um aspecto que gostaria de salientar e que pouca gente ainda referiu: é importante sensibilizar as populações das diversas aldeias espalhadas pelas nossas florestas para adoptarem medidas de autoprotecção em caso de incêndio.
É praticamente impossível os bombeiros chegarem a todo o lado, muitas vezes estas aldeias ficam totalmente isoladas durante os incêndios. As autoridades municipais deveriam em cada uma destas localidades estabelecer um plano de autoprotecção específico, de acordo com as características de cada localidade, de modo a que os seus habitantes se possam proteger. Algo tão simples como a escolha de um local seguro onde toda a gente se possa proteger. Em muitas aldeias as igrejas são construídas em materiais não inflamáveis, localizam-se em zonas centrais e conseguem albergar todos os habitantes.
E assim evita-se que muitas pessoas se aventurem em estradas perigosas que deveriam estar cortadas, tanto pela segurança das pessoas que lá circulariam, como para facilitar o deslocamento dos meios de combate aos incêndios.

Como é óbvio, estás à vontade para discordar mas essa ideia, a meu ver, tem grandes desafios práticos.

Se o 'estado' nem tem conhecimento dos donos de inúmeros terrenos como é que terá capacidade para estruturar e garantir a relevância dos planos de evacuação? Por uns pagam os outros. Basta que um certo dono, por qualquer motivo, não faça a manutenção correta e determinadas estradas/pontos de acesso ficam cortados. Outro problema dos pontos de encontro (e respetivos pontos de acesso) é mesmo a sua localização. Em aldeias no meio de nenhures escondidas no meio de bosques não deve ser assim tão fácil fazer isso. E à medida que o número de aldeias intervencionadas for aumentando, pior deve ser o problema.

Outro desafio é a demografia. Boa parte dessas aldeias são constituídas por velhotes que podem não ter o mesmo dinamismo/mobilidade que os jovens (e isso tem igualmente impacto na estruturação dos planos de evacuação). Continuarão a haver pessoas que ficarão para trás para tentar salvar o que puderem. A ideia do ponto de encontro é bastante relevante já que permitiria a concentração das pessoas e eventualmente facilitaria a sua evacuação. Contudo, o fogo é muito dinâmico. Por vezes, poderá estar-se a sair de uma situação má para ir para uma situação pior. Quem é que garante que a igreja no meio da aldeola é segura? Basta que hajam materiais inflamáveis no local errado para haver bronca.
 
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luismeteo3

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80 bombeiros espanhóis chegam hoje a Portugal
Oitenta bombeiros espanhóis chegam esta terça-feira a Portugal para ajudar no combate ao incêndio de Góis, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI). A mesma fonte adiantou que 40 bombeiros da Galiza chegam a Portugal por via terrestre e outros 40 operacionais de várias regiões espanholas por helicóptero.

Segundo o MAI, os bombeiros da Galiza chegam a Portugal com viaturas próprias e vão ser integrados numa coluna nacional.

A chegada dos 80 bombeiros espanhóis para combater o incêndio de Góis insere-se no acordo bilateral existente entre Portugal e Espanha.

Também ao abrigo deste acordo estão a combater os incêndios da região centro de Portugal, desde domingo, dois aviões ‘Canadair’ e bombeiros espanhóis.

O incêndio em Góis, no distrito de Coimbra, deflagrou pelas 15:00 de sábado e mobiliza 661 bombeiros, 228 viaturas e cinco meios aéreos.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos.

Lusa
 

mecre90

Cirrus
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Não sei se já tinham colocado aqui no fórum.
Com ventos destes, e ainda mais com a instabilidade causada pelo calor do incêndio, acredito que a velocidade de propagação e incógnita da sua direção tenha estado na origem da tragédia. Não me parece que algo pudesse ter sido feito para o evitar...



Não sei se já tinham colocado aqui no fórum.
Com ventos destes, e ainda mais com a instabilidade causada pelo calor do incêndio, acredito que a velocidade de propagação e incógnita da sua direção tenha estado na origem da tragédia. Não me parece que algo pudesse ter sido feito para o evitar...



O autor disse-me que o video foi feito no nó Oeste do IC8 para Proença a Nova, por volta das 18h de sábado, e os ventos soprariam NNW para SSE, ou seja, numa direcção muito diferente da que o incêndio seguiu desde Pedrogão até à N238-1...

Já há informações da hora aproximada a que o incêndio chegou a Nogueirinho, Pobrais, e ao trágico troço da Estrada da Morte?...
 

Orion

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A CMTV veio agora dizer que o Governo desmentiu esta notícia, e que sempre estão a caminho bombeiros espanhóis, esperemos que seja verdade:unsure:

Parece que os nuestros hermanos gostam de vender jornais também...

Também faria sentido o governo português recusar ou pelo menos fazê-los aguardar. Adicionar meios sem qualquer tipo de coordenação não ajudaria em nada a situação. Já basta o caos atual.
 
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Fatima (320m)
Quarenta fogos mobilizam mais de 2.800 bombeiros e 24 meios aéreos
O número de incêndios a lavrar em Portugal tem aumentado nas últimas horas, registando-se pelas 15:30 de hoje um total de 40 fogos florestais, mobilizando 2.816 operacionais, auxiliados por 928 viaturas e 24 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.

Às 09:30 de hoje lavravam 12 fogos em território nacional, número que duplicou no período de duas horas e meia para 24 focos de incêndio às 12:15, e que voltou a aumentar para 40 fogos às 15:30, de acordo com a informação divulgada na página na Internet da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).

Dos 40 incêndios a nível nacional, dez encontram-se em curso (incêndio em evolução sem limitação de área), cinco em resolução (incêndio sem perigo de propagação para além do perímetro já atingido) e 25 em conclusão (incêndio extinto, com pequenos focos de combustão dentro do perímetro do incêndio).

A maioria dos operacionais (2.221 do total de 2.816), das viaturas (749 do total de 928) e dos meios aéreos (21 do total de 24) que estão a combate os fogos que lavram em Portugal, estão destacados para os três grandes fogos nacionais, localizados nos concelhos de Pedrógão Grande (Leiria), Góis e Penela (Coimbra).

O incêndio que envolve mais meios no terreno continua a ser o de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, que deflagrou na tarde de sábado e que se mantém em curso, encontrando-se a ser combatido por 1.207 operacionais, apoiados por 405 veículos e 13 meios aéreos.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.

O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

Outro dos principais incêndios a lavrar em Portugal é o fogo em Góis, no distrito de Coimbra, que deflagrou pelas 15:00 de sábado e que se mantém em curso, mobilizando 852 bombeiros, 292 viaturas e seis meios aéreos.

Ainda no distrito de Coimbra, encontra-se em fase de resolução o incêndio de Penela, segundo a informação da Proteção Civil, indicando que o combate às chamas que lavram desde as 21:15 de sábado envolve 162 bombeiros, 52 viaturas e dois meios aéreos.

Além destes três grandes incêndios nos distritos de Leiria e de Coimbra, existem 35 fogos de menor dimensão a ser combatidos em Portugal, localizados no distrito de Beja (4), Braga (2), Castelo Branco (3), Évora (1) Faro (2), Leiria (4), Lisboa (3), Portalegre (2), Porto (5), Santarém (4), Viana do Castelo (1), Vila Real (4) e Viseu (2).

Lusa
 
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