Biodiversidade

frederico

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Aqui ainda existem rolas bravas... vários casais até.

No Alentejo também deve haver.

Precisamos de mais reservas para aves, como há em Espanha.

Já agora, li recentemente que importamos mais de 50% dos produtos biológicos que consumimos. Que estupidez.. deveríamos ser auto-suficientes e conjugar a agricultura biológica com a conservação das aves.
 


frederico

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Já que falo em aves, é necessário fazer algo que existe noutros países.

É preciso restringir o acesso a reservas naturais. Várias espécies quando nidificam não toleram a presença humana. Não foi por acaso que achei uma enorme estupidez a abertura de um trilho na ribeira de São Lourenço, no Ludo. A ria Formosa é o exemplo paradigmático de tudo o que não deve ser feito numa área de conservação da avifauna. Está a saque. Recentemente soube-se isto:
https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-11-01-Aqui-so-resta-um-cavalo-marinho

A ria precisa de áreas onde não pode haver turismo nem turistas. Mas ninguém quer saber. O Parque está uma bandalheira total.
 

Pedro1993

Super Célula
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Torres Novas(75m)
No Alentejo também deve haver.

Precisamos de mais reservas para aves, como há em Espanha.

Já agora, li recentemente que importamos mais de 50% dos produtos biológicos que consumimos. Que estupidez.. deveríamos ser auto-suficientes e conjugar a agricultura biológica com a conservação das aves.

Isso seria boa ideia, estou totalmente de acordo contigo, quanto á agricultura biológica, neste momento a procura é maior do que oferta, e nós portugueses, em vez de produzirmos principalmente frutas e hortaliças, o que daria muitos empregos, e muita dinamica no mundo rural, por essas aldeias que estão cada vez mais desertas, e ajudáva a economia de pequena escala.
 
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frederico

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O toirão foi declarado oficialmente extinto em Espanha.

http://www.magornitho.org/2011/04/andalusian-buttonquail-morocco/

A subespécie ainda existe em Marrocos mas a situação está complicada.

O toirão desapareceu de Portugal na primeira metade do século XX, num período em que outras espécies viram as suas populações cair drasticamente. Este desaparecimento foi em parte causado pelas famigeradas campanhas do trigo, que tiveram início no final do século XIX.

Seria importante que a subespécie fosse reintroduzida, mas ninguém quer saber.
 

frederico

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The Andalusian Buttonquail (Turnix sylvaticus sylvaticus) is the first bird to become extinct in Europe since the extinction of the Great Auk (Pinguinus impennis) almost 170 years ago. However, there are some differences. The Great Auk died out completely and gone forever, whereas the Andalusian Buttonquail still exists in Morocco. Moreover, other subspecies of the Common Buttonquail are widely distributed in Africa south of the Sahara and Asia. Note also that the Slender-billed Curlew (Numenius tenuirostris) is not taken into consideration because it’s still officially classified as ‘Critically Endangered’ but not ‘Extinct’.
http://www.magornitho.org/2018/11/andalusian-buttonquail-declared-extinct-spain/
 
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luismeteo3

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Fatima (320m)
Vespa asiática está a propagar-se pela região centro do país
17 nov 2018 12:53

A vespa asiática, ou vespa velutina, uma espécie invasora predadora das abelhas, está a propagar-se pela região centro do país, com ninhos identificados em todo o norte do distrito de Santarém, disse hoje à Lusa o Comandante Operacional Distrital de Santarém (CDOS).

"Temos relatos em toda a zona mais a norte do distrito de Santarém da existência de ninhos e ultimamente com casos cada vez mais frequentes", disse Mário Silvestre.

O responsável apelou à população para, no caso de avistar um ninho de vespa velutina, avisar os serviços competentes e não tentar, em qualquer circunstância, destruir o ninho pelos seus próprios meios.

A Proteção Civil de Santarém faz o "acompanhamento e monitorização" dos ninhos detetados e da sua fase de remoção e destruição, em articulação com os municípios.

A vespa velutina é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (Apis mellifera), e encontrava-se, até há pouco tempo, circunscrita a concelhos do norte do País.

A Lusa confirmou junto das autarquias e dos Gabinetes de Proteção Civil Municipal casos de avistamento e destruição de ninhos de vespa velutina nos concelhos de Abrantes, Mação, Ourém, Sardoal, Ferreira do Zêzere, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei, todos na região do Médio Tejo, distrito de Santarém.

Os especialistas estimam que cada ninho de vespas asiáticas possa comer meio quilo de abelhas autóctones por dia.

O primeiro ninho no concelho de Vila Nova da Barquinha foi detetado na quinta-feira em Praia do Ribatejo, junto à foz do rio Zêzere, e destruído por uma empresa certificada para o efeito, contratada pela autarquia.

Em declarações à Lusa, o presidente do município, Fernando Freire, destacou as "grandes dimensões" do ninho e os "cuidados de defesa e proteção" tomados na remoção do ninho daquela espécie invasora, que pode albergar, cada um, até três mil vespas e de onde podem sair 150 novas rainhas.

"O ninho estava em cima de um pinheiro, a cerca de 15 metros de altura, e os trabalhos preparatórios para a intervenção e remoção terminaram já de noite, conforme indicam os manuais de procedimento relativamente à forma de lidar com a remoção dos ninhos desta vespa", disse o autarca, responsável pela proteção civil municipal.

"É à noite que as vespas estão todas recolhidas no ninho", observou, tendo feito notar que este é "um problema novo e preocupante" para os municípios da região, que não estão preparados para lidar com uma espécie de vespa que pode atacar o ser humano se sentir o seu ninho ameaçado.

Em Sardoal, o comandante dos bombeiros locais, Nuno Morgado, deu conta da remoção esta semana de dois ninhos de vespa velutina, um no beirado de um telhado em casa de habitação, em Andreus, um outro, em Rosa Mana, Alcaravela, no alto de um pinheiro com cerca de 18 metros de altura.

"Era um ninho impressionante, com cerca de um metro de altura e um raio de 60 centímetros", disse o responsável, que destacou as "dificuldades na deteção dos ninhos", a "importância de ações de informação e sensibilização para a população", a par da necessidade "mais formação específica" para os agentes da proteção civil e bombeiros lidarem com o problema.

"A criação e aquisição de equipamentos e as próprias técnicas de destruição de ninhos de vespa asiática têm de evoluir rapidamente para que possamos tentar debelar esta praga", defendeu.

A introdução involuntária da vespa velutina na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012.
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/vespa-asiatica-esta-a-propagar-se-pela-regiao-centro-do-pais
 

Serra do Açor

Nimbostratus
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Arganil
Há muitos anos que não vejo uma rola-brava. Talvez uns 15 anos. As alterações na agricultura também explicam o seu desaparecimento. Elas apareciam nos pomares de sequeiro onde havia trigo semeado. Ora hoje em dia quase ninguém semeia trigo, e o sequeiro está a desaparecer.

Importa referir outro factor que tem conduzido ao desaparecimento da rola-brava: a perseguição em África. Nisto das aves migratória de nada serve a protecção se não houver cooperação internacional.
Por aqui tambem via algumas rolas bravas ,mas desde o incendio que Sao cada vez menos.

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Serra do Açor

Nimbostratus
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Arganil
Estas acoes Sao sempre de salutar , aqui onde Moro tambem ja houve Uma reflorestacao numa pequena parcela , o problema e que Sao centenas e centenas de ha queimados , devia os concelhos afectados organizar-se e em conjunto arranjar Uma solucao.

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luismeteo3

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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Eu hoje ouvi uma notícia por alto, de um novo material de construção desenvolvido numa universidade portuguesa, com reciclagem de materiais de construção usados + água não potável + hidrogénio resultante num novo tipo de tijolo mais resistente e a metade do preço! Não encontro o link mas é fabuloso!
Aqui está o projecto a que me referia!

Já pode fazer a sua casa com... CO2
17.11.2018 às 16h00

mw-860

A eCO2Blocks, premiada em Bruxelas, junta Pedro Humbert, à direita, e João Gomes

São blocos reciclados. Chegam ao mercado já com um prémio europeu no currículo

MARGARIDA CARDOSO

A eCO2Blocks, uma spin-off da Universidade da Beira Interior, está a terminar a fase de prototipagem de um novo tipo de blocos para a construção civil criados com materiais reciclados, água não potável e CO2. A nova tecnologia chega ao mercado no segundo semestre de 2019 já com um prémio no currículo, depois de vencer a final internacional do ClimateLaunchpad, uma iniciativa da Comissão Europeia para distinguir ideias de negócio amigas do ambiente.

O projeto, iniciado com a tese de doutoramento de Pedro Humbert à volta da utilização de resíduos industriais da Siderurgia Nacional na indústria da construção, junta o investigador e o seu orientador de tese, João Castro Gomes, e já tem grupos nacionais e internacionais dos sectores da construção e da energia como potenciais clientes. Tem, também, uma empresa industrial interessada na produção dos novos blocos, mas o segredo ainda é a alma do negócio nesta fase dos trabalhos por isso o nome de clientes e parceiros “é confidencial”.

Na base do trabalho estão resíduos industriais. Nesta fase, o trabalho está centrado em resíduos da Siderurgia Nacional, endurecidos com CO2. “Na prática, replicamos e aceleramos o que a natureza faz nas pedras calcárias, com um processo de carbonatação”, explica Pedro Humbert. “Se o cimento é misturado com água para endurecer, nós juntamos dióxido de carbono concentrado para garantir isso”, acrescenta.

“O prémio atraiu mais atenções para o nosso trabalho, mas já tínhamos clientes para a solução que propomos”, diz o investigador, a terminar o processo de certificação dos novos blocos, com patente registada em Portugal e em fase de registo internacional, mas a pensar também na etapa seguinte, em que a eCO2Blocks poderá entrar no segmento das estruturas de construção, como pilares e vigas, mais exigente e demorado em termos de certificação.

MAIS RÁPIDO, BARATO E VERDE
A confiança é alicerçada nos estudos de viabilidade económica do projeto, uma vez que o processo de fabrico é 10 vezes mais rápido e 50 por cento mais barato do que a opção tradicional, com blocos de cimento.

“A resistência ao fogo atinge os 900 graus Celsius, contra os 400 graus do cimento. A resistência mecânica é cinco vezes superior”, garante este engenheiro civil.

Como alternativa ao cimento, que “consome recursos naturais e é extremamente poluente no seu processo produtivo”, a eCO2Blocks propõe a utilização de resíduos e de dióxido de carbono que é retirado da atmosfera e armazenado nos blocos. Pedro Humbert garante que esta solução permite reduzir as emissões de CO2 em 2/3 face ao cimento. “Olhando ao consumo da construção civil em Portugal e Espanha num ano, estamos a falar em mais de 600 mil toneladas”, refere. “Os blocos são pretos por fora, mas são um produto verde”, promete.

O principal problema, diz, “está na exigência de precisão de todo o processo industrial”. “Tudo tem de ser cuidadosamente controlado em termos de regras e condições de produção”, acrescenta.

Mas neste negócio, a eCO2Blocks vai ficar fora da fase industrial de produção. O objetivo da spin-off é desenvolver a tecnologia e, depois, vender a licença de utilização numa base de royalties, continuando a dar suporte técnico ao processo.
https://expresso.sapo.pt/economia/2018-11-17-Ja-pode-fazer-a-sua-casa-com.-CO2#gs.alDQ6gc