Aquecimento Global



Orion

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5 Jul 2011
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Aqui publico o documentário que o @Duarte Sousa recomendou no tópico do Aquecimento Global e que deu na RTP (infelizmente não tem legendas):



Muito se poderia escrever sobre isso (isso de celebridades fazerem documentários sobre o ambiente é sempre cómico. Quantas casas tem o DiCaprio? Quantos carros de alta cilindrada? Quantas viagens faz de jato privado? ...). O Avante culpa todos os problemas no 'capitalismo'. Até parece que a China comuna não é dos locais mais poluídos do mundo. A maioria do lixo marinho provém da China, do Vietname, da Indonésia... Mesmo que se vivesse numa utopia comuna em que toda a malta tinha um carro, casa, capacidade para viajar... na mesma tinha que se arranjar os recursos.

A economia 'verde' ou é um logro ou é um penso numa ferida a gangrenar. Tudo é uma questão de recursos e da disponibilidade. A sustentabilidade ecológica e o crescimento económico não conseguem coexistir com uma população enorme e em rápido crescimento. Nem em países extremamente pobres, como a Coreia do Norte, Cuba ou uma infinidade de países africanos, isso acontece. A maioria não quer ser pobre e muito menos querem empobrecer (o que seria da malta moderna sem pc?). Os Europeus nem têm grande moral. Há muita indignação com a desflorestação e a caça excessiva nos países de 3º mundo. Bom, onde estão as grandes florestas europeias? Onde estão os animais de grande porte na Europa? Pouco há.

Quando os recursos escasseiam ou o ambiente local sofre alterações dramáticas as sociedades colapsam. Sempre foi e sempre será. E os pobres estarão sempre na vanguarda do sofrimento.
 
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hurricane

Cumulonimbus
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11 Nov 2007
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Genval, Bélgica
Aqui publico o documentário que o @Duarte Sousa recomendou no tópico do Aquecimento Global e que deu na RTP (infelizmente não tem legendas):



Muito se poderia escrever sobre isso (isso de celebridades fazem documentários é sempre cómico. Quantas casas tem o DiCaprio? Quantos carros de alta cilindrada? Quantas viagens faz de jato privado? ...). O Avante culpa todos os problemas no 'capitalismo'. Até parece que a China comuna não é dos locais mais poluídos do mundo. A maioria do lixo marinho provém da China, do Vietname, da Indonésia... Mesmo que se vivesse numa utopia comuna em que toda a malta tinha um carro, casa, capacidade para viajar... na mesma tinha que se arranjar os recursos.

A economia 'verde' ou é um logro ou é um penso numa ferida a gangrenar. Tudo é uma questão de recursos e da disponibilidade. A sustentabilidade ecológica e o crescimento económico não conseguem coexistir com uma população enorme e em rápido crescimento. Nem em países extremamente pobres, como a Coreia do Norte, Cuba ou uma infinidade de países africanos, isso acontece. A maioria não quer ser pobre e muito menos querem empobrecer (o que seria da malta moderna sem pc?). Os Europeus nem têm grande moral. Há muita indignação com a desflorestação e a caça excessiva nos países de 3º mundo. Bom, onde estão as grandes florestas europeias? Onde estão os animais de grande porte na Europa? Pouco há.

Quando os recursos escasseiam ou o ambiente local sofre alterações dramáticas as sociedades colapsam. Sempre foi e sempre será. E os pobres estarão sempre na vanguarda do sofrimento.


Exatamente. A economia verde, a sustentabilidade económica, etc. é apenas um penso e não a cura. A situação só se reverteria se houvesse MUITO menos população ou a sociedade mudasse radicalmente o modo como vive. Infelizmente é assim que temos de viver e é assim que a sociedade evoluiu. É importante mudar determinados comportamentos mas pensar que a situação alguma vez se vai reverter é uma estupidez.
 
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Davidmpb

Super Célula
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7 Jul 2014
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Portalegre( 600m)/ Fundão
Portugal, um deserto em 2100?


PÚBLICO

01/11/2016 - 20:51

Estudo francês, que analisou a vegetação da zona do Mediterrâneo e o impacto que terá nele uma subida de temperatura superior a 1,5ºC, sugere um cenário diferente do actual se não for travado o aquecimento global.



Se o aquecimento global se mantiver nos níveis actuais,a futura paisagem predominante da Península Ibérica poderá ser algo semelhante a esta NFACTOS/ LARA JACINTO
Em Dezembro do ano passado, firmou-se em Paris um ambicioso acordo em que representantes de 195 países se comprometeram a um esforço colectivo para conter o aquecimento global a um aumento de 1,5ºC em relação ao período pré-industrial. Cumprir o objectivo seria, obviamente, uma boa notícia para o planeta. Cumpri-la será particularmente importante para os países do Mediterrâneo e determinante para Portugal. Se não for invertido o actual ciclo de aquecimento global, a Península Ibérica poderá transformar-se num deserto até 2100. É isso que diz um estudo elaborado por Joel Guiot e Wolfgang Cramer, do Centro Nacional de Investigação Científica francês, e publicado a semana passada na Science.

O estudo partiu de uma análise das características da vegetação mediterrânica, que se mantiveram semelhantes ao longo dos últimos 10 mil anos. Posteriormente, os resultados obtidos foram combinados com projecções climáticas, de forma a perceber que repercussões terão as mudanças de temperatura, a alteração da pluviosidade e a concentração de gases na atmosfera. As conclusões são tudo menos animadoras para Portugal.

Falhando o objectivo dos 1,5ºC, mas conseguindo conter a subida global da temperatura nos 2ºC, as novas zonas desérticas na orla do Mediterrâneo ficariam circunscritas ao norte de Marrocos e Tunísia e ao sul de Espanha. Mesmo uma subida desta dimensão será, porém, responsável por uma transformação do ecossistema mediterrânico sem paralelo nos últimos 10 mil anos. Já se o aquecimento global se mantiver nos níveis actuais, Portugal transformar-se-á num país desértico em larga porção do seu território (a capital, Lisboa, será cidade erguida no meio de um vasto deserto), e o mesmo acontecerá no sul de Espanha, em Itália e na Turquia.

No estudo não foi contemplada a mão humana, que tem intervenção directa e permanente nos ecossistemas que habita. “Se tivéssemos a possibilidade de incluir o impacto humano [como a degradação do solo através da urbanização], seria ainda pior do que simulámos”, afirmou Joel Guiot à Nature. Isto, como se já não fosse assustador o suficiente a ideia da Península Ibérica como extensão do deserto do Sara ou, para evocar um exemplo referido no estudo, imaginar o Palácio da Pena, em Sintra, como monumento destacando-se no topo de uma elevação despida de vegetação.
https://www.publico.pt/ecosfera/noticia/portugal-um-deserto-em-2100-1749637
 
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jorgeanimal

Cumulus
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29 Out 2010
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Lourinhã
Portugal, um deserto em 2100?


PÚBLICO

01/11/2016 - 20:51

Estudo francês, que analisou a vegetação da zona do Mediterrâneo e o impacto que terá nele uma subida de temperatura superior a 1,5ºC, sugere um cenário diferente do actual se não for travado o aquecimento global.



Se o aquecimento global se mantiver nos níveis actuais,a futura paisagem predominante da Península Ibérica poderá ser algo semelhante a esta NFACTOS/ LARA JACINTO
Em Dezembro do ano passado, firmou-se em Paris um ambicioso acordo em que representantes de 195 países se comprometeram a um esforço colectivo para conter o aquecimento global a um aumento de 1,5ºC em relação ao período pré-industrial. Cumprir o objectivo seria, obviamente, uma boa notícia para o planeta. Cumpri-la será particularmente importante para os países do Mediterrâneo e determinante para Portugal. Se não for invertido o actual ciclo de aquecimento global, a Península Ibérica poderá transformar-se num deserto até 2100. É isso que diz um estudo elaborado por Joel Guiot e Wolfgang Cramer, do Centro Nacional de Investigação Científica francês, e publicado a semana passada na Science.

O estudo partiu de uma análise das características da vegetação mediterrânica, que se mantiveram semelhantes ao longo dos últimos 10 mil anos. Posteriormente, os resultados obtidos foram combinados com projecções climáticas, de forma a perceber que repercussões terão as mudanças de temperatura, a alteração da pluviosidade e a concentração de gases na atmosfera. As conclusões são tudo menos animadoras para Portugal.

Falhando o objectivo dos 1,5ºC, mas conseguindo conter a subida global da temperatura nos 2ºC, as novas zonas desérticas na orla do Mediterrâneo ficariam circunscritas ao norte de Marrocos e Tunísia e ao sul de Espanha. Mesmo uma subida desta dimensão será, porém, responsável por uma transformação do ecossistema mediterrânico sem paralelo nos últimos 10 mil anos. Já se o aquecimento global se mantiver nos níveis actuais, Portugal transformar-se-á num país desértico em larga porção do seu território (a capital, Lisboa, será cidade erguida no meio de um vasto deserto), e o mesmo acontecerá no sul de Espanha, em Itália e na Turquia.

No estudo não foi contemplada a mão humana, que tem intervenção directa e permanente nos ecossistemas que habita. “Se tivéssemos a possibilidade de incluir o impacto humano [como a degradação do solo através da urbanização], seria ainda pior do que simulámos”, afirmou Joel Guiot à Nature. Isto, como se já não fosse assustador o suficiente a ideia da Península Ibérica como extensão do deserto do Sara ou, para evocar um exemplo referido no estudo, imaginar o Palácio da Pena, em Sintra, como monumento destacando-se no topo de uma elevação despida de vegetação.
https://www.publico.pt/ecosfera/noticia/portugal-um-deserto-em-2100-1749637
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guisilva5000

Super Célula
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16 Set 2014
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Belas
Será que é desta?

Acordo do clima aprovado em Paris entra em vigor

http://www.rtp.pt/noticias/mundo/acordo-do-clima-aprovado-em-paris-entra-em-vigor_n959372

Podemos não conseguir atingir estes objetivos em 2050, mas gostava que o meu país o conseguisse. Portugal podia apostar na energia eólica e fotovoltaica, temos dos melhores climas para tal. Isto associada ao desuso dos carros a combustível, passando a eletricidade. Novas políticas quanto à gestão da floresta, do mar, do litoral e das bacias hidrográficas. Poderia ser tudo perfeito. Poderia... Vai ser uma mudança lenta, como são todas, mas numa época de "pós-recessão" ainda vai ser mais difícil atingir tal objetivo. De que vale apostar em tantos outros projetos quando a prioridade devia ser a sustentabilidade do país e a preservação do ambiente?Temos de nos prevenir, não sabemos se as coisas vão melhorar, e, conhecendo o ser humano, o dinheiro vai prevalecer acima de tudo, vão haver países a não cumprirem, outros países que ainda são pobres e que não têm os meios para serem sustentáveis, haverá sempre uma exceção, nem todas as nações vão conseguir estes objetivos, e o meu "nem todas" é tipo "nem 1/3 do mundo deve conseguir aplicar tais medidas a tempo de evitar esta catástrofe ao ambiente". Este é o meu pessimismo. Pois sei que, mesmo que o mundo se desligasse dos combustíveis fósseis e fosse amigo do ambiente hoje, neste exato momento, iria levar anos ou até séculos para tudo voltar ao normal. (Digo "amigo do ambiente" porque o ser humano causa tanta destruição que nem cabia neste post as desgraças que fazemos.) O clima mudará, aliás, já devemos estar no início da mudança, já é notável em Portugal, nos últimos anos, o aumento da temperatura e a diminuição da pluviosidade, com consequente degradação dos ecossistemas. Por isso se calhar é melhor dizer "o clima está a mudar". Temos de estar preparados para esta mudança de padrão, da qual também temos culpa, mas não tanta como noutros países. Tenho esperança no meu país, pois sei que já somos dos melhores da Europa quanto a energias renováveis. Penso também nos países pobres, que não têm culpa nenhuma mas o mar está a invadir a costa, há cada vez mais secas e as florestas estão a desaparecer, e nada podem fazer. Com a corrupção que existe no mundo, acho que o nosso destino está traçado... Somos todos seres humanos, mas não somos todos iguais, o mesmo se aplica aos países. Karma deve ser a palavra mais adequada nesta situação, temos de acarretar com as consequências dos nossos atos. Como ser humano, sei que é fácil errar e não pensar nas consequências de certos atos. O problema é que já sabemos há décadas que errámos e que existem soluções. A irresponsabilidade ambiental vai sobrecarregar os ombros das novas gerações (onde me incluo). Podemos até pensar no pior, juntando este fator aliado à sobrepopulação, o nosso destino pode ser mesmo uma extinção.
 

Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
Paris Climate Deal Is Too Weak to Meet Goals, Report Finds

The I.E.A.’s annual World Energy Outlook stated that reaching the Paris targets to reduce greenhouse gas emissions was possible, and that meeting those targets would slow climate change. Yet the I.E.A.’s estimates also showed that the result of those reductions was not likely to keep the temperature increase beyond preindustrial levels “well below” 2 degrees Celsius, as hoped. Instead, the report’s authors estimated, meeting the national commitments to reduce carbon dioxide emissions would still allow temperatures to rise 2.7 degrees Celsius by 2100.

“The era of fossil fuels is far from being over, even if the Paris pledges are fully implemented,” said Fatih Birol, executive director of the I.E.A. Today, he said, the share of fossil fuels in the global energy mix is about 81 percent; if Paris goals are met, the share will drop only to 74 percent by 2040. This is in part because even though renewable energy sources are finding their way into electricity generation, oil is still an important source of power for transportation and petrochemical production.

http://www.nytimes.com/2016/11/17/science/paris-accord-global-warming-iea.html?_r=0



China's coal use likely peaked in 2013 amid rapid shift to renewables, global energy report says

"Coal generated 84 per cent of all electricity in China in 2014, the IEA's current policy scenario forecasts that market share is going to drop down to 54 per cent in 2040," Mr Buckley said.

"Under a more aggressive policy scenario where the transition happens faster, that actually has coal dropping to 26 per cent market share by 2040, so you have coal effectively losing two-thirds of its market share in the space of just 25 years which is obviously a profound shift."

The report said renewables contributed 23 per cent of global electricity supply in 2014, the most recent year for which comprehensive statistics are available.

Of that figure, more than 70 per cent was from hydropower and 17 per cent was from variable renewables.

http://www.abc.net.au/news/2016-11-16/china27s-coal-use-peaked-in-20132c-report-says/8030428

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Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Cabanas - Palmela (75m)
Para os cépticos reflectirem....:


"OCEANO ÁRTICO ESTÁ 20ºC MAIS QUENTE DO QUE O NORMAL PARA ESTA ALTURA DO ANO
o que se passa com as temperaturas nesta região do planeta?
Estamos a meio de Novembro e por esta altura a temperatura no Pólo Norte devia estar já a desenhar uma curva descendente nos gráficos meteorológicos. Não é isso que está a acontecer, aliás a temperatura na zona está mesmo a subir. Mas o que pode estar a causar esta situação atípica?

A resposta pode estar numa massa de ar quente que está a impedir a formação de gelo no Oceano Ártico. Numa altura em que pelo calendário a região devia estar a registar as temperaturas mais baixas do ano, o calor que se sente está a impedir a formação das camadas de gelo.

Em termos numéricos é possível verificar que o Ártico está 20ºC mais quente. Mas não é tudo. A extensão da camada de gelo no Oceano Ártico está igualmente em mínimos históricos e as águas estão a congelar muito mais lentamente.

Na sua conta de Twitter, o investigador da Universidade da Califórnia Zack Labe, publicou um gráfico com a temperatura da região desde o início deste ano até ao momento. Na imagem é possível observar uma linha vermelha que “segue na direcção errada”, num movimento ascendente. Uns pontos abaixo podemos ver uma linha verde, que representa a temperatura expectável para esta altura.

Para Jennifer Francis, da Universidade Rutgers em New Jersey, “o aquecimento do Ártico é resultado da combinação de uma extensão de gelo muito baixa, a níveis recorde para esta altura do ano, que torna, provavelmente, o gelo muito fino, com muito ar quente e húmido que vem de latitudes mais baixas”, explica ao jornal The Washington Post.

Opinião partilhada por mais especialistas na área, que defendem que a corrente que leva grandes massas de ar quente para a região polar tem aumentado à medida que a própria temperatura polar também aumenta. Para todos a situação é preocupante, mas para já poderá ser atribuída a esta massa de ar.

Jack Labe, por seu lado, continua convicto que este aumento representa um padrão pouco comum com consequências imprevisíveis, mas nunca positivas.

Foto: Danish Meteorological Institute e Creative Commons

"

Fonte: http://greensavers.sapo.pt/2016/11/...ente-do-que-o-normal-para-esta-altura-do-ano/
 

lserpa

Cumulonimbus
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29 Dez 2013
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Horta, Matriz, (90m)
São mesmo péssimas notícias, não sei até que ponto este evento está relacionado com a alteração de circulação provocada pela La Niña. Mas mesmo assim é algo sem precedentes e boa coisa não deverá sair daí...
agora pergunto... até que ponto a circulação oceânica ficará comprometida? Seria catastrófico se houver alterações nas correntes oceânicas.


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irpsit

Cumulonimbus
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9 Jan 2009
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Inverness, Escocia
É um pouco extraordinário, neste fórum que é dedicado à metereologia e climatologia, que praticamente nao há discussao sobre esta anomalia épica no Árctico, além dos vossos dois comentários. Aliás a anomalia extraordinária de 2016 passou relativamente pouca discutida aqui no fórum. Porém os recordes e anomalias foram abundantes pelo mundo fora em 2016!

Vejam Longyearbyen, em Svalbard. Em parte considerável de Novembro as temperaturas andaram entre os -3°C e 7°C, fresquinho sim, mas as normais sao entre -14°C a -8°C! O frio do pólo norte desapareceu.

Mas basta ver isto para perceber que algo de muito anormal está a desenhar-se no Hemisfério norte: https://www.washingtonpost.com/news...al-as-winter-descends/?utm_term=.368c9b931132

Se aquele frio deslocado Siberiano vir para a Europa, entao vamos ter um inverno recorde.
Em Yakutsk as normais de Novembro andam nos -23/-31C, mas agora estao entre -30/-40°C.

Presumo que a circulacao polar foi fortemente perturbada, e o frio é emburrada por uma jet stream ondulante para sul. Isto talvez seja causado por isto:
http://phys.org/news/2016-09-strange-stratosphere.html

Mais estranho ainda foi o que aconteceu depois em 2016, em Agosto: http://www.drroyspencer.com/2016/08/tropics-cool-by-5-deg-f-in-one-week-in-the-stratosphere/

Este género de mudancas únicas sao muito preocupantes, porque nao há comparacao anterior. E se um sudden stratospheric warming event no Árctico já tem consequencias notorias, por exemplo na circulacao da North Atlantic Oscilation (NAO), o que será que estas duas mudancas de 2016, e o aquecimento brutal de Novembro, vao causar?

Questoes, questoes, mas ninguém tem respostas...