Areia do Sara chega ao Mar do Caribe

Minho

Cumulonimbus
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Esta imagem é a imagem do dia do Modis.
Corresponde a uma massa de areia proveniente do Sara. A ilha maior que vêm na parte superior corresponde à República Dominicana e Haiti.
A nuvem de pó e areia partiu do Sara no dia 22...
Este é um dos melhores destruidores de Furacões. No ano passado foi um dos principais responsáveis pela calma da Época de Furacões...

ss002sy7.jpg


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FONTE
 


Rog

Cumulonimbus
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6 Set 2006
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Esta imagem é a imagem do dia do Modis.
Corresponde a uma massa de areia proveniente do Sara. A ilha maior que vêm na parte superior corresponde à República Dominicana e Haiti.
A nuvem de pó e areia partiu do Sara no dia 22...
Este é um dos melhores destruidores de Furacões. No ano passado foi um dos principais responsáveis pela calma da Época de Furacões...



[URL="http://rapidfire.sci.gsfc.nasa.gov/"]FONTE[/URL][/QUOTE]

Tenho dúvidas se o pó e a areia teve assim tanta influência no ano anterior...
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Tenho dúvidas se o pó e a areia teve assim tanta influência no ano anterior...

Não há certezas, mas são evidências que levam muitos investigadores a pensar dessa forma. As condições (a temperatura da água, windshear, etc) em 2006 eram tão ou mais favoráveis que em 2005, no entanto 2006 foi uma época muito abaixo das previsões.
A influência do SAL (Saharan Air Layer)/Areia/Pó nos furacões é assunto estudado há pouco tempo, mas a influência do pó e da areia nas nuvens e na formação das gotas de chuva já é mais antiga e está comprovada (pesquisa por exemplo por "dust effect on clouds").

No caso dos ciclones tropicais, o efeito do SAL é variado. Por um lado, a areia/pó é apenas um sinal de algo mais importante, ou seja, se a areia vai até às Caraíbas quer dizer que há uma massa de ar seco africana sobre o Oceano, e ar seco impede obviamente desenvolvimentos. Por outro lado, há um efeito directo, a areia/pó actua como um filtro na atmosfera, diminuindo a radiação solar. E este último factor é que está ainda pouco estudado e não está previsto nos modelos.

“When we have these dust storms, we’re basically moving the air that’s over Africa over the North Atlantic. So for any storm to grow when it hits all of this dry air, it really just shuts down the convection and the storm isn’t able to intensify. Basically, the dust tends to absorb radiation like a warm blanket in the middle of the atmosphere, which you might refer to as an inversion. Generally, inversions are associated with a very stable environment which doesn’t promote storm growth,”

...

“The correlations between dust and hurricanes were almost equally as important as the correlations with the hurricanes and the sea surface temperature. And basically, what we saw was the sea surface temperature changes were kind of this slower, long-term growth in the hurricane numbers, whereas the dust activities seem to be more well correlated with the year-to-year ups and downs that we see in tropical cyclone numbers,”

...

“We definitely saw a big increase in dust levels during the early 1980’s. They dropped down again in the late ‘90’s and now they look like they are picking up again, which is a little bit contrary, because I know that the last few years, they haven’t necessarily been particularly dry years in West Africa,"

http://voanews.com/english/archive/2006-10/2006-10-12-voa5.cfm?textmode=0


Foi para estudar as ondas africanas e o SAL que no ano passado uma equipa de investigadores americanos estiveram várias semanas em Cabo Verde, em que voavam com um Hurricane Hunter para fazer medições e recolher dados. Mas ainda não foram divulgados quaisquer conclusões, e não sei se a época atípica não terá prejudicado a expedição.

“NAMMA” é a designação abreviada de uma campanha de terreno de pesquisa e investigação desenvolvida entre a NASA (Administração Nacional dos EUA para a Aeronáutica e Espaço) e o projecto AMMA ( Análises Multidisciplinares da Monção Africana), patrocinada pelo Departamento de Ciências da NASA. A base da missão será nas Ilhas de Cabo Verde, localizadas a 455 quilómetros do Senegal, a Oeste da costa Africana. Com início em Agosto de 2006, cientistas da NASA utilizarão uma rede de observação de superfície e uma aeronave para caracterizar a evolução e estrutura das OAL (Ondas Africanas de Leste) e os Sistemas Convectivos de Mesoscala ao longo da África ocidental e os seus impactos associados nos balanços regionais de humidade e energia. A NASA também fará uso extensivo de satélites orbitantes (incluindo Aqua, TRMM, e o recente-lançado CloudSat/CALIPSO) e capacidades de modelagen para melhorar as previsões e os planos de vôo. O Cientista Chefe da Missão será o Dr. Edward Zipser, da Universidade do Utah.

Os principais temas de estudo desta missão são a formação e evolução dos Ciclones Tropicais no Atlântico Oriental e Central e seu impacto na costa oriental dos Estados Unidos, bem como a composição e estrutura da Camada de Ar do Sahara, no seio da qual os aerosóis afectam a precipitação e influencia o desenvolvimento dos ciclones tropicais. Uma aeronave DC-8 da NASA, para pesquisas de altitude mediana servirá como a ferramenta principal das investigações no âmbito da campanha NAMMA. A aeronave será equipada com instrumentos de observação fixa e remota, com cerca de 40 tripulantes e cientistas realizando a cada 2-3 dias vôos de 8 horas de duração ao longo do Atlântico Oriental. O avião DC-8 voará em coordenação com os radares meteorológicos de pesquisa NPOL e TOGA da NASA, sondagens atmosféricas com balões e estações de investigação móveis de superfície SMART-COMMIT, medindo propriedades químicas, ópticas, microfísicas e radiativas da atmosfera.

As investigações planeadas no âmbito desta missão serão conduzidas em colaboração com o projecto AMMA, durante o SOP-3 (Período Especial de Observação), no verão de 2006. A contribuição da NASA para esta abrangente campanha terá enfoque nas correntes subsidentes do ar e evolução no oceano dos sistemas convectivos, uma vez que esta evolução interage fortemente na ciclogénese tropical.

O sponsor da campanha NAMMA será o Dr. Ramesh Kakar, Líder da área de Foco do Tempo da NASA, e Director de Programa de Dinâmica Atmosférica na sede da NASA. A NAMMA tem igualmente como colaboradores de execução a Divisão de Pesquisa de Ciclones Tropicais da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) e o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Cabo Verde (INMG). A gestão da missão estará a cargo do Escritório do Projecto de Ciências da Terra do Centro Ames de Pesquisa da NASA.

http://namma.msfc.nasa.gov/#portuguese