Eis aqui um projeto (algo ambicioso) de um transvase entre o Alentejo e o Alentejo. https://drive.google.com/open?id=1Fo7l1YxccGRDBN75EEedaXEbBRi9W-ua&usp=sharing/
O único transvase a fazer é Alqueva-Algarve. A ETA de Alcantarilha que recebe a água proveniente das barragens de Odelouca e Funcho e dos furos e existe uma estação elevatória reversível que está preparada para abastecer os concelhos de Faro, Olhão e Tavira em caso de necessidade. Portanto, não existe essa necessidade de transvases.
O que está no Vascão é o saramugo... uma escada para peixes não resolve. Esta ribeira tem das últimas populações viáveis de saramugo e é a única das grandes ribeiras do sotavento que ainda tem boas galerias ripícolas e tem pegos com água todo o Verão. Aliás toda a ribeira do Vascão deveria ser reserva natural.
Há pequenas coisas que poderiam ser feitas e que fazem toda a diferença. A casa dos meus avós dos anos 60 tem açoteia e tem cisterna. Nos últimos 40 anos quantas casas foram feitas no Algarve com açoteia e cisterna? Quantas moradias ou prédios foram preparados para recolher e guardar as águas das chuvas que caem nos telhados? Quando havia cortes de água nos anos 90 cheguei a tomar banho com a água da cisterna. Além disso nos últimos 30 anos praticamente não se fizeram barragens com paredão de terra e poderiam ser feitas dezenas por toda a região para serem utilizadas na agricultura durante os meses de Verão e assim evitar o consumo de água de furos e poços ou das principais barragens. A construção de dezenas de pequenas barragens agrícolas é uma medida de aplicação rápida e barata, sem o impacto ambiental enorme que qualquer grande barragem inevitavelmente terá.