Seguimento Litoral Norte - Novembro 2025

Boa noite.

Hoje foi um dia já mais escuro, chuvoso, frio até.
O ambiente é de puro outono, com traços de invernia.
Neste momento o céu está parcialmente nublado.
O vento sopra fraco a moderado, com rajadas, de OSO a ONO.
A salamandra dá agora muito jeito para melhorar o conforto térmico...

O acumulado do dia está nos 45,0 mm.
O acumulado mensal está nos 380,8 mm.

Tmín: 11,9ºC
Tmáx: 15,4ºC

Tactual: 11,9ºC
P.Orbalho: 10,0ºC
Hr: 87%
PAtm: 1014,0 hPa

Nos Carris hoje mais 60.7 mm acumulados, o mês segue com 661.1 mm. :rain:

Em anos muito chuvosos qual será a média nesta localização remota? 4000/ 5000 mm/ano?

Li algures que houve anos em que certas zonas do Gerês chegaram a ter valores da ordem dos 6000 mm ou lá perto, se não estou em erro.. :unsure:

Também me interrogo sobre os valores que potencialmente pode ter em meses e anos mais húmidos.
Se este ano continuar assim poderemos assistir a valores muito interessantes.
E se esta localização é excelente, outras terão ainda potencial para valores mais altos, pensando na zona da Mata da Albergaria e nos seus topos por exemplo.
Se me sair o totobola vou pensar em distribuir muitas estações pelo país... :malandro:
 
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E se esta localização é excelente, outras terão ainda potencial para valores ainda mais altos.

A questão não é tanto a média anual num ano normal de chuva, mas sim em anos de pluviosidade acima da média.

Sei que no Gerês certas zonas da serra facilmente ficam entre os 2500/ 3300 mm num ano normal, e nem falo das zonas de maior altitude, como nos Carris.

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Só há uma maneira de saber, é espalhar estações pela serra toda, sobretudo nas localizações mais remotas e chuvosas :D
 
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A questão não é tanto a média anual num ano normal de chuva, mas sim em anos de pluviosidade acima da média.

Sei que no Gerês certas zonas da serra facilmente ficam acima dos 2500/ 3000 mm ou mais num ano normal, e nem falo das zonas de maior altitude, como nos Carris.

Só há uma maneira de saber, é espalhar estações pela serra toda, sobretudo nas localizações mais remotas e chuvosas :D
Este excelente apanhado do @StormRic mostra valores altos de precipitação na região minhota entre os anos de 1931 e 1960:

As zonas montanhosas apresentam valores expressivos, mas ainda longe do potencial medido em estações que existiam em plena serra do Gerês, na zona da Mata da Albergaria, que excediam os 2600-3000 mm anuais e os 4000 \5000 mm de precipitação máxima anual.

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Por cá a temperatura estabilizou nos 11,6ºC e o vento acalmou.
O céu está parcial a muito nublado.
 
Boas,

A frente por aqui acumulou 15 mm ( ontem 18.2 mm).

Está mais fresco e com algum vento que aumenta o desconforto térmico.

12.7ºc, vento moderado de ONO e 87% HR.

Já pouco mais deverá chover até ao fim do mês que leva 260,6 mm.

Nos Carris hoje mais 60.7 mm acumulados, o mês segue com 661.1 mm. :rain:

Em anos muito chuvosos qual será a média nesta localização remota? entre 4000/ 5000 mm/ano?

Li algures que houve anos ( quando ainda existiam udómetros na serra) que certas zonas chegaram a ter valores da ordem dos 6000 mm ( mas pode ser exagero) ou lá perto, se não estou em erro.. :unsure:

4mil devem ocorrer uma três vezes por década. Num ano excepcional deve passar 5mil.
São João do Monte no Caramulo a 500 metros de altitude, que tem estação há meia dúzia de anos, já teve um ano de 3300 mm recentemente, e já teve mais de um mês a ultrapassar os 700mm, mas nunca os 800mm, lembro-me perfeitamente disto.
Pelo que tenho vistos Carris acumula uns 30% a mais.

Há uma estação em Rossas, Vieira do Minho com 2060mm anuais, suponho que seja bem menos chuvoso lá que nos Carris
 
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Boa noite.

Tudo muito calmo agora, com as estrelas a brilhar, e o frio a entrar.
A pressão atmosférica sobe e começa a mostrar a presença do nosso "amigo" AA. Já esteve nos 1012,0 hPa às 11h.
Muita humidade, obviamente, por todo o lado.
E isto torna ainda mais desagradável suportar, porque a mistura de frio e tempo húmido é das piores que podemos ter.

Tactual: 7,9ºC
P.Orbalho: 6,0ºC
Hr: 84%
PAtm: 1018,0 hPa
 
Bom dia a todos !
Resumo Diário na minha Estação : 2025-11-24
Temperatura Máxima: 16.3°C (12:39)Temperatura Mínima: 8.4°C (23:19)
Precipitação Total: 17.7 mm Humidade média: 95
Velocidade do Vento Máxima: 20.5 km/h (09:14)Rajada Máxima : 27.7 km/h (11:39)
 
Em anos muito chuvosos qual será a média nesta localização remota? entre 4000/ 5000 mm/ano?

zona da Mata da Albergaria, que excediam os 2600-3000 mm anuais e os 4000 \5000 mm de precipitação máxima anual.

Há uma estação em Rossas, Vieira do Minho com 2060mm anuais, suponho que seja bem menos chuvoso lá que nos Carris

4mil devem ocorrer uma três vezes por década. Num ano excepcional deve passar 5mil.

Há (houve, não sei se ainda tem havido neste século) acumulados da ordem dos 4000 a 5000mm.
Como tenho todos os anuários "históricos" do século passado (e ainda do século XIX) vou procurando.

Note-se que a Serra da Estrela também teve valores nas estações das Penhas Douradas, Lagoa Comprida, Penhas da Saúde e talvez mais alguma, nas primeiras décadas do século passado (até aos anos trinta), acumulados anuais ou 12 meses deslizantes que agora seriam excepcionais (para a zona) e não voltaram a repetir-se. Valores que excederam os 4000mm nas Penhas Douradas, por exemplo (1936).
 
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Bom dia,

Manhã fria com algum nevoeiro vindo de E mas que logo dissipou, mínima de 5.1ºc .

Agora muito sol e 7.4ºc, vento fraco, 86%HR.
 
Bom dia a todos !
Resumo Diário na minha Estação : 2025-11-25
Temperatura Máxima: 15.9°C (14:04)Temperatura Mínima: 5.4°C (07:14)
Precipitação Total: 0 mm Humidade média: 84
Velocidade do Vento Máxima: 7.6 km/h (15:14)Rajada Máxima : 11.2 km/h (13:34)
 
Boa noite.

O dia começou com bastante nebulosidade alta, que ao final da manhã deu lugar a céu pouco nublado a limpo.
No fim da tarde regressou alguma nebulosidade alta, mas agora a tónica é céu limpo e vento fraco a calmo (como de resto esteve todo o dia).
A madrugada foi fria, mas não gelada, está difícil ter mínima negativa...;)

Tmín: 2,8ºC
Tmáx: 14,6ºC

Tactual: 8,4ºC
Hr: 79%


Há (houve, não sei se ainda tem havido neste século) acumulados da ordem dos 4000 a 5000mm.
Como tenho todos os anuários "históricos" do século passado (e ainda do século XIX) vou procurando.
Seguramente que o ano hidrológico de 2000-2001 foi um de extremos, acima dos 5000 e, acredito seriamente, acima dos 6000 nalgum dos locais dessas estações do Gerês central.
Digo isto, pois uma estação aqui em Paços de Ferreira registou nesse ano hidrológico cerca de 3450 mm de acumulado. Esta estava localizada em zona interessante para registo de precipitação, e não creio que fosse a zona mais chuvosa do concelho na altura.
 
Seguramente que o ano hidrológico de 2000-2001 foi um de extremos, acima dos 5000 e, acredito seriamente, acima dos 6000 nalgum dos locais dessas estações do Gerês central.
Infelizmente julgo que a rede de udómetros já não estava activa nessa altura. :unsure:
Os anuários só tenho ( e acho que foram descontinuados depois) até 1988. Entretanto deixei de ter o contacto com o IPMA já nos anos 90.
 
Deixo aqui alguns valores médios anuais para já, de udómetros "célebres" no PNPG, que constam nas Normais 1951-1980. Apanham duas das melhores décadas, 50 e 60. Ainda hei-de procurar os anos mais notáveis (dos incríveis >5000 mm).

3413,2 mm Leonte (Alt.860 m) (em 1997 ainda encontrei o local onde estava instalado).
A máxima diária (9h-9h) foi de 219,1 mm (ocorreu em Fevereiro) em todo o período 1951-1980.
O mês mais chuvoso era Janeiro, com média de 517,3 mm.

3355,1 mm Albergaria (Alt.800 m).
Máxima diária 270,2 mm (num dia de Março).
Mês mais chuvoso Janeiro, média de 508,4 mm.

3223,1 mm Juncêda (Alt.930 m).
Detém o recorde da máxima diária 9h-9h no continente: 337,0 mm (num dia de Novembro de 1955), citado na Monografia nº27 de Silvério Godinho (INMG).
Janeiro, média de 494,2 mm.

3071,1 mm Zebral (Alt.775 m) (na encosta da margem sul do Cávado, entre Vendas Novas e Salamonde, na periferia pré-parque do PNPG).
Teve num dia de Março 249,2 mm.
Janeiro, 464,5 mm de média.

Todas as restantes estações meteorológicas e udométricas do continente têm valores médios anuais inferiores a 3000 mm, nestas Normais 1951-80.
As que mais se aproximam são a udométrica de São Bento da Porta Aberta, 2996,8 mm e a meteorológica de Penhas da Saúde, 2965,0 mm, a uma distância dos valores imediatamente inferiores de mais de 150 mm.

A estação privada recém instalada nos Carris é preciosa...
 
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A estação privada recém instalada nos Carris é preciosa...

Observando a localização das três estações udométricas no topo da tabela dos acumulados anuais, penso que aquela primeira crista do Gerês, como primeira barreira orográfica, de altitude mais proeminente, às tempestades de chuva do quadrante Oeste/Sudoeste, deverá ter nos seus cimos acumulados ainda maiores. E estou a pensar no Pé de Cabril (1236 m), por exemplo. Logo do outro lado dos vales Albergaria/Termas do Gerês (alinhados na direcção NNE/SSW em sentidos opostos, com o colo de Leonte entre eles) a crista Pedra Bela/Borrageiro é uma segunda barreira, algures aqui os valores também deviam ser notáveis. Carris, apesar de estar praticamente nos píncaros da Serra (aprox. alt.1500 m) está mais para o interior e a sentir a sombra das primeiras barreiras. Para as correntes de Sul, pode beneficiar mais da subida gradual de altitude a partir do vale do Cávado. Por outro lado, a Serra da Cabreira poderá ficar com uma boa parte deste fluxo de Sul, como o mostram os valores do udómetro de Zebral. Também nesse caso se podia pensar que o maciço acima de São Bento da Porta Aberta tem um papel de primeira retenção, antes mesmo das barreiras de Cabril e Borrageiro, e lá estão em São Bento os volumosos acumulados.
Ignorando estas primeiras barreiras está no entanto o vale das Caldas do Gerês/Rio Caldo, um perfeito canal afunilado até Leonte para os ventos de SSW. Talvez por isso Leonte esteja no topo da tabela do continente quanto a acumulados, mas... de um lado e doutro de Leonte estão Pé de Cabril e Borrageiro. Devia ser mesmo interessante uns udómetros nesses cimos, agora com uma tecnologia de comunicação de dados que não existia à época dos antogos udómetros.
 
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