Mesmo alfarrobeiras, oliveiras e figueiras têm dificuldade com estes níveis de precipitação. Mesmo que não sequem perdem vigor e capacidade de produção. Os solos já de si pobres também perdem fertilidade. Para quem gosta de perder tempo com esta atividade é uma facada no peito. Vamos ver se o Verão não é muito quente principalmente com aqueles picos de calor que matam tudo.
Exacto. As árvores de sequeiro, a azinheira e o sobreiro têm raízes muito profundas, mas com a sucessão de anos secos que temos tido a água dos lençóis freáticos também se esgota. Em zonas de solos de xisto, que são pouco espessos, há pinheiros-mansos a morrer por stress hídrico, e a morte de azinheiras e sobreiros aumentou imenso. O sobreiro, por exemplo, dificilmente sobrevive com menos de 450 mm de média anual...
Nas amendoeiras é notório o que referes. Quando chove muito entre Outubro e Dezembro o ano costuma ser forte de amêndoa. Se chover pouco até as amendoeiras até ficam «fracas de folha».
É verdade, mesmas as árvores autóctones, por muito resistentes que sejam, com a precipitação muito abaixo da média, não existe árvore que resista a tais consições tão adversas, e este ano promete no que toca ás amendoas, pelo menos já estão praticamente formadas pelo exterior.
Ontem gostei de ver, pessoas que já estão a investir em pequenos pomares ordenados de medronheiros, em encostas, onde mais nenhuma árovore conseguiria viver.
Eu, como agricultor, e muitos outros também já estão a fazer o mesmo, que apostar em árvores micorrizadas, o que as torna mais resistentes a pragas e também no consumo de água, porque se não o caso cada vez mais fica complicado.
Infelizmente as árvores centenárias, como alfarrobeiras e oliveiras, cada vez mais estão a ser maltratadas, com podas assassinas, e arrancadas para darem lugar a culturas intensivas de amendoal, olival, entre outras.
E o governo, continua sem querer tomar uma posição, relativamente a este assunto.