Sismo no Mar Egeu. Uma mulher morta na ilha grega de Lesbos
12.06.2017 às 20h37
Vítima ficou entre os escombros da sua casa, que ruiu. Autoridades falam também em 12 feridos sem gravidade
Uma mulher de 43 anos morreu entre os escombros da sua casa, que ruiu na ilha de Lesbos, Grécia, na sequência do terramoto de 6,1 graus na escala de Richter que atingiu esta segunda-feira a região do Mar Egeu.
As zonas mais atingidas de Lesbos incluem as povoações de Vrisa e Plomari, onde dezenas de edifícios sofreram importantes estragos, incluindo escolas e igrejas.
O sismo provocou ainda 12 feridos sem gravidade. No entanto, o ministro das Infraestruturas e Transportes grego, Christos Spirtzis, assegurou que equipas especiais já partiram em direção à ilha do Mediterrâneo oriental e que todas as operações estão a ser coordenadas pelo responsável da Proteção civil grega, Nikos Toskas.
Numa primeira reação, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou na rede social Facebook que os seus pensamentos estão com as populações atingidas em Lesbos e na vizinha ilha de Quios.
Tsipras destacou a "necessidade de garantir a segurança dos cidadãos" e prometeu que o Governo vai efetuar uma avaliação dos danos, para que as infraestruturas e edifícios sejam rapidamente recuperados.
O Instituto norte-americano de estudo geológico (USGS) precisou que o epicentro do tremor de terra, que ocorreu às 12:28 TMG (13:28 em Lisboa), ocorreu a 11 quilómetros a sul de Plomari, cidade no sul da ilha grega de Lesbos, e a uma profundidade de 5,7 quilómetros.
Antes, o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC) havia informado que o sismo aconteceu a 10 quilómetros de profundidade.
"Diversos edifícios, antigos e novos, foram afetados. Estamos a avaliar os estragos", declarou à ERT o presidente da câmara municipal de Plomari.
O abalo foi sentido na capital da Grécia, Atenas, a cerca de 300 quilómetros, e ainda em Izmir, no oeste da Turquia, e em diversos bairros de Istambul.
Até ao momento, as autoridades turcas não se tinham referido a qualquer vítima mortal ou a danos materiais significativos, mas foram registadas duas réplicas de magnitude 4,9, segundo a Agência de gestão das situações de emergência (Afad).
A Turquia e a Grécia estão situadas em importantes falhas sísmicas e são regularmente atingidas por tremores de terra.
Desde o início de 2017 que a costa turca do Mar Egeu tem sido abalada por diversos sismos de magnitude entre 5 e 5,5, numa região que nos últimos anos registou tremores de terra mortíferos.
Em 1999, dois violentos sismos de magnitude superior a 7,0 na escala de Richter devastaram as zonas povoadas e industrializadas do nordeste do país, incluindo a grande metrópole Istambul, com um balanço de 20.000 mortos.
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