Bom, eu acho que foi uma resposta um bocado a despachar, porque que no litoral do Algarve quando está de Sul está fresco e húmido, e quando está de Norte está quente e seco já todos sabemos.
E na verdade, em rigor, não é efeito de Fohen, pois como não há condensação/precipitação, não se poderá chamar isso em rigor.
O efeito de Fohen existe por uma massa de ar ser obrigada a subir uma encosta, arrefecer e perder humidade por precipitação/condensação. E por ter perdido esse conteúdo de água, ao descer para o outro lado, e ser comprimida, vai aquecer mais do que tinha arrecido na subida. Isto tudo pelo ar húmido sofrer menores amplitudes térmicas que o ar mais seco.
http://en.wikipedia.org/wiki/Foehn_wind
Mas pronto..
Já foi discutido aqui ou noutro tópico isto penso eu. Não lhe podemos chamar Fohen em rigor mesmo, mas apenas a "segunda metade" dele. Será simplesmente o facto de uma massa de ar originada no planalto alentejano, já por si seca e quente, ser obrigada a descer para o litoral algarvio, e ao descer, como qualquer massa de ar, é comprimida e ainda mais aquece.
A primeira metade, de uma determinada massa de ar subir, arrefecer, etc etc, não acontece.
É um vento catabático.
http://en.wikipedia.org/wiki/Katabatic_wind
Sinceramente a única dificuldade e todos a sabemos bem, é conseguir prever quando a brisa vence ou é vencida pelo vento sinóptico de Norte. Mas isso nem os modelos, nem à mesoscala conseguem acertar sempre bem, é extremamente complicado e muito no limite já se sabe..
Daí dizer que te foi dada uma resposta sinceramente incompleta e a "despachar"...