O debate do aquecimento global tem 3 problemas graves , que quanto a mim inviabilizaram para sempre o debate, sem possibilidade de retorno.
1) Políticos
Este é um debate que deveria sempre manter-se na esfera cientifica. Quando entra na arena política, está tudo destruido, deixou de ser cientifico e passou a ser uma guerra de camisolas e bandeiras, entre esquerda e direita e liberais ou não liberais (liberal no sentido clássico e económico).
Historicamente, os principais responsáveis por essa situação foram sectores ligados à esquerda e principalmente extrema esquerda, aqui e em todo o mundo. Nas últimas décadas o ambientalismo sempre foi uma causa mediática, as manifestações, os protestos, os bloqueios, etc,etc. E são quase sempre os mesmos grupos que ora se manifestam contra uma central nuclear, ora destroem parte duma cidade numa manifestação contra a globalização.
Hoje em dia 95% das pessoas que falam e escrevem sobre o aquecimento global servem-se simplesmente dele para luta politica, situação que se agravou substancialmente a partir do momento em que Bush não assinou Quioto. Na verdade estas pessoas estão-se nas tintas para o aquecimento global, a luta é simplesmente politica e o aquecimento global é uma arma de arremesso. Iniciada esta guerra, do outro lado das barricadas organizam-se as fileiras e responde-se hoje em dia da mesma forma com radicalismo negacionista. Somos hoje permanentemente bombardeados com informações e estudos vindos dos dois lados da barricada, deixando o comum cidadão confuso e cada vez mais na dúvida.
Dito isto, o Al Gore, para mim representa o expoente máximo dessa intomissão política num debate que deveria ser cientifico. Por muitas boas e genuinas razões e preocupações que ele eventualmente tenha, os anti-corpos politicos que ele gera em nada ajudam, antes pioram, e muito.
Pessoalmente, aqui há uns anos eu até gostava do homem, no tempo do Clinton. Mas hoje em dia, pelas razões acima citadas, não o aprecio mesmo nada. E desde que no ano passado li uma entrevista dele em que ele subtilmente se considerava uma especie de Winston Churchill desta geração no seu combate contra o aquecimento global a minha opinião sobre a sua personalidade caiu a pique.
2) O Alarmismo
O segundo problema do debate sobre aquecimento global é o alarmismo. Neste aspecto, a grande responsabilidade é dos media, que adoram duas coisas:
- alarmismo
- jornalismo de causas.
Mas o alarmismo em todo o tipo de eventos causa muitos estragos à própria causa. Quer seja no aquecimento global quer seja noutra coisa qualquer como uma gripe das aves. As pessoas ouvem tantas e tantas vezes falar de cenários apocalipticos que acabam por se cansar, desinteressar e tendem a menorizar a sua importância, ou mesmo desprezar de todo o assunto.
3) A ciência mediática
Intimamente relacionado com o ponto 2) surge a ciência mediática. Vivemos hoje em dia numa sociedade demasiado alarmista e mediática, e a própria ciência afundou-se nesse pantano.
Como qualquer estudo alarmista tem um enorme e imediato eco na comunicação para uma audiência global, a tendência de muitos cientistas é produzirem relatórios alarmistas, por variadas razões, umas nobres, outras nem tanto, coisas tão simples como quererem mais notoriedade para si prórios, ou mais usual, para receberem mais fundos que sustentem o seu trabalho e o das suas instituições. Qualquer estudo alarmista tem de imediato direito a milhares de páginas de jornal. Um estudo não alarmista passa completamente despercebido.
É por isto tudo que cada dia que passa cada vez mais gente se junta às fileiras dos "negacionistas". Pelas razões politicas que apontei no ponto 1) mas também porque cada vez mais as pessoas estão cansadas deste assunto e destas guerras.
Quem fica a perder com tudo isso, é o debate cientifico própriamente dito.
1) Políticos
Este é um debate que deveria sempre manter-se na esfera cientifica. Quando entra na arena política, está tudo destruido, deixou de ser cientifico e passou a ser uma guerra de camisolas e bandeiras, entre esquerda e direita e liberais ou não liberais (liberal no sentido clássico e económico).
Historicamente, os principais responsáveis por essa situação foram sectores ligados à esquerda e principalmente extrema esquerda, aqui e em todo o mundo. Nas últimas décadas o ambientalismo sempre foi uma causa mediática, as manifestações, os protestos, os bloqueios, etc,etc. E são quase sempre os mesmos grupos que ora se manifestam contra uma central nuclear, ora destroem parte duma cidade numa manifestação contra a globalização.
Hoje em dia 95% das pessoas que falam e escrevem sobre o aquecimento global servem-se simplesmente dele para luta politica, situação que se agravou substancialmente a partir do momento em que Bush não assinou Quioto. Na verdade estas pessoas estão-se nas tintas para o aquecimento global, a luta é simplesmente politica e o aquecimento global é uma arma de arremesso. Iniciada esta guerra, do outro lado das barricadas organizam-se as fileiras e responde-se hoje em dia da mesma forma com radicalismo negacionista. Somos hoje permanentemente bombardeados com informações e estudos vindos dos dois lados da barricada, deixando o comum cidadão confuso e cada vez mais na dúvida.
Dito isto, o Al Gore, para mim representa o expoente máximo dessa intomissão política num debate que deveria ser cientifico. Por muitas boas e genuinas razões e preocupações que ele eventualmente tenha, os anti-corpos politicos que ele gera em nada ajudam, antes pioram, e muito.
Pessoalmente, aqui há uns anos eu até gostava do homem, no tempo do Clinton. Mas hoje em dia, pelas razões acima citadas, não o aprecio mesmo nada. E desde que no ano passado li uma entrevista dele em que ele subtilmente se considerava uma especie de Winston Churchill desta geração no seu combate contra o aquecimento global a minha opinião sobre a sua personalidade caiu a pique.
2) O Alarmismo
O segundo problema do debate sobre aquecimento global é o alarmismo. Neste aspecto, a grande responsabilidade é dos media, que adoram duas coisas:
- alarmismo
- jornalismo de causas.
Mas o alarmismo em todo o tipo de eventos causa muitos estragos à própria causa. Quer seja no aquecimento global quer seja noutra coisa qualquer como uma gripe das aves. As pessoas ouvem tantas e tantas vezes falar de cenários apocalipticos que acabam por se cansar, desinteressar e tendem a menorizar a sua importância, ou mesmo desprezar de todo o assunto.
3) A ciência mediática
Intimamente relacionado com o ponto 2) surge a ciência mediática. Vivemos hoje em dia numa sociedade demasiado alarmista e mediática, e a própria ciência afundou-se nesse pantano.
Como qualquer estudo alarmista tem um enorme e imediato eco na comunicação para uma audiência global, a tendência de muitos cientistas é produzirem relatórios alarmistas, por variadas razões, umas nobres, outras nem tanto, coisas tão simples como quererem mais notoriedade para si prórios, ou mais usual, para receberem mais fundos que sustentem o seu trabalho e o das suas instituições. Qualquer estudo alarmista tem de imediato direito a milhares de páginas de jornal. Um estudo não alarmista passa completamente despercebido.
É por isto tudo que cada dia que passa cada vez mais gente se junta às fileiras dos "negacionistas". Pelas razões politicas que apontei no ponto 1) mas também porque cada vez mais as pessoas estão cansadas deste assunto e destas guerras.
Quem fica a perder com tudo isso, é o debate cientifico própriamente dito.