Tal como já tinha referido no seguimento Sul no dia 17-01-2014 (aqui, aqui e aqui), para além da tromba de água ocorrida ao largo da Praia da Luz, tinha sido também registada uma rajada de 175km/h em Portimão (na estação da Escola Manuel Teixeira Gomes). O valor pareceu muito elevado, mas entretanto a situação já foi analisada pelo IPMA e existe já um artigo sobre o mesmo no Meteoglobal, redigido pelo Dr. Paulo Pinto, e que aconselho a ler.
Em resumo, existiram duas supercélulas na zona, uma que deu origem à tromba de água e outra que passou por Portimão, sendo que o autor inclina-se para a hipótese de ter ocorrido um pequeno vórtice de sucção, embebido na precipitação intensa que se fazia sentir na altura, e que, sem se saber se chegou a tocar no solo, poderá ter afectado o anemómetro, localizado a 20m do solo.
Estombar
Entretanto, e relativamente a um acontecimento a Norte de Estombar e que poderá estar relacionado com a "Wall Cloud" por mim avistada nesse dia por volta das 11h50, em conversa com amigos, chegou-me ao conhecimento que numa zona a Norte de Estombar, teria ocorrido um fenómeno mais extremo, possivelmente um tornado, dados os danos causados numa pequena propriedade. Na altura não me foi possível deslocar ao local, o que apenas sucedeu ontem, onde falei com um casal residente na propriedade, e que me relataram um pouco os factos ocorridos, bem como me mostraram alguns dos danos provocados, essencialmente algumas árvores com ramos partidos.
A senhora, que estava em casa na altura relatou-me: "Estava a sair de casa e, ao abrir a porta, comecei a ouvir um barulho cada vez maior e a sentir o vento com mais força...só tive tempo para entrar em casa e fechar a porta, ficando a segurá-la no lado de dentro. O barulho foi ensurdecedor e só se ouvia as coisas a bater nas paredes da casa..."
O senhor, que estava numa propriedade vizinha, relatou: "Estava a falar com o meu vizinho e, na altura, não se sentia vento nenhum. Olhei na direcção do mar (para W-SW) e comecei a ver as nuvens a vir muito depressa na nossa direcção e a subirem também rapidamente...disse-lhe logo que vinha aí temporal e refugiamo-nos em casa, por precaução...".
Dos estragos verificados e demonstrados nas fotos, refira-se também que a viatura do casal ficou danificada ("picada") pelos pequenos detritos que andaram no ar e levou com uma telha em cima, causando um pequeno dano, entretanto já reparado. O galinheiro ali existente também ficou parcialmente destruído. Uma das telhas de zinco (na foto), voou cerca de 50 metros para E. E um outro aspecto que achei interessante, uma cobertura/telhado em plástico, existente na zona mais a E da propriedade, voou para W ficando encostada à parede de casa.
Do que consegui apurar, a zona afectada terá sido principalmente esta propriedade e ao nível de umas alfarrobeiras que ficaram com alguns ramos partidos e umas amendoeiras que ficaram tombadas pela raiz. Na envolvente não me apercebi de mais árvores afectadas.
Ficam uns mapas e fotos que fiz no local:
Em resumo, existiram duas supercélulas na zona, uma que deu origem à tromba de água e outra que passou por Portimão, sendo que o autor inclina-se para a hipótese de ter ocorrido um pequeno vórtice de sucção, embebido na precipitação intensa que se fazia sentir na altura, e que, sem se saber se chegou a tocar no solo, poderá ter afectado o anemómetro, localizado a 20m do solo.
Estombar
Entretanto, e relativamente a um acontecimento a Norte de Estombar e que poderá estar relacionado com a "Wall Cloud" por mim avistada nesse dia por volta das 11h50, em conversa com amigos, chegou-me ao conhecimento que numa zona a Norte de Estombar, teria ocorrido um fenómeno mais extremo, possivelmente um tornado, dados os danos causados numa pequena propriedade. Na altura não me foi possível deslocar ao local, o que apenas sucedeu ontem, onde falei com um casal residente na propriedade, e que me relataram um pouco os factos ocorridos, bem como me mostraram alguns dos danos provocados, essencialmente algumas árvores com ramos partidos.
A senhora, que estava em casa na altura relatou-me: "Estava a sair de casa e, ao abrir a porta, comecei a ouvir um barulho cada vez maior e a sentir o vento com mais força...só tive tempo para entrar em casa e fechar a porta, ficando a segurá-la no lado de dentro. O barulho foi ensurdecedor e só se ouvia as coisas a bater nas paredes da casa..."
O senhor, que estava numa propriedade vizinha, relatou: "Estava a falar com o meu vizinho e, na altura, não se sentia vento nenhum. Olhei na direcção do mar (para W-SW) e comecei a ver as nuvens a vir muito depressa na nossa direcção e a subirem também rapidamente...disse-lhe logo que vinha aí temporal e refugiamo-nos em casa, por precaução...".
Dos estragos verificados e demonstrados nas fotos, refira-se também que a viatura do casal ficou danificada ("picada") pelos pequenos detritos que andaram no ar e levou com uma telha em cima, causando um pequeno dano, entretanto já reparado. O galinheiro ali existente também ficou parcialmente destruído. Uma das telhas de zinco (na foto), voou cerca de 50 metros para E. E um outro aspecto que achei interessante, uma cobertura/telhado em plástico, existente na zona mais a E da propriedade, voou para W ficando encostada à parede de casa.
Do que consegui apurar, a zona afectada terá sido principalmente esta propriedade e ao nível de umas alfarrobeiras que ficaram com alguns ramos partidos e umas amendoeiras que ficaram tombadas pela raiz. Na envolvente não me apercebi de mais árvores afectadas.
Ficam uns mapas e fotos que fiz no local: