Apagão Ibérico 28 Abril 2025

Por aqui a luz só foi restabelecida pelas 21:30 h de ontem, depois ainda caiu novamente por pouco tempo.

Há zonas da cidade que, apesar de terem luz, ainda estavam hoje de manhã sem abastecimento de água.

Ontem também se viu muito disto, o típico "açambarcamento" que faz lembrar outras situações ainda relativamente recentes :rolleyes: :D

Nas lojas dos chineses, os rádios a pilhas depressa desapareceram, até as velas dos cemitérios esgotaram. :confused:


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Aqui na zona, os supermercados fecharam porque não tinham luz nem geradores, com exceção de um ou outro pequeno comércio em que se pagou a dinheiro e o comerciante ia apontando numa folha as vendas.

Um dia que haja uma desgraça maior, tipo um sismo de grandes dimensões, não sei como será :unsure:
 
Última edição:
Na minha opinião, Portugal e Espanha, deveriam ter um sistema robusto que permitisse um arranque independente a nível regional.

Assusta um pouco pensar que uma cegonha, ou o que quer que seja (ainda não explicaram factualmente o que aconteceu), possa bloquear por completo a rede elétrica, o abastecimento nos postos de combustível (bombas e postos elétricos), praticamente inativando as comunicações e até no abastecimento de água e transportes, já para não falar de toda a atividade laboral condicionada.

Agora vem o assustador:

Em caso de guerra seria algo assim bastante simples: Bloqueando a rede eléctrica, ficamos quase incomunicáveis, sem qualquer informação. Até podíamos estar a ser invadidos e num raio de 20 km ninguém saber de nada!
 
Na minha opinião, Portugal e Espanha, deveriam ter um sistema robusto que permitisse um arranque independente a nível regional.

As centrais nucleares em Espanha desligam-se automaticamente quando não há procura de energia. Alguma coisa se passou.

A primeira zona a ter energia em Portugal foi a zona de Abrantes, graças ao facto de Castelo de Bode ter uma descarga programada. A falta que fazem as centrais termoelétricas do Pego e de Sines, com certeza o problema teria sido minimizado.
 
Ontem foi um dia bem interessante... A quebra de eletricidade aqui no bairro ocorreu por volta das 11:36. Ao início até pensei que fosse uma sobrecarga no disjuntor associada ao uso das máquinas de lavar roupa, mas quando fui ver é que reparei que o disjuntor estava com tudo ligado. Lá fora, no contador, também não corria nem um eletrão, e foi aí que percebi que era um apagão geral. Depois comecei a receber notícias de que era um apagão não só local mas regional, mais tarde inclusive nacional/ibérico. :shocking:

A água canalizada começou logo a perder força a partir do meio-dia. A bateria das torres de rede móvel até se aguentou bem, mas começou a falhar a partir das duas da tarde, o que significa que a partir das 15:00 a única comunicação possível seria por rádio a pilhas (que eu felizmente tenho). :unsure:

A eletricidade por aqui só regressou por volta das onze da noite (ainda que já houvesse água canalizada desde as 22:40, uns 20 minutos antes). A rede de telecomunicações só recuperou meia hora a 40 minutos depois, como é aliás possível ver nos registos da estação, que regressaram com a volta do Wi-Fi. Num total foram praticamente 12 horas de apagão elétrico, que mostraram que Portugal e Espanha são uns fraquinhos. E numa altura em que nós, europeus, já estamos em guerra, queiramos ou não, andar a mostrar fraquezas não é certamente a melhor coisa a fazer. :angry:
 

As centrais nucleares em Espanha desligam-se automaticamente quando não há procura de energia. Alguma coisa se passou.

A primeira zona a ter energia em Portugal foi a zona de Abrantes, graças ao facto de Castelo de Bode ter uma descarga programada. A falta que fazem as centrais termoelétricas do Pego e de Sines, com certeza o problema teria sido minimizado.

Na verdade o sistema elétrico "desliga-se" por segurança, e por uma boa razão, tem a ver com a queda da frequência na rede, etc.
Se tens painéis solares em casa o sistema que tens em casa também se desliga automaticamente.
Toda a rede se desliga, e é para se proteger.

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O apagão em si não é o problema, o apagão é uma proteção/resposta a um problema. E por falar nisso, continuamos sem saber qual foi o problema que ocorreu em Espanha, ao contrário do apagão de Jul/2021 que rapidamente se percebeu a causa.

A reposição é uma coisa extremamente complexa, tem que se ir ligando tudo uma a uma de forma super planeada e começa pelas centrais black start, a norte foi a de gás, Tapada do Outeiro, no centro/aml foi Castelo de Bode.
E não tem a ver com descarga programada, é seguido um protocolo rigoroso nestas situações, umas centrais tem determinadas funções, etc.
Em 2021 foi mais fácil, era um sábado de Julho, bom dia de Verão, consumo global muito diferente dum dia de semana.

Já agora, uns 15 anos atrás, lembram-se das polémicas na energia, de centrais a gás que por razões de segurança/garantia de potência eram remuneradas com umas dezenas de milhões/ano mesmo estando quase paradas sem produzir ? E de como politicamente se explorou imenso esses assuntos ?
Por vezes embarcamos todos, coletivamente, nestas polemicas, mas é bem provável que na altura o sistema fosse um pouco mais resiliente. Não no sentido disto nunca acontecer, acho que são coisas que podem sempre acontecer por muito bem que as coisas funcionem, mas no sentido se se repor mais rapidamente a normalidade.
E ontem também não faltaram os aproveitamentos políticos, a ideologia (culpa é das privatizações, etc), quando na verdade o problema nem teve origem em Portugal.
 
Última edição:
Um dia quando houver um ataque cibernético e for dias, é que vai ser lindo. :D Aqui, morreu tudo antes das 11h40, menos a água que houve sempre.

Tal como nas nossas casas quando temos algum problema e os disjuntores funcionam como protecção, o mesmo aplica-se às linhas de alta e muito alta tensão, quando surgem variações bruscas na rede, faz disparar todo o sistema e colapsa tudo. Depois, o sistema tem que ir ligando aos poucos e isso demora tempo.
 

Depois do apagão, cuidado com as burlas: E-Redes deixa alerta aos clientes.​


Operador energético recorda que não é necessária intervenção nos contadores de eletricidade, nem é cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações.

Lusa

Há 12 minutos

A E-Redes alertou esta terça-feira para eventuais burlas na sequência do apagão de segunda-feira e sublinhou que não é necessária intervenção nos contadores de eletricidade, nem é cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações.

"O Operador de Rede de Distribuição sublinha que, exceto em casos de comunicação prévia, não é necessária nenhuma intervenção junto dos contadores de eletricidade e reforça que nunca será cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações", informou a E-Redes, em resposta escrita à agência Lusa.

O operador alertou, assim, os clientes para eventuais situações de burla que possam acontecer na sequência do corte de eletricidade que afetou a Península Ibérica e parte do território francês, na segunda-feira.

Caso seja necessária a deslocação de técnicos junto do contador de eletricidade, haverá uma comunicação prévia ao cliente via canais oficiais, vincou a E-Redes.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

 
Na minha opinião, Portugal e Espanha, deveriam ter um sistema robusto que permitisse um arranque independente a nível regional.

Assusta um pouco pensar que uma cegonha, ou o que quer que seja (ainda não explicaram factualmente o que aconteceu), possa bloquear por completo a rede elétrica, o abastecimento nos postos de combustível (bombas e postos elétricos), praticamente inativando as comunicações e até no abastecimento de água e transportes, já para não falar de toda a atividade laboral condicionada.

Agora vem o assustador:

Em caso de guerra seria algo assim bastante simples: Bloqueando a rede eléctrica, ficamos quase incomunicáveis, sem qualquer informação. Até podíamos estar a ser invadidos e num raio de 20 km ninguém saber de nada!
Exatamente. É alias isso que existe no resto da Europa, como explicou o Presidente da rede energia alema.
 
Há casas e até estabelecimentos comerciais que apesar de terem potência suficiente em painéis solares, com baterias e conversores, ficaram sem corrente elétrica no mesmo instante. Talvez porque o conversor tinha de ser alimentado pela rede..

Não é "defeito", é mesmo assim que tem que ser.
Se estás ligado à rede, por razões de segurança fazes parte da rede elétrica, sejas uma central nuclear sejas um micro-produtor, fazes parte da rede elétrica e por razões de segurança todos deixam de produzir.

Opcionalmente podes optar por um sistema desligado da rede, chama-se off-grid.
 
Por aqui a luz só foi restabelecida pelas 21:30 h de ontem, depois ainda caiu novamente por pouco tempo.

Há zonas da cidade que, apesar de terem luz, ainda estavam hoje de manhã sem abastecimento de água.

Ontem também se viu muito disto, o típico "açambarcamento" que faz lembrar outras situações ainda relativamente recentes :rolleyes: :D

Nas lojas dos chineses, os rádios a pilhas depressa desapareceram, até as velas dos cemitérios esgotaram. :confused:


Ver anexo 22261

Aqui na zona, os supermercados fecharam porque não tinham luz nem geradores, com exceção de um ou outro pequeno comércio em que se pagou a dinheiro e o comerciante ia apontando numa folha as vendas.

Um dia que haja uma desgraça maior, tipo um sismo de grandes dimensões, não sei como será :unsure:
Vamos ver casos de canibalismo logo no dia seguinte. Medo lol
 
Ontem tal como penso que todos vós fiquei sem eletricidade aqui no local de trabalho por volta das 11h30, enquanto tive dado noveis ainda fui conseguindo falar com a família até perto das 15h quando fiquei sem conseguir receber ou enviar mensagens. Fiquei preocupado com o facto de às 12h já não ter água canalizada e não tendo por hábito usar água engarrafada em casa e com um filho pequeno e a mulher gravida acabei por ter que sair mais cedo do trabalho, buscar o filhote e ir comprar algumas coisa de "sobrevivência" entre as quais 4 garrafões de água. Quando se falou do kit de sobrevivência achei um exagero, depois de ontem já não penso assim... Encaro isto como uma vacina, para nos preparar para situações futuras... Vivemos tempos incertos e temos que ter algum suporte básico. A proteção civil começa em cada um de nós!