Seguimento Marítimo 2014 (Ondulação, Temperatura água, Praias, etc)

Agreste

Furacão
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29 Out 2007
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Terra
não teríamos o clássico problema de descascar as praias à esquerda do molhe ligado a terra se a corrente dominante for do lado direito. Havia circulação de sedimento mas muito mais lentamente.
 


camrov8

Cumulonimbus
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14 Set 2008
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Oliveira de Azeméis(278m)
isso já foi debatido so agora em ovar se começou a falar em barreiras em frente a praia e não esporões, a melhor ideia éra nenhuma mas as barreiras em frente a praia teem menores restrições na movientação das areias e combate o pior inimigo que são as ondas
 

algarvio1980

Furacão
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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
Algarve investe mais dois milhões a “engordar” praias de Lagoa e Albufeira

Manter a praia de Quarteira custa seis milhões de euros. Ao fim de dez anos desaparece a areia, volta tudo ao mesmo. E a construção de esporões, dizem os especialistas, não é alternativa.

O Algarve vive um dilema: deixar cair livremente as arribas ou investir milhões para retardar o efeito da erosão? A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem em curso mais uma operação de alargamento de seis praias nos concelhos de Lagoa e Albufeira — um investimento superior a dois milhões de euros. A cada Inverno que se aproxima crescem os receios sobre os avanços do mar mas isso não impede que se continue a querer construir empreendimentos nas zonas de risco.

A praia de Quarteira, por exemplo, beneficiou de uma recarga de areias há quatro anos para se manter, que foram sugadas do mar. Das toneladas de detritos que foram depositados ao longo da costa, numa extensão de cerca de quatro quilómetros, já desapareceu 45%.

Agora, e à semelhança do que foi feito em 2010 em seis praias do concelho de Loulé — Vale do Lobo, Dunas Douradas, Vale Garrão, Forte Novo, Almargem e Loulé Velho, está a decorrer mais uma recarga de areia em Lagoa. O processo de realimentação para que as praias fiquem com uma largura de cerca de 40 metros começou no final de Agosto na Praia Nova, junto ao promontório de Nossa Senhora da Rocha (Lagoa), prevendo-se que dentro de um a dois dias termine o trabalho na praia da Cova Redonda, passando depois às praias da Coelha e do Castelo, em Albufeira. A operação deverá estar concluída até Novembro. Na fase final, são as praias de Benagil e Carvoeiro (Lagoa), as beneficiadas.

Mas será esta a solução? A principal fonte de alimentação das praias, recordou o director regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Sebastião Teixeira, “são as arribas, que caem de forma natural”. Só que este processo natural leva um tempo que não se coaduna com as exigências dos interesses ligados ao turismo, que reclamam a consolidação das arribas. Uma exigência que levou o Instituto da Água, há cerca de 15 anos, a tomar uma medida polémica no concelho de Albufeira: mandou forrar as arribas da praia dos Pescadores a betão, e pintar o cimento de cor amarelada. A justificação para a intervenção foi a “salvaguarda das pessoas e bens”.

Por causa deste dilema, realizou-se recentemente em Quarteira um debate sobre “Que futuro para o Algarve, sem praias?” O tema veio a propósito da apresentação do projecto Change — um estudo coordenado pela investigadora Luísa Schmidt, do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, que visa analisar os problemas de natureza social e ambiental na linha de costa, tendo-se focado em três casos — Caparica (Almada), Barra-Vagueira (Aveiro) e Quarteira.

O que se deve então fazer para manter as praias: construir esporões ou fazer a recarga artificial do areal? “O problema não está no tipo de intervenção”, responde Alveirinho Dias, especialista em dinâmica costeira. O problema, sublinha, “está no ordenamento do território — construiu-se em zonas de risco”. No mesmo sentido, Luísa Schmidt chamou a atenção para os casos da Caparica e Vagueira (Aveiro) — uma questão que, disse, “exige monitorização”, tendo presente que “há um preço a pagar” para mitigar os erros urbanísticos. No caso de Quarteira, observou Sebastião Teixeira, “sabe-se que, de dez em dez anos, é preciso investir seis milhões de euros para manter a praia”.

O presidente da junta de freguesia, Telmo Pinto, perplexo, comentou: “Estamos dependentes do turismo, e sem praia não há turistas”. Da plateia, uma das convidadas para o debate defendeu a necessidade de prosseguir com a construção de mais esporões, a nascente, sugerindo que essa poderia ser a solução a replicar por toda a costa. O director regional da APA discordou: “Podia resolver-se um caso pontual, mas deslocava-se-se o problema para outro síto”, disse. No mesmo sentido, ao PÚBLICO, Alveirinho Dias, afirmou: “Há mais de meio século que se conhece o resultado da construção de esporões — os problemas do litoral não estão relacionados com a dinâmica costeira, o problema está na ocupação do território em zonas de risco”.

Fonte: Publico

Enquanto, as câmaras do Algarve forem gananciosas e continuarem a construir empreendimentos turísticos em zonas de risco, vão continuar a deitar dinheiro ao mar, seja no Algarve, seja na Caparica, seja noutra zona da costa, as pessoas têem que mentalizar-se duma coisa, ou vão deitando milhões ao mar para proteger alguns interesses que não interessam a ninguém, ou um dia vai tudo chorar quando o mar entrar um dia pelas casas a dentro.
 
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Paelagius

Nimbostratus
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27 Set 2013
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Porto
Qualquer tipo de intervenção artificial constitui na sua área de influência uma perturbação do sistema de ondas e correntes que existiam antes da sua introdução.

Nutrir as praias com sedimentos é dar de comer ao mar. É remediar a situação mas o problema persiste como uma aspirina para a dor de cabeça crónica.

Julgam resolver a questão de tapar buracos assentando cimento ou depositando areia com alguns camiões. Para problemas estruturais como este são necessárias intervenções radicais. Daqui em diante será assim: investimento aplicado para salvaguardar construções condenadas. A culpa desta situação não é de quem requereu a sua construção mas de quem a determinou. A erosão tornou-se um negócio.

A política de deixar o mar ditar o futuro da evolução de linha de costa é arriscada ao constituir perda de território porque o problema vem do início quando os sedimentos fluviais não transpõem a barreira física imposta pelas barragens. A insistência em estudos de monitorização torna-se tão inútil quanto o propósito porque foram solicitados - a construção da infraestrutura temporária - porque não cria valor. Antes pelo contrário, desperdiça dinheiro público e fomenta lóbis.

Existem tentativas de procurar soluções de defesa costeira para enrocamentos como almofadas de areia permeáveis que retenham os sedimentos e permitam o fluxo da água - a possibilidade de desformar confere uma boa tolerância geométrica evitando o deslocamento e consequente queda do mikado como acontece com os tradicionais blocos rochosos dos enrocamentos; sistema de drenagem gravitacional que permita a água percolar e ser devolvida ao mar com recurso a bomba; estruturas laminadas compostas por módulos com geometria capaz de dissipar parte da energia, favorecendo o fluxo da areia em direção à praia e impedir o refluxo.
 
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Maria Papoila

Nimbostratus
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27 Set 2011
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Ericeira
No Sabado passado esteve um dia fantástico na Ericeira. Cá em cima do miradouro de Ribeira D'Ilha avistava-se o swell a entrar bem torto cerca das 14h mas depois começou a acertar. Quando desci para a praia estava uma tarde de Setembro extremamente agradável e a temperatura da água do mar incrivelmente boa. Entraram todos sem fato como se de pais tropical se tratasse. Eu fiquei num delicioso banho de 4h seguidas na Pedra Preta - sempre com mega cuidado por causa dos ouriços. Estava assim, respectivamente, a Oeste, Norte e Sul:

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seqmad

Cumulus
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27 Jun 2007
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Fogueteiro
Confirmo, ontem na Fonte da Telha banho prolongado com ondulação suave e água excelente, nos 22º segundo a previsão - depois de ir duas vezes ao Algarve encontro a melhor temperatura da água do ano na minha praia do costume, é inédito...
 
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Vitor TT

Nimbostratus
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21 Jan 2014
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Pedernais ( Ramada ) ( 160 mts )
Neste Sábado passado agarrei no meu "Toy" e rumei a São Jacinto - Ovar, coisa que faço à 20 anos ( ida e volta +- 700 km num dia :D ) ver as belas paisagens costeiras da zona e fazer uns trilhos off-road se possivel, porque o mato cresceu de tal ordem que alguns dos trilhos não pude passar sem esfolar a "pele" do jipe,

( eu vou colocar neste tópico, por a maioria das fotos serem do litoral - mar )

primeira paragem para "abastecer" e registar o momento

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já em São Jacinto perto do pontão, local belíssimo,

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por comparação, penso que em 1997, ainda na era da película, neste local fazia-se extracção de areias,

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esta um pouco a cima da Torreira, onde o mar tem castigado bem esta zona

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e esta Furadouro, com um fundo que não estava a "curtir" muito para os quase 300 km que tinha de fazer de regresso a casa de noite e onde apanhei chuviscos desde Aveiro até Bombarral e estrada molhada, hummm nada bom,

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e por fim esta, perto de Maceda

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esteve um dia agradável em termos de sol e temperatura, para o ano espero lá ir novamente.
 

Vitor TT

Nimbostratus
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21 Jan 2014
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Pedernais ( Ramada ) ( 160 mts )
Ontem, Domingo, lá fiz novamente a caminhada do costume, onde já se nota o mar a "comer" a areia

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e chagada quase ás 19:00h a Carcavelos, o momento,

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pensava que ia rapar frio, mas ainda aguentei com a "farda" de verão, apesar de já ter levado uma camisola de manga comprida.
 

Scan_Ferr

Nimbostratus
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8 Ago 2010
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Maceda (Ovar)
Neste Sábado passado agarrei no meu "Toy" e rumei a São Jacinto - Ovar, coisa que faço à 20 anos ( ida e volta +- 700 km num dia :D ) ver as belas paisagens costeiras da zona e fazer uns trilhos off-road se possivel, porque o mato cresceu de tal ordem que alguns dos trilhos não pude passar sem esfolar a "pele" do jipe,

( eu vou colocar neste tópico, por a maioria das fotos serem do litoral - mar )

primeira paragem para "abastecer" e registar o momento

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já em São Jacinto perto do pontão, local belíssimo,

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por comparação, penso que em 1997, ainda na era da película, neste local fazia-se extracção de areias,

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esta um pouco a cima da Torreira, onde o mar tem castigado bem esta zona

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e esta Furadouro, com um fundo que não estava a "curtir" muito para os quase 300 km que tinha de fazer de regresso a casa de noite e onde apanhei chuviscos desde Aveiro até Bombarral e estrada molhada, hummm nada bom,

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e por fim esta, perto de Maceda

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esteve um dia agradável em termos de sol e temperatura, para o ano espero lá ir novamente.
Eu sou de Maceda e desconhecia que isso estava assim. Ainda me lembro de a linha de pinheiros ficar longe do mar, agora até ja os pinheiros desapareceram. Basicamente, aquela linha mais negra é onde os pinheiros andavam.