Seguimento Meteorológico Livre 2017

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criz0r

Cumulonimbus
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11 Abr 2008
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.
Agora em definitivo e já sem a Run paralela,

Capture_zpshn6ggwfm.jpg


A run das 12h do GFS, coloca um cenário considerado até "normal" para os extremos que temos tido:

150-582SP.GIF


Dia 26 mais "quentinho",

174-582SP.GIF


198-582SP.GIF


Entretanto, nortada de regresso e bem agressiva nos locais habituais para amanhã,

arpegesp-11-29-0.png
 

algarvio1980

Furacão
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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
Eu, continuo a ver o GFS como sempre vi, um modelo bastante bom no Verão. A ver, as ondas de calor com intensidade e duração certa.

Esta saída do "novo" :lol: modelo do GFS saiu quase fora da média e saiu com uma saída mais fresca e abaixo da média dos ensembles, é tão boa como o modelo mais antigo ou seja, a variabilidade das saídas vão continuar umas mais quentes outras mais frias.

A partir de agora, com o novo modelo se não prever os tais 45ºC ou 47ºC, é bom, mas tenham cuidado é que pode fazer essa temperatura e assim o pessoal fica alegre e contente que o modelo já não mostra 45ºC e assim já não é delírio, porque os delírios do GFS aconteceram todos e a temperatura prevista não teve uma margem de erro tão grande como alguns tentam dar a entender. :rolleyes:
 
Registo
23 Abr 2017
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Lisboa
Eu, continuo a ver o GFS como sempre vi, um modelo bastante bom no Verão. A ver, as ondas de calor com intensidade e duração certa.

Esta saída do "novo" :lol: modelo do GFS saiu quase fora da média e saiu com uma saída mais fresca e abaixo da média dos ensembles, é tão boa como o modelo mais antigo ou seja, a variabilidade das saídas vão continuar umas mais quentes outras mais frias.

A partir de agora, com o novo modelo se não prever os tais 45ºC ou 47ºC, é bom, mas tenham cuidado é que pode fazer essa temperatura e assim o pessoal fica alegre e contente que o modelo já não mostra 45ºC e assim já não é delírio, porque os delírios do GFS aconteceram todos e a temperatura prevista não teve uma margem de erro tão grande como alguns tentam dar a entender. :rolleyes:


Hum , parece me que o gfs vai meter delírios novamente , hum.... :intrigante:
 
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Snifa

Furacão
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16 Abr 2008
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Porto-Marquês:145 m Mogadouro:749 m
Para a semana pode vir uma vaga de calor histórica para o litoral parece me

Não vejo nada de histórico, vejo algum calor, mas já tivemos situações bem mais quentes..

Para que no litoral se atinjam valores muito elevados ou " históricos" é necessária uma lestada bem marcada e persistente e que contrarie a brisa marítima.
 

MSantos

Moderação
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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Proibido regar jardins, encher piscinas e lavar carros

Quinze localidades do Alentejo vão ter de reduzir o consumo urbano de água imediatamente. Com o país numa situação de seca preocupante - principalmente na bacia hidrográfica do Sado -, vai ser obrigatório reduzir a rega dos jardins e hortas, passará a ser proibido encher piscinas e lavar carros, e devem ser encerradas as fontes decorativas nas localidades de Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Ferreira do Alentejo, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Viana do Alentejo, Almodôvar, Castro Verde, Redondo, Alandroal, Arraiolos, Arronches e Borba. Autarquias que terão a partir de hoje reuniões com as autoridades do Ambiente para colocar em prática as medidas.

Esta foi um das decisões da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca que ontem reuniu pela primeira e que aprovou várias medidas de prevenção e regulação da gestão da água que existe nas albufeiras nacionais, que estão, na sua maioria, cada vez mais vazias: segundo os dados de segunda -feira há 16 albufeiras com reservas de 40% ou menos da sua capacidade.

"A situação é cada dia mais preocupante, principalmente na bacia do Sado, mas parece claro que temos solução para ela", adiantou ao DN o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. O governante salvaguardou que apesar de a atual situação de seca ser a pior desde 1995 "não vai faltar água nas torneiras. Não há restrições para o consumo humano. Aliás estão definidas as prioridades: primeiro os humanos, depois animais, regas agrícolas e piscinas, lavagens etc". E lembrou que a barragem de Alqueva está a dar uma ajuda - devido às suas ligações a albufeiras na região alentejana - a que o impacte da seca não seja tão visível na sua área de influência.



$


Peixes podem mudar de barragem


Entre as medidas aprovadas na reunião em que estiveram os ministros do Ambiente, Agricultura (Capoulas Santos), Mar (Paula Vitorino) e o ministro-adjunto Eduardo Cabrita, contam-se a proibição de fazer furos para a captação de água sem haver um licenciamento - até agora bastava um aviso prévio - e a possibilidade de retirar os peixes das albufeiras do Divor (Évora) e Pego do Altar (Alcácer do Sal), existindo ainda a hipótese de tal acontecer também na represa de Monte da Rocha (Ourique), onde também vão ser colocadas restrições a alguns usos da água. Já a produção de energia elétrica na albufeira de Póvoas e Meadas será condicionada.

João Matos Fernandes explicou ao DN que estão a ser efetuados furos em Odemira, Arraiolos, Avis, Borba, Alandroal e Mértola para melhorar o abastecimento às populações e que foi feito um investimento de 510 milhões de euros na pré-reserva de camiões cisterna para o caso de ser necessário levar agua aos sistemas de abastecimento mais isolados.

O Ministério da Agricultura adiantou, entretanto, que em Outubro vão ser distribuídos 400 milhões de euros a todos os agricultores devido à antecipação, autorizada pela Comissão Europeia, dos pagamentos da Politica Agrícola Comum.
http://www.msn.com/pt-pt/noticias/p...carros/ar-AAotaLA?li=BBoPWjC&ocid=mailsignout

Se não te importares publica este tipo de informações no tópico apropriado, vamos ajudar a moderação. ;)

Seguimento Rios e Albufeiras - 2017
 
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Cumulonimbus
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30 Dez 2010
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Lisboa (20/30m)
Proibido regar jardins, encher piscinas e lavar carros

Quinze localidades do Alentejo vão ter de reduzir o consumo urbano de água imediatamente. Com o país numa situação de seca preocupante - principalmente na bacia hidrográfica do Sado -, vai ser obrigatório reduzir a rega dos jardins e hortas, passará a ser proibido encher piscinas e lavar carros, e devem ser encerradas as fontes decorativas nas localidades de Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Ferreira do Alentejo, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Viana do Alentejo, Almodôvar, Castro Verde, Redondo, Alandroal, Arraiolos, Arronches e Borba. Autarquias que terão a partir de hoje reuniões com as autoridades do Ambiente para colocar em prática as medidas.

Esta foi um das decisões da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca que ontem reuniu pela primeira e que aprovou várias medidas de prevenção e regulação da gestão da água que existe nas albufeiras nacionais, que estão, na sua maioria, cada vez mais vazias: segundo os dados de segunda -feira há 16 albufeiras com reservas de 40% ou menos da sua capacidade.

"A situação é cada dia mais preocupante, principalmente na bacia do Sado, mas parece claro que temos solução para ela", adiantou ao DN o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. O governante salvaguardou que apesar de a atual situação de seca ser a pior desde 1995 "não vai faltar água nas torneiras. Não há restrições para o consumo humano. Aliás estão definidas as prioridades: primeiro os humanos, depois animais, regas agrícolas e piscinas, lavagens etc". E lembrou que a barragem de Alqueva está a dar uma ajuda - devido às suas ligações a albufeiras na região alentejana - a que o impacte da seca não seja tão visível na sua área de influência.



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Peixes podem mudar de barragem


Entre as medidas aprovadas na reunião em que estiveram os ministros do Ambiente, Agricultura (Capoulas Santos), Mar (Paula Vitorino) e o ministro-adjunto Eduardo Cabrita, contam-se a proibição de fazer furos para a captação de água sem haver um licenciamento - até agora bastava um aviso prévio - e a possibilidade de retirar os peixes das albufeiras do Divor (Évora) e Pego do Altar (Alcácer do Sal), existindo ainda a hipótese de tal acontecer também na represa de Monte da Rocha (Ourique), onde também vão ser colocadas restrições a alguns usos da água. Já a produção de energia elétrica na albufeira de Póvoas e Meadas será condicionada.

João Matos Fernandes explicou ao DN que estão a ser efetuados furos em Odemira, Arraiolos, Avis, Borba, Alandroal e Mértola para melhorar o abastecimento às populações e que foi feito um investimento de 510 milhões de euros na pré-reserva de camiões cisterna para o caso de ser necessário levar agua aos sistemas de abastecimento mais isolados.

O Ministério da Agricultura adiantou, entretanto, que em Outubro vão ser distribuídos 400 milhões de euros a todos os agricultores devido à antecipação, autorizada pela Comissão Europeia, dos pagamentos da Politica Agrícola Comum.
http://www.msn.com/pt-pt/noticias/p...carros/ar-AAotaLA?li=BBoPWjC&ocid=mailsignout

Incrível. Só me lembrei disto...

Do cenário desenhado por este texto ficcional intitulado "Carta de 2070" que me aterrorizou quando era criança e que citei numa redacção da primária. Pelos vistos já esteve mais longe de se vir a tornar realidade, se calhar mais perto de 2020 que de 2070.

"Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo de vida. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo-me de quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um duche de cerca de uma hora. Agora, usamos toalhas humedecidas em óleo mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora, rapamos a cabeça para a manter limpa sem água. Antigamente, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira, imagine-se! Hoje, as crianças não acreditam que a água era utilizada dessa forma. Recordo-me que havia muitos anúncios que diziam CUIDE BEM DA ÁGUA, só que ninguém ligava; pensávamos que a água potável jamais poderia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. A quantidade de água indicada como ideal para se beber era de oito copos diários por pessoa adulta. Hoje, só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta imensamente a quantidade de lixo. Tivemos de voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgoto não são utilizadas por falta de água que justifique o uso. A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas causadas pelos raios ultravioletas que não são filtrados pela camada de ozono que desapareceu. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia . As infecções gasto-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A industria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam aos funcionários água potável no lugar do salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pelo ressecar da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu a capacidade mental das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. A qualidade do ar não é boa, mas pode-se respirar: a esperança média de vida é de 35 anos. Em alguns países ficaram manchas de vegetação nas margens de alguns rios que são fortemente vigiados pelo exercito. A água tornou-se um tesouro mais cobiçado do que o ouro ou os diamantes. Aqui, em troca, não há árvores porque quase nunca chove e, quando isso ocorre, a precipitação é de chuva ácida. As estações do ano foram severamente transformadas pelos testes nucleares e pela industria tóxica do século XX. Na época, advertia-se sobre a necessidade de se cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha pede que lhe fale sobre a minha juventude,descrevo como os bosques eram bonitos; falo-lhe da chuva, das flores, de como era agradável tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse e o quanto saudável era a nossa gente. Ela pergunta-me: "Papá! Porque é que a água acabou?" Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente ou simplesmente não levou em conta tantos avisos. Agora, os nossos filhos pagam um preço alto e, sinceramente, creio que a vida na Terra não será possível dentro de pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto enquanto ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!"
Texto extraído e adaptado da revista biográfica
"Crônicas de los Tiempos" de Abril de 2002.
 
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Davidmpb

Super Célula
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7 Jul 2014
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Incrível. Só me lembrei disto...

Do cenário desenhado por este texto ficcional intitulado "Carta de 2070" que me aterrorizou quando era criança e que citei numa redacção da primária. Pelos vistos já esteve mais longe de se vir a tornar realidade, se calhar mais perto de 2020 que de 2070.

"Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo de vida. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo-me de quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de banho de chuveiro de cerca de uma hora. Agora, usamos toalhas humedecidas em azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora, rapamos a cabeça para a manter limpa sem água. Antigamente, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira, imagine-se! Hoje, as crianças não acreditam que a água era utilizada dessa forma. Recordo-me que havia muitos anúncios que diziam CUIDE BEM DA ÁGUA, só que ninguém ligava; pensávamos que a água potável jamais poderia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. A quantidade de água indicada como ideal para se beber era de oito copos diários por pessoa adulta. Hoje, só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta imensamente a quantidade de lixo. Tivemos de voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgoto não são utilizadas por falta de água que justifique o uso. A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas causadas pelos raios ultravioletas que não são filtrados pela camada de ozono que desapareceu. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia . As infecções gasto-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A industria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam aos funcionários água potável no lugar do salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pelo ressecar da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu a capacidade mental das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. A qualidade do ar não é boa, mas pode-se respirar: a idade média é de 35 anos. Em alguns países ficaram manchas de vegetação nas margens de alguns rios que são fortemente vigiados pelo exercito. A água tornou-se um tesouro mais cobiçado do que o ouro ou os diamantes. Aqui, em troca, não há árvores porque quase nunca chove e, quando isso ocorre, a precipitação é de chuva ácida. As estações do ano foram severamente transformadas pelos testes nucleares e pela industria tóxica do século XX. Na época, advertia-se sobre a necessidade de se cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha pede que lhe fale sobre minha juventude,descrevo como os bosques eram bonitos; falo-lhe da chuva, das flores, de como era agradável tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse e o quanto saudável era a nossa gente. Ela pergunta-me: "Papá! Porque é que a água acabou?" Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente ou simplesmente não levou em conta tantos avisos. Agora, os nossos filhos pagam um preço alto e, sinceramente, creio que a vida na terra não será possível dentro de pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto enquanto ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!"
Texto extraído e adaptado da revista biográfica
"Crônicas de los Tiempos" de Abril de 2006.
Pelo andar da carruagem, poderá vir a ser uma triste realidade infelizmente...
 

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Do cenário desenhado por este texto ficcional intitulado "Carta de 2070" que me aterrorizou quando era criança e que citei numa redacção da primária. Pelos vistos já esteve mais longe de se vir a tornar realidade, se calhar mais perto de 2020 que de 2070.

"Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo de vida. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo-me de quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um duche de cerca de uma hora. Agora, usamos toalhas humedecidas em óleo mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora, rapamos a cabeça para a manter limpa sem água. Antigamente, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira, imagine-se! Hoje, as crianças não acreditam que a água era utilizada dessa forma. Recordo-me que havia muitos anúncios que diziam CUIDE BEM DA ÁGUA, só que ninguém ligava; pensávamos que a água potável jamais poderia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. A quantidade de água indicada como ideal para se beber era de oito copos diários por pessoa adulta. Hoje, só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta imensamente a quantidade de lixo. Tivemos de voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgoto não são utilizadas por falta de água que justifique o uso. A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas causadas pelos raios ultravioletas que não são filtrados pela camada de ozono que desapareceu. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia . As infecções gasto-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A industria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam aos funcionários água potável no lugar do salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pelo ressecar da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu a capacidade mental das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. A qualidade do ar não é boa, mas pode-se respirar: a esperança média de vida é de 35 anos. Em alguns países ficaram manchas de vegetação nas margens de alguns rios que são fortemente vigiados pelo exercito. A água tornou-se um tesouro mais cobiçado do que o ouro ou os diamantes. Aqui, em troca, não há árvores porque quase nunca chove e, quando isso ocorre, a precipitação é de chuva ácida. As estações do ano foram severamente transformadas pelos testes nucleares e pela industria tóxica do século XX. Na época, advertia-se sobre a necessidade de se cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha pede que lhe fale sobre minha juventude,descrevo como os bosques eram bonitos; falo-lhe da chuva, das flores, de como era agradável tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse e o quanto saudável era a nossa gente. Ela pergunta-me: "Papá! Porque é que a água acabou?" Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente ou simplesmente não levou em conta tantos avisos. Agora, os nossos filhos pagam um preço alto e, sinceramente, creio que a vida na terra não será possível dentro de pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto enquanto ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!"
Texto extraído e adaptado da revista biográfica
"Crônicas de los Tiempos" de Abril de 2006.

Este texto tocou-me. E todos nós amantes da Ciência não ficamos indiferentes a esta carta.
Infelizmente, é o que mais receio quando falamos em Futuro.

Excelente registo @4ESTAÇÕES :thumbsup:
 
Estado
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