Re: Furacão BERTHA (Atlântico 2008 #02)
Não é nada normal em Julho, a Bertha chegou anteontem a Cat3 (e eventualmente no final da época poderá ser reanalisada para Cat 4) e foi assim o 3º ciclone mais intenso dos registos tão cedo em Julho, a seguir ao Emily (160 mph 17 Julho 2005) e ao Dennis (145 mph 10 Julho 2005) mas sendo estes últimos furacões nas Caraíbas com água mais quente.
Uma possível explicação é haver alguma anomalia positiva nesta zona do Atlântico, parte da explicação estará aí. A outra parte é a dimensão do furacão, ele não é muito grande em diametro (hoje por exemplo está a crescer em tamanho também) e furacões mais compactos variam de intensidade de forma mais rápida. Para chegar a categoria 5 é que já é bastante mais dificil, tem que haver mesmo muito calor na água e em profundidade.
Quanto ao shear, o shear ontem à noite baixou bastante e ela estabilizou de imediato, e hoje voltou a explodir a partir do final da tarde penso que devido a um máximo do ciclo diurno da convecção.
Se o shear de ontem continuasse durante hoje acabaria por quebrar a estrutura vertical do furacão e a Bertha acabaria durante uns dias apenas sendo um vortice à superficie. Eventualmente mais tarde poderia recomeçar tudo de novo se encontrasse boas condições, mas já é bastante dificil.
É pena o voo agendado para hoje ter sido adiado para amanhã e perderem novamente esta intensificação, acho que este furacão tem bastante personalidade e merecia ser melhor estudado.
É normal ou pouco comum (olhando para o histórico dos furacões do atlântico norte), um furacão ter este desenvolvimento a esta latitude, longitude, temperatura de água e outros parâmetros, e sobreviver a um windshear forte que quase destruiu o furacão e agora haver uma intensificação tão rápida para a Categoria 2 (havendo ainda a possibilidade remota de chegar a Categoria 3)?
Não é nada normal em Julho, a Bertha chegou anteontem a Cat3 (e eventualmente no final da época poderá ser reanalisada para Cat 4) e foi assim o 3º ciclone mais intenso dos registos tão cedo em Julho, a seguir ao Emily (160 mph 17 Julho 2005) e ao Dennis (145 mph 10 Julho 2005) mas sendo estes últimos furacões nas Caraíbas com água mais quente.
Uma possível explicação é haver alguma anomalia positiva nesta zona do Atlântico, parte da explicação estará aí. A outra parte é a dimensão do furacão, ele não é muito grande em diametro (hoje por exemplo está a crescer em tamanho também) e furacões mais compactos variam de intensidade de forma mais rápida. Para chegar a categoria 5 é que já é bastante mais dificil, tem que haver mesmo muito calor na água e em profundidade.
Quanto ao shear, o shear ontem à noite baixou bastante e ela estabilizou de imediato, e hoje voltou a explodir a partir do final da tarde penso que devido a um máximo do ciclo diurno da convecção.
Se o shear de ontem continuasse durante hoje acabaria por quebrar a estrutura vertical do furacão e a Bertha acabaria durante uns dias apenas sendo um vortice à superficie. Eventualmente mais tarde poderia recomeçar tudo de novo se encontrasse boas condições, mas já é bastante dificil.
É pena o voo agendado para hoje ter sido adiado para amanhã e perderem novamente esta intensificação, acho que este furacão tem bastante personalidade e merecia ser melhor estudado.