Teste ao sismometro junto à Lagoa do Congro
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Boas..
Deixo aqui mais algumas "aventuras e desaventuras" deste projecto, que já caminha para os 4 anos..
Tive que modificar algumas coisas no meu sistema principal, a board ADC começou a ter problemas de instabilidade, desligava-se passado algumas horas, pelo que tive substituir por um outro circuito feito numa breadboard, aumentou o ruído, está algo "descalibrado" e provoca alguns "spikes" (que nota-se perfeitamente no plot 0.05Hz-0.1Hz), mas consegui aumentar a resposta do geofono tanto no de 1Hz e o de 4.5Hz, até cheguei a registar ondas de superfície no geofono de 4.5Hz. O meu geofono de 1Hz já está com alguns problemas, originalmente tinha uma resistência de 5500ohm e a última vez que medi já tinha 3800ohm (acho que ficou danificado na viagem dos EUA-Açores), como resultado disso tenho que cada vez mais amplificar o sinal..mas não noto diferenças na qualidade dos registos.
Tinha planos em instalar pelo menos mais um sistema na ilha de São Miguel, mas é complicado encontrar um lugar com interesse sísmico (Furnas, Fogo, Sete Cidades) "sossegado" com acesso à internet. Quando há algum incremento sísmico na ilha de São Miguel, uso o segundo sistema "portátil" para registar sismos para essa zona. Mas em sismologia, sem acesso a múltiplas estações sísmicas para confirmar os dados, muitas vezes os olhos só vem o que querem ver..e em múltiplas ocasiões tive que recorrer ao CVARG ou IPMA para esclarecerem alguns registos.
O mais recente registo que obtive e não consigo decifrar:
Às 02:03 vê-se a onda P do sismo de Mag 7.4 New Britain Region (a 17000km de distância), e às 02:24 começa um registo centrado nos 3Hz..nunca registei algo assim no meu sistema, ao principio pensei que fosse a centrifugação de uma máquina de lavar, mas registo sempre >5Hz, por isso ou foi um problema electrónico ou foi "man made", pelo que se foi de origem geológica foi algo muito local, pois a estação a 10km, apesar de ter um pequeno spike em 3Hz às 02:24 até 02:40, acho que é coincidência.
Deixo para curiosidade o registo da centrifugação de uma máquina de lavar (está a cerca de 12 metros do geofono)..começa a 5Hz e estabiliza a 7Hz.
Sobre a sismicidade no Faial, apenas registei as ondas P dos sismos de mag 3 mais fracos e as ondas P e S dos sismos mais fortes..estou a mais de 300km da zona epicentral, não consigo registar os sismos mais fracos.
A nível mundial, depende da localização (zona de sombra), profundidade e magnitude..em geral registo sempre sismos >7 em qualquer zona do mundo, nem que seja a onda P e variantes (onda vertical, o sensor que uso é vertical), e dependente dos factores que indiquei em cima, poderei registar a onda S e ondas de superfície..mas já notei que há zonas como a Indonésia, Alasca que registo muito bem as ondas sísmicas, e há outras, tipo Japão, América do Sul em que dificilmente consigo registar alguma coisa em eventos de mag >6 <7.
Deixo aqui mais algumas "aventuras e desaventuras" deste projecto, que já caminha para os 4 anos..
Tive que modificar algumas coisas no meu sistema principal, a board ADC começou a ter problemas de instabilidade, desligava-se passado algumas horas, pelo que tive substituir por um outro circuito feito numa breadboard, aumentou o ruído, está algo "descalibrado" e provoca alguns "spikes" (que nota-se perfeitamente no plot 0.05Hz-0.1Hz), mas consegui aumentar a resposta do geofono tanto no de 1Hz e o de 4.5Hz, até cheguei a registar ondas de superfície no geofono de 4.5Hz. O meu geofono de 1Hz já está com alguns problemas, originalmente tinha uma resistência de 5500ohm e a última vez que medi já tinha 3800ohm (acho que ficou danificado na viagem dos EUA-Açores), como resultado disso tenho que cada vez mais amplificar o sinal..mas não noto diferenças na qualidade dos registos.
Tinha planos em instalar pelo menos mais um sistema na ilha de São Miguel, mas é complicado encontrar um lugar com interesse sísmico (Furnas, Fogo, Sete Cidades) "sossegado" com acesso à internet. Quando há algum incremento sísmico na ilha de São Miguel, uso o segundo sistema "portátil" para registar sismos para essa zona. Mas em sismologia, sem acesso a múltiplas estações sísmicas para confirmar os dados, muitas vezes os olhos só vem o que querem ver..e em múltiplas ocasiões tive que recorrer ao CVARG ou IPMA para esclarecerem alguns registos.
O mais recente registo que obtive e não consigo decifrar:
Às 02:03 vê-se a onda P do sismo de Mag 7.4 New Britain Region (a 17000km de distância), e às 02:24 começa um registo centrado nos 3Hz..nunca registei algo assim no meu sistema, ao principio pensei que fosse a centrifugação de uma máquina de lavar, mas registo sempre >5Hz, por isso ou foi um problema electrónico ou foi "man made", pelo que se foi de origem geológica foi algo muito local, pois a estação a 10km, apesar de ter um pequeno spike em 3Hz às 02:24 até 02:40, acho que é coincidência.
Deixo para curiosidade o registo da centrifugação de uma máquina de lavar (está a cerca de 12 metros do geofono)..começa a 5Hz e estabiliza a 7Hz.
Sobre a sismicidade no Faial, apenas registei as ondas P dos sismos de mag 3 mais fracos e as ondas P e S dos sismos mais fortes..estou a mais de 300km da zona epicentral, não consigo registar os sismos mais fracos.
A nível mundial, depende da localização (zona de sombra), profundidade e magnitude..em geral registo sempre sismos >7 em qualquer zona do mundo, nem que seja a onda P e variantes (onda vertical, o sensor que uso é vertical), e dependente dos factores que indiquei em cima, poderei registar a onda S e ondas de superfície..mas já notei que há zonas como a Indonésia, Alasca que registo muito bem as ondas sísmicas, e há outras, tipo Japão, América do Sul em que dificilmente consigo registar alguma coisa em eventos de mag >6 <7.
Última edição:
Boas..
Não tem havido grandes novidades sísmicas..depois de um ínicio de ano algo tremido, com episódios sísmicos em vários pontos dos Açores, as coisas parecem ter estabilizado e voltou à monotomia sísmica..
Os únicos registos que tive nos últimos tempos que deixaram-me a pensar, são explosões numa pedreira a 10km de distância..registos de baixa frequência sem ondas P/S diferenciadas, ao que se assemelha muito a um tipo de sismo vulcânico. Fiquei a pensar na origem desses tipos de sismos num vulcão, pequenas explosões que ocorrem no interior do sistema vulcânico?
Entretanto tenho desenvolvido uma aplicação data logger para bluetooth, isto porque cansei-me de acartar o computador sempre que vou registar sismos fora de casa, assim posso receber os dados num telemovel/tablet, fazer uma pequena pre visualização e aplicar uns filtros..não é necessário muito mais quando se está na rua com um sismometro, estudar os registos, faz-se em casa
Aplicação foi pensada em sismologia, mas pode receber dados de qualquer dispositivo (posso adicionar protocolos de comunicação). A app vai ter algumas limitações, exemplificando, 40SPS com 3 horas de dados dá quase meio milhão de samples e digamos que não convem trabalhar muito com arrays deste tamanho num smartphone/tablet de baixa gama eheh
Mas para coisas básicas, acho que desenrrasca bem..
Quando a app estiver mais avançada, crio um tópico para quem quiser dar umas dicas, sugestões, etc. Até posso adicionar FTP para enviar os dados para um servidor (hj em dia não é necessário desktop/laptops para fazer logging, há dispositivos que consomem muito menos energia, mais baratos que fazem praticamente o mesmo).
Mais imagens..
Extract
FFT
Não tem havido grandes novidades sísmicas..depois de um ínicio de ano algo tremido, com episódios sísmicos em vários pontos dos Açores, as coisas parecem ter estabilizado e voltou à monotomia sísmica..
Os únicos registos que tive nos últimos tempos que deixaram-me a pensar, são explosões numa pedreira a 10km de distância..registos de baixa frequência sem ondas P/S diferenciadas, ao que se assemelha muito a um tipo de sismo vulcânico. Fiquei a pensar na origem desses tipos de sismos num vulcão, pequenas explosões que ocorrem no interior do sistema vulcânico?
Entretanto tenho desenvolvido uma aplicação data logger para bluetooth, isto porque cansei-me de acartar o computador sempre que vou registar sismos fora de casa, assim posso receber os dados num telemovel/tablet, fazer uma pequena pre visualização e aplicar uns filtros..não é necessário muito mais quando se está na rua com um sismometro, estudar os registos, faz-se em casa
Aplicação foi pensada em sismologia, mas pode receber dados de qualquer dispositivo (posso adicionar protocolos de comunicação). A app vai ter algumas limitações, exemplificando, 40SPS com 3 horas de dados dá quase meio milhão de samples e digamos que não convem trabalhar muito com arrays deste tamanho num smartphone/tablet de baixa gama eheh
Mas para coisas básicas, acho que desenrrasca bem..
Quando a app estiver mais avançada, crio um tópico para quem quiser dar umas dicas, sugestões, etc. Até posso adicionar FTP para enviar os dados para um servidor (hj em dia não é necessário desktop/laptops para fazer logging, há dispositivos que consomem muito menos energia, mais baratos que fazem praticamente o mesmo).
Mais imagens..
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