Trovoadas em Portugal podem estar a aumentar

Mário Barros

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Trovoadas em Portugal podem estar a aumentar
O instituto de meteorologia está a estudar um possível aumento das trovoadas em Portugal, como têm detectado as empresas de electricidade ou telecomunicações, e quer reforçar a rede de observação para poder fazer previsões com meia hora de antecedência.

"Aparentemente tem sido evocado pelos operadores igualmente um aumento de trovoadas atmosféricas e temos um grupo a trabalhar nesse assunto", com colaboração da EDP Distribuição, disse à Lusa o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Jorge Miranda.

O presidente do IPMA especificou que "existe, aparentemente, um aumento significativo de trovoadas em Portugal, em particular no continente, e vai ser absolutamente necessário reforçar a rede de observação".

O tema faz parte do trabalho conjunto que o instituto desenvolve com entidades parceiras de outros países, como a China, já que "este aumento não está a ser observado apenas em Portugal", mas também com as empresas e instituições dos sectores afectados.

"Não temos ainda uma avaliação científica do assunto", mas "estamos a rever todos os dados das últimas décadas para detectar se existem sinais de variação e encaramos seriamente, em colaboração internacional, o reforço da rede de observação", realçou Jorge Miranda.

Entre as actividades mais afectadas pelos fenómenos naturais, como vento ou trovoada, estão as telecomunicações, a rede de distribuição energética e a aviação.

"Alguns parâmetros de variação do clima têm sido detectados em particular pelas empresas que trabalham no território nacional e que são muito sensíveis às variações das condições atmosféricas que envolvem o vento e, no ano passado, tivemos dois ou três acontecimentos de máximos de vento com prejuízos muito significativos nas linhas de transmissão de energia", explicou.

Jorge Miranda salientou que este é um trabalho de "enorme responsabilidade" pois qualquer variação cientificamente estabelecida poderá envolver variações dos prémios dos seguros, dos níveis de responsabilidade, dos standards de construção dos edifícios e das linhas de transmissão.

"Só uma autoridade independente que não dependa de interesses, para quem o país seja a única prioridade, é que tem a capacidade de fazer este tipo de avaliação", defendeu o presidente do instituto.

A frequência dos fenómenos meteorológicos extremos parece estar a aumentar, mas a capacidade do IPMA de seguir estas situações "é razoável", garantiu Jorge Miranda.

Realçou que, se o IPMA terminar a rede de radares e melhorar a rede de trovoadas, será capaz de "seguir com uma hora ou meia hora de antecedência todos os fenómenos extremos", o que já é realizado para a aviação.

Os operadores de telecomunicações, de energia ou transportes "vão ter de se preparar na próxima década para modificações na forma de trabalhar, para saber gerir a informação de que, por exemplo, há um pico de vento previsto para a próxima meia hora", resumiu o presidente do IPMA.

Lusa/SOL

O instituto e meteorologia ? Não conheço, a noticia ou é velha ou o jornalista precisa de um upgrade. E para mim as trovoadas não estão a aumentar, o que está a aumentar é a rede de telecomunicações e território ocupado. De resto congratulo a evolução nas previsões, é sempre bem-vinda.
 


Aristocrata

Super Célula
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E para mim as trovoadas não estão a aumentar, o que está a aumentar é a rede de telecomunicações e território ocupado. De resto congratulo a evolução nas previsões, é sempre bem-vinda.

Também me parece que as trovoadas não estejam a aumentar.
Posso afirmar, sem grandes dúvidas, que tenho observado menos trovoadas aqui na minha zona, seja no inverno ou no verão (então aqui é mesmo indesmentível).
Pode ser normal, até porque o que observava há 20\30 anos pode a qualquer momento voltar a acontecer: muitas entradas pós-frontais no inverno com trovoadas e as trovoadas estivais serem muito mais frequentes.

Quanto à evolução nas previsões, venham elas! Porque é precisamente isso que nos mitiga a fome pela meteorologia;)
 
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PauloSR

Nimbostratus
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14 Dez 2009
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Também me parece que as trovoadas não estejam a aumentar.
Posso afirmar, sem grandes dúvidas, que tenho observado menos trovoadas aqui na minha zona, seja no inverno ou no verão (então aqui é mesmo indesmentível).
Pode ser normal, até porque o que observava há 20\30 anos pode a qualquer momento voltar a acontecer: muitas entradas pós-frontais no inverno com trovoadas e as trovoadas estivais serem muito mais frequentes.

Quanto à evolução nas previsões, venham elas! Porque é precisamente isso que nos mitiga a fome pela meteorologia;)

Nem mais caro Aristocrata, aqui na minha zona também presencio a ocorrência de trovoadas em muito menor número que, por exemplo, na minha infância na década de 90. O fenómeno ocorria diversas vezes e com mais pujança até que nos dias de hoje.
 

jonas_87

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11 Mar 2012
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.
Aqui na minha localização noto um ligeiro aumento(refiro-me aos últimos 3/4 anos), mas nada de extraordinário.
Na noticia não é referido o período de tempo.
 
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Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Plenamente de acordo pessoal!

As trovoadas e falo pelas minhas 41 primaveras :D, não me parecem que tenham aumentado de frequência, antes pelo contrário.

Vivi mais de 25 anos em Tomar e sempre achei que a nível de trovoadas a ocorrência era cada vez menor de ano para ano.
Vivi 12 anos em Lisboa e aí trovoada era coisa rara. E agora aqui ao pé de Palmela, a frequência de trovoadas, também não é por aí além.

Atenção que falo em trovoadas que presenciei ao longo de toda a minha vida.

Concordo a 100% com o Mário Barros quando diz que:
"E para mim as trovoadas não estão a aumentar, o que está a aumentar é a rede de telecomunicações e território ocupado.
De resto congratulo a evolução nas previsões, é sempre bem-vinda. "
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nelson972

Cumulus
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22 Abr 2010
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Desde há' vários anos que me apercebo que as trovoadas de Maio e Setembro quase desapareceram daqui. tal como dito acima, as recordações que tenho são de trovoadas de primavera e verão bem mais intensas e frequentes.
essa noticia traz "agua no bico" ;)
E os prejudicados serão os do costume : os consumidores !
 

SpiderVV

Moderação
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26 Ago 2010
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Notícia provavelmente digna de estar é no tópico dos tesourinhos deprimentes. Das coisas piores que aí se pode ler é que querem prever trovoadas com 30 minutos de antecedência.
Meus senhores, são um instituto de meteorologia, têm detectores de descargas eléctricas e radares ao vosso dispor, que querem mais para prever uma trovoada com 30 minutos de antecedência? Neste caso um upgrade nas técnicas de previsão era desnecessário se apenas queriam mais detectores, têm 3 detectores ou 2 no Continente, detectores profissionais. Ora os nossos amadores que estão no Blitzortung são ainda menos e têm uma cobertura gigantesca :D
Uma das primeiras aspirações de Jorge Miranda quando entrou no IPMA foi ter Dopplers on Wheels. Eu acho que primeiro deviam investir noutros aspectos óbvios em vez de andar a dizer que as trovoadas aumentaram... A menos que a EDP lhes tenha dado assim uma suma...
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Até pode ter havido um aumento de trovoadas, mas é muito difícil comparar dados de hoje com antigamente.
Este assunto de facto tresanda um bocado a Seguradoras e EDP.
 
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Agreste

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29 Out 2007
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Terra
E se o estudo concluir o contrário?

O impacto não é apenas da electricidade e telecomunicações. Na agricultura também.