Seguimento Interior Norte e Centro - Julho 2016



Snifa

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Chuva e granizo inundam edifícios e afetam vinha


Cerca de uma dezena de lojas, casas e até o edifício da Câmara Municipal e da igreja matriz de Sabrosa ficaram esta quinta-feira inundados depois da chuva intensa, acompanhada de granizo, que começou a cair às 17 horas.

"Nunca vi nada assim. Foi uma hora e meia de chuva e granizo sempre a cair. Não conseguimos fazer nada para evitar as inundações", afirmou Eduardo Matos, proprietário de uma papelaria na rua Direita, onde várias lojas ficaram inundadas.

A área agrícola da zona norte do concelho, constituída sobretudo por vinhas, também ficou afetada, mas ainda não foi feito um balanço dos estragos.

O presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, José Marques, afirmou que os serviços municipais e os bombeiros estão no terreno a retirar a água dos edifícios e a proceder à limpeza das ruas.

"Na vila de Sabrosa, houve inundações em vários edifícios, levantamento de pisos, queda de muros e agora ficou um rasto de lama. A área agrícola também foi bastante afetada, sobretudo na zona norte do concelho", acrescentou.

Segundo o autarca, "caiu uma carga de água muito anormal, juntamente com granizo, como não há memória no concelho". Os comerciantes afirmam que ainda é prematuro fazer uma avaliação dos estragos nas lojas que chegaram a ter "cerca de 60 centímetros de água" no seu interior.

Também no concelho vizinho de Alijó, mais propriamente em Cabeda, na freguesia de Vilar de Maçada, as propriedades agrícolas foram "fortemente afetadas". António Júlio Fernandes, da Junta de Freguesia, acredita que "há zonas onde as perdas devem rondar os 100%".

"Uma grande parte das vinhas está destruída. Nunca vi nada assim. Só ficaram os paus", lamentou. Tal como em Sabrosa, a chuva caiu intensamente durante "mais de uma hora", acompanhada de "muito vento e granizo".



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http://www.jn.pt/local/noticias/vil...ificios-e-afeta-vinha-em-sabrosa-5272126.html
 

StormRic

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Não há estações na zona. Mas comparando com o registado um pouco mais a norte, em Vidago, a partir das 19h20, percebe-se a violência do que deve ter passado por Sabrosa.

Em Vidago, 17,3 mm em menos de meia hora! Entre as 19h20 e as 19h50.

Também enquadrando Sabrosa na mesma trajectória, mas antes, Pinhão (IPMA) teve 7,3 mm entre as 17h e as 18h.

Mais recentemente, entre as 20h e as 21h, Vinhais (IPMA) registou 11,7 mm.

Numa primeira apanha, foram estes os maiores valores registados hoje, com destaque ainda para Abrantes que registou 12,4 mm entre as 6h e as 9h30. No entanto, as estimativas de acumulados horários, pelo radar, indicam muitos outros locais com valores tão ou mais elevados.
 
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StormRic

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Davidmpb

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Técnicos avaliam hoje estragos nas vinhas do Douro após chuva e granizo

Lusa08 Jul, 2016, 10:35 | Economia


Os técnicos da Direção Regional de Agricultura do Norte fazem hoje a avaliação dos estragos provocados nas vinhas pela trovoada, com chuva forte e granizo, que afetou na quinta-feira Sabrosa e Alijó, na região do Douro.



Cerca de uma hora de chuva torrencial, acompanhada de granizo, provocou estragos em vinhas inseridas na Região Demarcada do Douro e de produção de vinho do Porto. O mau tempo afetou com mais intensidade algumas aldeias dos concelhos de Sabrosa e de Alijó, no distrito de Vila Real.

Fonte da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) disse que os técnicos se deslocam esta manhã ao terreno para fazerem para uma avaliação dos estragos e produzirem um relatório que será enviado ao Ministério da Agricultura.

Em Souto Maior, Sabrosa, o viticultor Sérgio Gonçalves encontrou a sua vinha "completamente destruída" ao final da tarde de quinta-feira.

"Tenho meio hectare e este era o primeiro ano de produção que ia entregar na adega e perdeu-se tudo. Estava a trabalhar na barragem do Tua e lá não aconteceu nada disto", afirmou o pequeno produtor à agência Lusa.

Foi quase uma hora de chuva intensa, acompanhada de granizo, que "esfarraparam as folhas das videiras, quebraram as varas e deitaram os cachos das uvas ao chão".

"Agora é tratar as videiras para o ano darem alguma coisa. Cicatrizarem para o próximo ano. Tenho seguro. Mas é chato andarmos a trabalhar para chegarmos e vermos tudo destruído, lamentou.

Mais ao lado, em Cabeda, já no concelho de Alijó, António Júlio Fernandes, elemento da junta de Freguesia de Vilar de Maçada, salientou que o granizo "destruiu 100% de algumas vinhas".

Uma situação que disse ser "muito preocupante" porque a produção de vinho é a principal fonte de rendimento para muitas famílias desta aldeia.

Numa primeira avaliação, António Júlio Fernandes contabilizou cerca de "400 hectares de vinha afetada" nesta zona mas, para além disso, salientou que a chuva intensa afetou ainda caminhos e muros.

A Estação de Avisos do Douro, integrada na DRAPÊ, lançou na quarta-feira uma circular em que, para minimizar os prejuízos provocados pela queda de granizo, aconselha os produtores à "imediata realização de um tratamento anti-míldio e anti-oídio, adicionando à calda um adubo foliar com elevada percentagem de cálcio".

"O tratamento será tanto mais eficaz quanto mais rapidamente for efetuado", refere o aviso.

Ainda no distrito de Vila Real, o granizo afetou castanheiros e hortas (batatas e hortaliças) em Curros e Cabanas, no concelho de Valpaços.

"Foi terrível, só ficaram mesmo os paus dos castanheiros. Afetou tudo em geral. Foi castanheiros, foi hortas, a zona onde caiu a pedra destruiu tudo, cortou tudo", afirmou à Lusa António Costa, presidente da Junta de Carrazedo de Montenegro.

O autarca referiu que o mau tempo "atingiu uma área de cerca de 12 quilómetros" destas aldeias.

"Não sei como as pessoas dali vão sobreviver sem a colheita da castanha. É que estão mesmo dependentes só da castanha", lamentou.

Em Vila Grande, concelho de Boticas, 15 minutos foram suficientes para estragar alguns hectares de fenos já secos.
http://www.rtp.pt/noticias/economia...-vinhas-do-douro-apos-chuva-e-granizo_n932279
 
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