Sim, estou de acordo com a afirmação...mas:
1. A REN como gestora do sistema elétrico nacional tem no seu manual de procedimentos instrumentos para definir reservas estratégicas de abastecimento elétrico;
2. A APA tem a incumbência de reservas estratégicas de abastecimento de água às populações;
3. O governo tem como missão garantir isto tudo.
Quando tudo era estatal era gerido duma maneira, mas quando se liberaliza não se pode encaixar milhões (o estado) e deixar nos privados a gestão daquilo que são bens essenciais sem intervenção. Se os mecanismos existem, então têm de ser usados.
É claro que os produtores querem maximizar os lucros e para isso pagaram concessões ao estado, mas este tem que supervisionar ativamente.
O que assistimos em 2021 e início de 2022, foi a uma desresponsabilidade do estado ao fechar centrais a carvão (Sines e Pego), em plena seca, sem garantia de substituição dessa produção. A seca não era só em Portugal, Espanha estava igual e a Europa toda também. Restava a importação a custos elevados e com riscos de carência energética caso as interligações começassem a ser fechadas para subsistência de cada país. Vivemos largos meses sob ameaça de apagões.
Algures em 2022 é que a APA definiu valores mínimos de algumas albufeiras, proibindo a utilização dos produtores. E mais tarde o governo com uma resolução de conselho de ministros.
A Agência Portuguesa do Ambiente é a entidade responsável pela implementação das políticas de ambiente em Portugal
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