Por aqui foi só vê-las a desfilar.
Estive em Castro Verde pouco depois de terminar a chuvada, pelo que dizem, choveu desde as 13h30 até às 16h e pouco, com algum granizo, mas depois muita chuva.
Na realidade não: foi a norte de Borba, na aldeia da Alcaraviça. A célula acabou por passar um bocadinho a leste e não caiu grande precipitação no local onde me encontrava, no entanto foi uma trovoada daquelas que há muito que não via.
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Hoje foi o dia de tentar fazer stormchasing no Alentejo, mas não tive grande sorte. Houve aquela trovoada às três da tarde, mas estava a almoçar e portanto não deu para filmar grande coisa (e nem foi possível passar pela zona de maior intensidade). Quis seguir células no Alentejo, mas o carro estava com pouco combustível e portanto decidi fazer um desvio até Badajoz para atestar já que nem estava tão longe assim da fronteira e os preços da gasolina lá são 15 cêntimos mais barato que cá.
Depois de atestar, fui analisar as imagens de radar e reparei que praticamente todas as células no Alentejo tinham dissipado e a grande atividade ou estava na Estremadura espanhola ou na Beira Interior - e já eram quatro e meia da tarde. A minha última esperança era uma linha de instabilidade no interior do Alto Alentejo que ia para norte e talvez conseguisse ainda apanhar alguma coisa pelo caminho. Não tive grande sorte - apanhei apenas virga.
É um bocado chato ter de conduzir longas horas para só conseguir tirar quatro fotografias: uma em Borba, duas em Campo Maior e uma outra no Cabeço de Vide:
Bem, pelo menos já foi melhor que na quarta passada, já que desta vez tenho conteúdo e na quarta tentei ir à zona da Serra dos Candeeiros e foi um autêntico fiasco.
Ainda andou uma célula há duas horas, sobre Mora.
Movimento sul-norte, pertencia a uma linha que se formou ainda ontem depois das 23h, de Montemor-o-Novo a Abrantes.
Dissipou-se antes de chegar a Abrantes e com ela toda a linha desapareceu dos ecos de radar.
No seu movimento longitudinal a linha tinha deriva lenta para Oeste.
No dia 21, uma das células que participou naquela fusão, forneceu-me uma boa foto.
Vista a sudeste de Messines (no canto inferior direito da imagem) para oeste:
Ontem Domingo, entre as 11h e as 14h50, a sul de Monchique, ocorreu um fenómeno interessante: fusão de duas células que se deslocaram em sentidos contrários em direcção uma à outra. Uma das células formara-se a sudoeste de Monchique e deslocava-se para ENE e posteriormente para Leste, enquanto a outra, integrada num grupo, formou-se a Oeste de Messines movendo-se para Oeste em conjunto com o grupo.
Neste primeiro vídeo, do radar de Loulé, pode observar-se o movimento geral:
No radar dinâmico, observa-se que a célula de Oeste tem um movimento autónomo relativamente ao grupo inicial. Ambas passam por ecos roxos no início do movimento de junção. A célula de Leste parece ela própria resultar também de uma fusão de duas.
Bom dia. Este evento de instabilidade quebrou a sequência de 29 dias sem chover com três dias seguidos de acumulados e trovões bem audíveis provenientes de trovoadas, já em dissipação e trazidas pelo vento, das serras a norte. Desde então, as células têm-se formado ainda mais a norte, fazendo voltar os dias de sol. Tem havido uma camada leve de poeiras à superfície com os valores de PM₁₀ a rondar os 15µg/m³. O vento manteve-se fraco, apenas tem havido uma brisa marinha durante a tarde.