Aquecimento Global

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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vou explicar a minha visão do aquecimento global a grande fatia é resultado de fenómenos géoclimaticos o que é inegável, o planeta esta a aquecer muito antes da revolução industrial, muitos glaciares desapareceram antes a sierra nevada em espanha tiinha um glaciar que desapareceu 1900.
Que ha uma parte provocada pelo homem é verdade que temos de travar toda a poluição é verdade, agora aparece uma garota que diz que so temos até 2025 ou estamos perdidos e toda a gente a segue como uma nova Joana D'Arc é so extremista
Mais uma vez referes que o aquecimento global é um ciclo do planeta, mas que está a ser potenciado pela ação humana. Concordo plenamente!!
Quanto ao resto...Olhemos para a situação atual de uma certa região do nosso país. Neste momento está-se à espera que os próximos meses possam repor alguma normalidade, mas e se isso não acontecer? É preciso acontecer algo de muito grave para se pensar duas vezes. Nos próximos anos, situações de seca como a atual vão ser cada vez mais recorrentes e isso é bastante evidente, mas não se pensa em nada para conseguir amenizar tais efeitos.
O mesmo se pode dizer das temperaturas, como foi o caso do ano passado, em agosto, com temperaturas superiores a 40 graus durante quase 1 semana. Quanto a isso ninguém se manifestou, mas quanto ao verão fresco deste ano já foi o que foi e isto, pelo menos para mim, também é uma consequência do aquecimento global.
 


irpsit

Cumulonimbus
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9 Jan 2009
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Isto é a gozar, certo?
Que uma pessoa comum diga isso, tudo bem. Agora neste fórum...
Não é preciso explicar que com um padrão de vento Norte em Novembro, temos frio, certo? Haja ou não haja aquecimento global.
Já só falta dizeres que a terra é plana.

Infelizmente existem imensas pessoas que acreditam que a Terra é plana, especialmente na Europa e nos EUA (a teoria da terra plana e com entradas nos polos para o interior do planeta. Houve até quem organizasse expedicoes ao polo norte, em navios nucleares russos, para testar essa hipotese).

A humanidade sempre teve esta tendencia para erros cognitivos e "biases", seja em coisas pequena como a apreciacao errada de riscos, seja em coisas grandes como acreditar na historia da Virgem Maria e a concepcao imaculada por Deus.

Claro que nao ajudamos, ao estimular nas criancas, a crenca no Pai Natal.

E historicamente, ha 500 anos atras, a Terra era o centro do universo e plana. Milenios depois de os Gregos saberem que a Terra era redonda ao observar os eclipses lunares.

Hoje em dia, existem imensas conspiracoes e fake news. O que é que isto nos diz acerca do estado de ignorancia da nossa sociedade moderna?
E claro, toda a gente diz ser especialista em climatologia, a explicar os graficos de temperatura e o modo como o CO2 actua ou nao actua no efeito de estufa, ou como o planeta esta a progedir para uma idade glacial.

Sinceramente, acho que os autistas sao mais genuinos, do que a maioria da populacao, ja que por serem tao anti-sociais, nao tem quaisquer motivos sociais ou pessoais, para criarem um opiniao subjectiva, preferindo ao inves, focar-se exclusivamente em factos objectivos e racionais.

Claro que os autistas perdem imenso da riqueza e beleza imensa da subjectividade humana, seja nas artes, no romance e na imaginacao. Mas com isto quero dizer, que Greta Thunberg, ao ser autista, é autentica no seu pensamento. Quem trabalhou com autistas, como eu, sabe bem o que isto quer dizer.

é muito simples. A maioria da populacao quando é confrontada com um diagnostico de cancro, recusa o diagnostico inicialmente. é um "bias" biologico, em recusar cenarios catastrofistas. E é isto que leva a maioria da populacao a rejeitar o cenario das mudancas climaticas.
 

Hawk

Cumulonimbus
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26 Nov 2006
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Não será melhor falar cada vez mais em alterações climáticas em vez de aquecimento global?
É por isso que misturar ciência e política, seja ela qual for dá sempre mau resultado! Seja como for, parece que estamos de acordo em que o aquecimento global está aqui, seja de que origem for. Logo temos que lidar com ele da melhor forma e fazer todos os esforços para ao menos tentar diminuir a trajectória de subida da temp média global.

É por isso que na minha opinião é errado colocar as coisas em termos de direita e esquerda como fizeste mais acima. No teu país, estão a desenvolver-se planos para construir um novo aeroporto na já lotada Lisboa. Toda a gente fala que Lisboa já é alvo de uma grande pressão turística (com impactos a vários níveis incluindo o ambiental), o novo aeroporto vai servir essencialmente para que a TAP possa aumentar o seu volume de negócio em trazer passageiros dos EUA/América do Sul com escala em Lisboa de 2 ou 3h até ao destino final na Europa ou em África.

Na prática, para o planeta, qual a diferença entre um "estou-me nas tintas para o aquecimento global, vou construir um novo aeroporto porque a economia precisa deste boost" e um "estou muito preocupado com o aquecimento global, mas vou construir um novo aeroporto na mesma porque a economia precisa deste boost", Absolutamente nenhuma!
 
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luismeteo3

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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Não será melhor falar cada vez mais em alterações climáticas em vez de aquecimento global?


É por isso que na minha opinião é errado colocar as coisas em termos de direita e esquerda como fizeste mais acima. No teu país, estão a desenvolver-se planos para construir um novo aeroporto na já lotada Lisboa. Toda a gente fala que Lisboa já é alvo de uma grande pressão turística (com impactos a vários níveis incluindo o ambiental), o novo aeroporto vai servir essencialmente para que a TAP possa aumentar o seu volume de negócio em trazer passageiros dos EUA/América do Sul com escala em Lisboa de 2 ou 3h até ao destino final na Europa ou em África.

Na prática, para o planeta, qual a diferença entre um "estou-me nas tintas para o aquecimento global, vou construir um novo aeroporto porque a economia precisa deste boost" e um "estou muito preocupado com o aquecimento global, mas vou construir um novo aeroporto na mesma porque a economia precisa deste boost", Absolutamente nenhuma!
Quem é que está a trazer a política para aqui? Agora és tu! Sabes bem que o Trump e por conseguinte os Estados Unidos têm sido a grande força contra a ciência relativamente ao aquecimento global, e sim é aquecimento global o que se passa!
E para que conste sou contra o novo aeroporto em Lisboa, seja no Montijo ou outro sitio!
 

Hawk

Cumulonimbus
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26 Nov 2006
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O problema aqui é tão só a política da direita radical trumpista que está cheia de medo das consequências económicas da diminuição do consumo de hidrocarbonetos... então recorrendo a uma série de mentiras, manipulação de massas e coagindo as agências americanas pretendem alterar e impedir a publicação dos dados que comprovam o aumento de temperatura global! Ciência é ciência porra!

Concordo em deixar a política de parte no que diz respeito a esta questão, mas foste tu que introduziste a questão no post acima.

Por isso tive de perguntar. Como o planeta vê acções em termos absolutos e não em termos relativos, qual a diferença entre ser a "direita" a construir um novo aeroporto ou a "esquerda" a construir um novo aeroporto? Tu podes ser contra, mas quem decide não é. E não foi o Trump que decidiu construir o aeroporto do Montijo...
 

luismeteo3

Furacão
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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Concordo em deixar a política de parte no que diz respeito a esta questão, mas foste tu que introduziste a questão no post acima.

Por isso tive de perguntar. Como o planeta vê acções em termos absolutos e não em termos relativos, qual a diferença entre ser a "direita" a construir um novo aeroporto ou a "esquerda" a construir um novo aeroporto? Tu podes ser contra, mas quem decide não é. E não foi o Trump que decidiu construir o aeroporto do Montijo...
Porquê trazer o aeroporto do montijo para aqui? Isso discute-se no seguimento respectivo.
 

Jorge_scp

Nimbostratus
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17 Fev 2009
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Casal do Rato (Odivelas)
Quem estudou ou percebe o mínimo de climatologia, sabe que a circulação atmosférica (e oceanica) é originalmente causada pela diferença de calor (reflectida na temperatura) entre o Equador e os polos, devido à diferença na quantidade de energia solar recebida à superfície. Como qualquer sistema físico, a tendência de resposta a esta "perturbação" é no sentido do equilibrio, ou seja, de transporte de energia do Equador para os polos. O meio para se dar esta "distribuição de energia" é precisamente a atmosfera e o oceano (num processo mais lento). Depois, a rotação da terra faz o resto e cria os tais sistemas ciclónicos/anticiclónicos, que geram também correntes verticais ascendentes/descendentes, resultando na formação de nebulosidade ou não. Grosseiramente é isto que se passa, mas é muito importante para perceber o que se pode passar com as alterações climáticas. Vou agora elaborar uma linha de raciocínio:

Os dados indicam claramente que a região do Ártico está a aquecer bem mais rápido que o restante planeta. Isto faz com que a diferença de temperatura (gradiente térmico) entre o polo norte e o Equador seja mais pequena. Isto por si só, aponta claramente num sentido que leva a um enfraquecimento global da circulação atmosférica. Agora, deslocando-nos para as latitudes médias (40-70º), sabemos que é a área onde normalmente se dá o "choque" entre as massas de ar provenientes de latitudes baixas (subtropicais) e polares, com grandes diferenças de temperaturas, o que é um "gatilho" para um fenómeno muito importante no clima do Hemisfério Norte às latitudes médias, o jacto polar, um corrente muito forte na alta troposfera. Ora, tudo aponta que o aquecimento do ártico e o consequente menor gradiente térmico entre o polo e o restante planeta levem a um enfraquecimento do jacto polar.

Um jacto polar "normal" tende a circular no sentido W-E, mais ou menos em círculo ao redor do planeta. Sendo a corrente muito forte, de certo modo "aprisiona" o ar frio a norte, mantendo o ar mais quente a sul. Geralmente resulta numa circulação zonal mais pronunciada. Um jacto polar enfraquecido facilita a criação de meandros nessa circulação, o que possibilita não só a subida das massas de ar subtropicais a latitudes muito elevadas, como também massas polares a descerem a latitudes baixas. Mais, a atmosfera torna-se menos dinâmica, favorecendo a ocorrência de sistemas estacionários por períodos mais alargados no tempo.

Globalmente, um enfraquecimento do jacto traduz-se numa maior ocorrência de fenómenos extremos:

- Secas e muito calor em áreas onde um anticiclone se estabeleça por elevados períodos de tempo;
- Chuvas abundantes e cheias em áreas de baixo geopotencial que sejam "aprisionadas" por maiores períodos;
- Episódeos mais frequentes e intensos de incursões de ar quente subtropical no Ártico, levando a temperaturas máximas record;
- Episódeos de frio a latitudes pouco usuais, podendo trazer temperaturas baixas record e mesmo neve a zonas onde há muito não acontecia;

Porém, como a tendência geral é de aquecimento, as massas de ar polar que invadem latitudes baixas serão de certo modo "menos" frias, pelo que o impacto não será tão notório.

De certo modo, diria que se o planeta aquecesse todo por igual, à mesma taxa, as diferenças não seriam tão evidentes. O problema está no Ártico aquecer muito mais depressa. E creio que os resultados já se começam a observar nos últimos anos. Têm sido evidentes grandes contrastes à mesma latitude. Por exemplo, um Novembro frio nas longitudes da Grã Bretanha/ Peninsula Ibérica/ França contrastando com muito calor na Europa do Leste e Mediterrâneo. Igual nos EUA, com muito frio na parte Leste e calor no lado do Pacífico. Cada vez mais a atmosfera no Hemisfério Norte parece inclinar-se para uma sucessão de ondulações do jacto que resultam nestes contrastes enormes. Quanto mais fraco este estiver, mais e mais fortes ondulações ocorrerão.
 
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Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Alcobaca (160 m)
Quem estudou ou percebe o mínimo de climatologia, sabe que a circulação atmosférica (e oceanica) é originalmente causada pela diferença de calor (reflectida na temperatura) entre o Equador e os polos, devido à diferença na quantidade de energia solar recebida à superfície. Como qualquer sistema físico, a tendência de resposta a esta "perturbação" é no sentido do equilibrio, ou seja, de transporte de energia do Equador para os polos. O meio para se dar esta "distribuição de energia" é precisamente a atmosfera e o oceano (num processo mais lento). Depois, a rotação da terra faz o resto e cria os tais sistemas ciclónicos/anticiclónicos, que geram também correntes verticais ascendentes/descendentes, resultando na formação de nebulosidade ou não. Grosseiramente é isto que se passa, mas é muito importante para perceber o que se pode passar com as alterações climáticas. Vou agora elaborar uma linha de raciocínio:

Os dados indicam claramente que a região do Ártico está a aquecer bem mais rápido que o restante planeta. Isto faz com que a diferença de temperatura (gradiente térmico) entre o polo norte e o Equador seja mais pequena. Isto por si só, aponta claramente num sentido que leva a um enfraquecimento global da circulação atmosférica. Agora, deslocando-nos para as latitudes médias (40-70º), sabemos que é a área onde normalmente se dá o "choque" entre as massas de ar provenientes de latitudes baixas (subtropicais) e polares, com grandes diferenças de temperaturas, o que é um "gatilho" para um fenómeno muito importante no clima do Hemisfério Norte às latitudes médias, o jacto polar, um corrente muito forte na alta troposfera. Ora, tudo aponta que o aquecimento do ártico e o consequente menor gradiente térmico entre o polo e o restante planeta levem a um enfraquecimento do jacto polar.

Um jacto polar "normal" tende a circular no sentido W-E, mais ou menos em círculo ao redor do planeta. Sendo a corrente muito forte, de certo modo "aprisiona" o ar frio a norte, mantendo o ar mais quente a sul. Geralmente resulta numa circulação zonal mais pronunciada. Um jacto polar enfraquecido facilita a criação de meandros nessa circulação, o que possibilita não só a subida das massas de ar subtropicais a latitudes muito elevadas, como também massas polares a descerem a latitudes baixas. Mais, a atmosfera torna-se menos dinâmica, favorecendo a ocorrência de sistemas estacionários por períodos mais alargados no tempo.

Globalmente, um enfraquecimento do jacto traduz-se numa maior ocorrência de fenómenos extremos:

- Secas e muito calor em áreas onde um anticiclone se estabeleça por elevados períodos de tempo;
- Chuvas abundantes e cheias em áreas de baixo geopotencial que sejam "aprisionadas" por maiores períodos;
- Episódeos mais frequentes e intensos de incursões de ar quente subtropical no Ártico, levando a temperaturas máximas record;
- Episódeos de frio a latitudes pouco usuais, podendo trazer temperaturas baixas record e mesmo neve a zonas onde há muito não acontecia;

Porém, como a tendência geral é de aquecimento, as massas de ar polar que invadem latitudes baixas serão de certo modo "menos" frias, pelo que o impacto não será tão notório.

De certo modo, diria que se o planeta aquecesse todo por igual, à mesma taxa, as diferenças não seriam tão evidentes. O problema está no Ártico aquecer muito mais depressa. E creio que os resultados já se começam a observar nos últimos anos. Têm sido evidentes grandes contrastes à mesma latitude. Por exemplo, um Novembro frio nas longitudes da Grã Bretanha/ Peninsula Ibérica/ França contrastando com muito calor na Europa do Leste e Mediterrâneo. Igual nos EUA, com muito frio na parte Leste e calor no lado do Pacífico. Cada vez mais a atmosfera no Hemisfério Norte parece inclinar-se para uma sucessão de ondulações do jacto que resultam nestes contrastes enormes. Quanto mais fraco este estiver, mais e mais fortes ondulações ocorrerão.

MERCI, OBRIGADA ;)Com o meu belo português já não intervenho, mas estou feliz por te ler.
 
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luismeteo3

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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Passaram para 5

A rare occurrence in the tropics – five (5) tropical systems are simultaneously ongoing in the West Indian Ocean today!
https://www.severe-weather.eu/tropi...pical-systems-simultaneously-indian-ocean-mk/

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Parece que é record... mais um este ano.