Cabra-montês (Capra pyrenaica)

Seattle92

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Taxonomia
Mammalia, Artiodactila, Bovidae.

Tipo de ocorrência
Residente.

Classificação
CRITICAMENTE EM PERIGO – CR (D)
Fundamentação: A espécie tem uma população extremamente reduzida (menos de 50 indivíduos maduros) e uma área de ocupação muito restrita.

Distribuição
Durante o Holocénio, esta espécie estava presente em todas as regiões montanho-sas da Península Ibérica. Nos últimos séculos, as populações sofreram um forte decréscimo (Mitchell-Jones et al. 1999). Em meados do século XIX, a cabra-montês desapareceu na vertente francesa dos Pirinéus e, nos finais deste mesmo século, extinguiu-se em Portugal a última população que ocupava a Serra do Gerês, onde ocorria, como nalgumas montanhas galegas, a subespécie Capra pyrenaica lusitanica (Granados et al. 2001). Já no início do século XXI, terá também desaparecido nos Pirinéus (Pérez et al. 2002), ficando a área de distribuição reduzida às regiões montanhosas no Centro e Sul de Espanha.
Com o objectivo de uma acção de reintrodução da espécie na Serra do Xurês, em 1997, as entidades espanholas colocaram num cercado de aclimatação, situado junto à fronteira portuguesa, indivíduos da subespécie C. p. victoriae (provenientes de um outro cercado no Parque Nacional do Invernadero). Foi ainda colocado noutro cercado, também junto à fronteira, mais um casal. Em resultado de fugas e libertações de animais destes cercados, em 1999 registou-se a presença da espécie na Serra Amarela e na Serra do Gerês. Apesar desta espécie ter habitado num passado recente a área que agora se encontra a recolonizar, o curto período da reocupação não permite ainda garantir o futuro da presente situação.

População
Os animais observados em Portugal pertencem a uma população transfronteiriça de cabra-montês, que em território nacional não ultrapassa os 50 indivíduos. Identificam-se duas subpopulações: a da Serra do Gerês, constituída por dois núcleos, e a da Serra Amarela. O aumento do número de indivíduos e a presença de crias confirmam a reprodução na Natureza dos exemplares reintroduzidos (Moço et al. in prep.).

Habitat
A espécie ocorre em zonas montanhosas rochosas, florestas e matos temperados, pastagens naturais e artificiais, terrenos agrícolas e plantações envolventes. A presença humana pode condicionar o uso de áreas preferenciais de alimentação (Pérez et al. 2002).

Factores de Ameaça
As principais ameaças são: a alteração e a fragmentação do habitat, nomeadamente pela acção do fogo, a baixa variabilidade genética, a competição com outras espécies de ungulados (domésticos e silvestres) e o furtivismo.

Há diagnósticos de sarna sarcóptica e brucelose em cabras domésticas na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o que constitui uma ameaça à nova população de cabra-montês: a primeira pelo efeito reducionista que pode ter no efectivo, num curto espaço de tempo (Fandos 1991 in Pérez et al. 2002) e a segunda pela possibilidade de reduzir a fertilidade dos indivíduos (N Santos, com.pess.). No entanto, Granados et al. (2001) e Pérez et al. (2002) referem que doenças infecto-contagiosas e provocadas por parasitas constituem uma ameaça sobretudo para as populações com densidades elevadas.
O sobrepastoreio também pode representar uma potencial ameaça, por gerar perda de habitat e constituir veículo de transmissão de doenças.

Medidas de Conservação
Está em curso a monitorização da população, recomendando-se o desenvolvimento de estudos ao nível genético e sanitário. Dado que os indivíduos que ocorrem em Portugal integram uma população transfronteiriça, a preservação desta população só será possível através de uma correcta articulação de actuação entre Portugal e Espanha.
Entre as medidas a desenvolver, Moço (2002) propõe, como mais urgentes, a remoção das cabras domésticas em pastoreio livre e dos cães assilvestrados do espaço serrano.
A fiscalização com o objectivo de evitar acções de furtivismo constitui de igual modo uma medida de prevenção importantíssima para a preservação da espécie no nosso país.

http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/...858D2D/3152/LVVP_Mamíferos_Caprapyrenaica.pdf

800px-Capra_pyrenaica.jpg



Fica aberto o tópico da Cabra-Montês. A ideia é termos um sitio onde se podem colocar todas as notícias que apareçam sobre este animal e continuarmos as discussões sobre a sua distribuição actual, que estão espalhadas por diferentes tópicos.
 


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Nimbostratus
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A cabra montês voltou
por PAULA FERREIRA02 Novembro 2008

Reintrodução. Extinta no final do século XIX, a 'cabrapyrenaica' regressou à serra Amarela e do Gerês, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, graças a programa de reintrodução executado na vizinha Galiza. Hoje estão contabilizados 400 exemplares

Procura de território e caça ameaçam a espécie
Era um sábado, em Fevereiro de 1999. Miguel Dantas da Gama percorria mais uma vez um trilho do Parque Nacional da Peneda-Gerês em busca da cada vez mais rara águia-real. Nesse dia teve uma surpresa. "De repente as silhuetas de um, depois dois, finalmente três animais, uns duzentos metros abaixo do topo da escarpa onde me encontro. (...) A cabra montês está de volta. Um reixelo (macho adulto), uma fêmea e uma cria, pastam em liberdade no Parque Nacional da Peneda-Gerês". O relato está expresso no livro A Cabra Montês do Gerês, da extinção à reintrodução, um novo desafio de Miguel Dantas da Gama, recentemente publicado pelo Fundo Para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS).

Quase uma década volvida, a população de cabra pyrenaica está estabilizada. De acordo com dados fornecidos pelo PNPG, "estão identificados cerca de 400 exemplares, a viver nas encostas das serras Amarela e Gerês". Henrique Carvalho, que no parque nacional acompanha de perto estes animais, considera que "a população está a evoluir favoravelmente". Essa evolução, por paradoxal que possa parecer, pode ser um risco para a espécie.

Dantas da Gama explica que " a expansão do território ocupado pela cabra montês tenderá a aproximá-las dos locais utilizados pelos rebanhos de cabras domésticas", o que no seu entender traz vários riscos para a cabra selvagem. A transmissão de epidemias, concretamente a sarna sarcópica e a brucelose. Por outro lado, vão, concerteza competir por espaço e recursos alimentares, podendo daí advir subnutrição, o que implicará dificuldades no ciclo reprodutivo. Há ainda o risco sério de "cruzamento entre indivíduos selvagens e domésticos, com a consequente degeneração da espécie silvestre".

Uma outra razão, a que acabaria por conduzir a cabra do Gerês à extinção, em 1890, a caça volta a ameaçar estes animais. Miguel Dantas da Gama alerta que "a caça à cabra poderá ser agora praticada por caçadores furtivos que aproveitarão uma vigilância menos apertada", embora ressalve que o problema tenha mais acutilância do lado de lá da fronteira.

Algo que para as cabras acaba por ser indiferente. Os animais, como é obvio, não conhecem fronteiras. Aliás foi do lado de lá, do parque do Xurês, que as cabras que hoje povoam o parque nacional vieram, graças a um programa de reintrodução, iniciado em 1992. É com os responsáveis do Xurês, garante Henrique Carvalho, que "os estudos de monitorização estão a ser feitos", através de "acções regulares de fiscalização", para evitar o regresso aos últimos anos do século XIX de onde nos chegam, através dos relatos de Tude de Sousa, que durante mais de 10 anos , entre 1904 e 1915, foi regente florestal na serra do Gerês.

A presença da cabra contribuirá por certo para o equilíbrio ecológico do ameaçado parque nacional . Um dos beneficiados será o lobo. Como explica Henrique Carvalho, "a cabra montês é uma presa potencial do lobo", podendo por isso contribuir para a sobrevivência dessa espécie tão contestada pela população residente naquela área protegida, a mesma população que, de acordo com os responsáveis do PNPG, reagiu bem à presença da cabra selvagem, um ser herbívoro, que come cerca de vinte quilos de ervas, flores e folhas, pelo que não ameaça os animais domésticos.

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1134109
 

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En Invernadeiro hay ciervos en cercados de semilibertad pero también hay ciervos en estado completamente salvaje.

...

Lo mismo sucede con las cabras monteses (250-300 ejemplares entre los salvajes y los de semilibertad). Los rebecos do Invernadeiro (unos 30-40 ejemplares) sí están todos en cercados de aclimatación y semilibertad ;)

Pelo o que o Pek disse no tópico de veado-vermelho, existem cabras montês no parque Invernadeiro na Galiza. Já conhecia esta situação mas tinha ideia de que as cabras estavam todas presas em cercados, afinal também as há em liberdade pelas serras de Invernadeiro.

Este parque fica a cerca de 20 km do parque de Montesinho. Quem sabe se em poucos anos não começam a aparecer cabras montês no nosso parque (se é que já não existem)?

Falo de uma possível expansão a partir de Invernadeiro, mas também é possível que aconteça a partir do Gerês.
 

Pek

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Pelo o que o Pek disse no tópico de veado-vermelho, existem cabras montês no parque Invernadeiro na Galiza. Já conhecia esta situação mas tinha ideia de que as cabras estavam todas presas em cercados, afinal também as há em liberdade pelas serras de Invernadeiro.

Este parque fica a cerca de 20 km do parque de Montesinho. Quem sabe se em poucos anos não começam a aparecer cabras montês no nosso parque (se é que já não existem)?

Falo de uma possível expansão a partir de Invernadeiro, mas também é possível que aconteça a partir do Gerês.

En 2002: "Según los últimos datos que maneja el departamento de Medio Ambiente, el parque natural de Invernadeiro tiene un cercado con 17 animales, mientras que en la Baixa Limia hay otras 16 cabras montesas en cautividad. Además, desde la puesta en marcha de este proyecto se soltaron en los terrenos de estos parques un total de 93 ejemplares. El programa tiene como principal objetivo alcanzar la reintroducción de esta especie en los montes gallegos, para lo que se crean rebaños en cautividad con animales adaptados a las nuevas condiciones ambientales"

"El programa de reintroducción de la cabra montesa en Galicia se inició a finales de 1992 con la llegada al parque natural del Invernadeiro de doce ejemplares de esta especie procedentes de la reserva regional de Gredos. A principios de 1993 nacieron las primeras seis crías en cautividad y poco después llegaron al parque otros doce animales también procedentes de Gredos.

La rápida reproducción de la cabra montesa en cautividad hizo que en 1996 el cercado Val de Cabras, de casi 60 hectáreas, contara con 67 ejemplares, lo que superaba la capacidad del mismo y ponía en peligro la normal convivencia de los animales. Por este motivo, al año siguiente se creó un nuevo cercado en el parque natural Baixa Limia-Serra do Xures, al que se trasladaron 39 cabras montesas entre 1997 y 1998.

En 2000 comenzaron a realizarse sueltas progresivas de ejemplares en los terrenos de ambos parques naturales con el objetivo de rebajar el número de animales en cautividad y de iniciar la creación de poblaciones estables en libertad. En el parque natural del Invernadeiro se soltaron hasta el pasado año un total de 63 cabras montesas, mientras que en la Baixa Limia se dejaron en libertad otros 30 ejemplares en este período.

Según los estudios de seguimiento que realiza el personal de la Conselleria de Medio Ambiente, los animales sueltos habitan con normalidad en los montes y se registró un incremento en el número de ejemplares, de lo que se deduce que su reproducción está garantizada y que se adaptan con facilidad a estos entornos naturales."

Fuente: http://www.asajanet.com/asaja/horizontales/procesar.do?id=3538&accion=noticia

Ahora hay bastantes más de las que había en 2002 :) :thumbsup:
 

Seattle92

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En 2000 comenzaron a realizarse sueltas progresivas de ejemplares en los terrenos de ambos parques naturales con el objetivo de rebajar el número de animales en cautividad y de iniciar la creación de poblaciones estables en libertad. En el parque natural del Invernadeiro se soltaron hasta el pasado año un total de 63 cabras montesas, mientras que en la Baixa Limia se dejaron en libertad otros 30 ejemplares en este período.

...

Ahora hay bastantes más de las que había en 2002 :) :thumbsup:

Sim, só no lado português do parque do Gerês já haviam cerca de 400 em 2008.

Em 6 anos passaram de 30 a cerca de 400 animais. Parece-me um número demasiado optimista :lol:


Pena que os animais que estão livres no Invernadeiro não se tenham expandido em direcção a sul (Montesinho)
 

Seattle92

Nimbostratus
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Pek, tens ideia porque é que em relação ás camurças que existem no Invernadeiro não foi usada a mesma estratégia (ter algumas em cativeiro e ir soltando outras pelas serras do Invernadeiro)?
 

Seattle92

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Já há 300 cabras selvagens no Gerês
20.10.2008
Pedro Garcias

Esta é a história extraordinária de uma espécie selvagem que, de forma fortuita, regressou ao território de onde tinha sido expulsa pelo homem há mais de um século. Extinta das penedias do Gerês na última década do século XIX, a cabra-montês voltou timidamente em 1999 e, desde então, não tem parado de se reproduzir. Hoje, existem cerca de 300 exemplares: 40 na Serra Amarela e os restantes na linha de fronteira que divide o Parque Nacional da Peneda-Gerês do parque galego Baixa Límia-Serra do Xurês, segundo uma estimativa da bióloga Gisela Moço, que tem vindo a monitorizar a população de cabra-montês.

Miguel Dantas da Gama, dirigente e co-fundador do FAPAS- Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens, há-de entrar para a história do único parque nacional lado a lado com José Thomaz de Sousa Pereira, o homem que encetou o repovoamento florestal do Gerês no final do século XIX. Este silvicultor foi o último a observar uma cabra selvagem na serra do Gerês. Corria o ano de 1892. Cento e sete anos depois, Miguel Dantas da Gama foi o primeiro a confirmar o regresso daquela espécie.

Um momento que o ambientalista fixou assim: "Sábado, 20 de Fevereiro de 1999. Trilho o Parque Nacional em busca da cada vez mais rara águia-real, dando seguimento ao trabalho de recenseamento de uma população que inacreditavelmente se abeira do fim. De repente, as silhuetas de um, depois dois, finalmente três animais, uns duzentos metros abaixo do topo da escarpa onde me encontro, fazem-me instantaneamente pensar no que não posso acreditar. O binóculo desfaz, historicamente, a dúvida. São 14h50. A cabra-montês está de volta a Portugal! O Gerês não me parece o mesmo! Um reixelo (macho adulto), uma fêmea e uma cria pastam em liberdade no Parque Nacional da Peneda Gerês!"

Acasos da natureza

Sete anos antes, o FAPAS tinha proposto à então ministra do Ambiente, Teresa Patrício Gouveia, que intercedesse junto de vários organismos espanhóis no sentido de trazer para Portugal alguns exemplares criados em cativeiro. Mas o pedido não teve qualquer consequência. Muitos anos antes, já Américo Tomás tinha feito o mesmo pedido a Franco, mas igualmente sem sucesso.

Com a extinção da cabra-montês em Portugal, Espanha tinha ficado com o exclusivo de uma espécie que é um dos mais cobiçados troféus cinegéticos no lado de lá da fronteira. Cá também o era e foi por causa da caça que a cabra-montês acabou extinta.

Mas os acasos da natureza acabaram por vencer os interesses políticos. Em 1992, a Junta da Galiza tinha trazido da Reserva Nacional de Caça das Batuecas (Salamanca) quatro machos e oito fêmeas de cabra-montês para o Parque Natural do Invernadeiro, para iniciar um processo de reintrodução da espécie. Em 1997, esse núcleo de cabras era já composto por 70 exemplares. Dezoito foram transferidos, no ano seguinte, para o Parque Natural da Baixa Límia-Serra do Xurês. Cinco machos e 11 fêmeas ficaram num cercado em Salgueiros, mesmo junto à linha de fronteira com a Peneda-Gerês. Um macho e uma fêmea foram levados para um outro cercado na serra vizinha de Santa Eufémia, mas estes com o objectivo de poderem ser observados pelos visitantes daquele parque galego. Esta parelha gerou duas crias. Uma morreu logo a seguir. A outra e os progenitores acabaram por fugir. Foram esses três exemplares que Miguel Dantas da Gama observou mais tarde já no lado português.

Crescimento exponencial

Mais tarde, fugiram outras cabras do cercado de Salgueiros para a zona de Pitões das Júnias, no concelho de Montalegre. Em 2000 e 2001, com a população de cabras de Salgueiros em crescimento contínuo, os responsáveis do parque galego libertaram 25 exemplares no Xurês. Como os animais não têm fronteiras, as cabras foram penetrando em território português e tomando conta do seu espaço natural.

O facto de terem sido libertadas muitas fêmeas adultas tem favorecido o crescimento exponencial da espécie. Mas, a prazo, se não forem tomadas medidas, o sucesso desta reintrodução poderá ficar comprometido, porque as cabras tenderão a estender-se no território e a ocupar os mesmos espaços das cabras domésticas, o que pode ter consequências sanitárias nefastas. Um estudo realizado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa concluiu pela existência de habitats na área do parque nacional com condições para suportar 180 a 270 exemplares de cabra selvagem.

Na opinião de Miguel Dantas da Gama, o regresso das cabras "coloca questões que extravasam a problemática da própria espécie". "Embora reconhecendo-se que o regresso das cabras ao parque nacional é um grandioso fim em si mesmo, é também, e principalmente, um meio para atingir um fim muito maior: a recuperação, o correcto ordenamento e a salvaguarda da Peneda-Gerês, património natural de excepção onde se circunscreve um espaço vital para as cabras", escreve no seu livro A Cabra-Montês, da Extinção à Reintrodução - Um Novo Desafio (edição FAPAS), que acaba de publicar.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1346709

Em Outburo de 2008 segundo o Público haviam 300 exemplares, em Novembro o DN dizia que já existiam 400. Foi um mês puxado em nascimentos :lol::lol:
 

Seattle92

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Dois pontos relevantes em relação à notícia do post anterior:


Mais tarde, fugiram outras cabras do cercado de Salgueiros para a zona de Pitões das Júnias, no concelho de Montalegre

Pitões das Júnias já é do "lado de lá" da serra do Gerês. A existência da espécie na extremidade oriental do parque pode permitir que haja uma dispersão para o lado do Montesinho.


Um estudo realizado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa concluiu pela existência de habitats na área do parque nacional com condições para suportar 180 a 270 exemplares de cabra selvagem.

Se acham que existe um número óptimo que exemplares que não deve ser ultrapassado, seria uma boa oportunidade de se pensar em transferências para outras serra portuguesas.
Áreas onde existem lobos são locais óbvios: Montesinho, Marão, Alvão, assim como os últimos redutos do lobo a sul do Douro. Por outro lado também continuo a achar incrível que a nossa principal serra continue a ser um deserto autentico em termos de grandes mamíferos selvagens. A Serra da Estrela já merecia umas Capra pyrenaica ;)
 

Seattle92

Nimbostratus
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Parque Internacional Gerês/Xurés tem 400 cabras selvagens
02.11.2009
Lusa

O Parque Internacional luso-galaico Gerês/Xurés tem uma população de cabra selvagem pirenaica, da subespécie “Vitória”, calculada em mais de 400 animais, disse hoje fonte do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

O biólogo Henrique Carvalho adiantou que as cabras vagueiam livremente nos pontos mais altos dos rochedos graníticos numa zona entre o PNPG e o Parque galego do Xurés Baixo-Límia.

A sua população tem vindo a aumentar gradualmente, dada a ausência de predadores importantes, havendo já a possibilidade de ter chegado ao meio milhar.

A cabra foi reintroduzida em 1999, do lado galego - depois de aclimatada num cercado - tendo saltado a fronteira e criado raízes nos dois lados do território.

Além da cabra, o Parque Nacional português tem uma população de 60 lobos, divididos em cinco alcateias, os quais se alimentam, em regra, de pequenos mamíferos e, também, de gado doméstico, vacas e cavalos, já que estes pastam livremente pela montanha ao longo do ano.

Na área protegida está também a aumentar a população de corços, tal como sucede em toda a região norte, devido ao abandono da agricultura nas regiões serranas e à regressão da caça furtiva.

O corço, uma espécie cinegética que há alguns anos se encontrava em dificuldades, está agora - garante o especialista - em franca expansão na região norte, havendo populações em crescimento na zona do rio Douro internacional, em Bragança - no Parque Natural de Montesinho, na serra do Marão e noutras zonas montanhosas. “É um animal que come pequenas folhas e que não provoca a rejeição das populações”, sublinhou.

Henrique Carvalho acentua que o Parque está numa zona climática de transição entre o Atlântico e o Mediterrâneo, pelo que a sua fauna apresenta grande diversidade: “junta dois tipos zonas bio-climáticas, e, por isso, é muito rica em espécies de anfíbios, répteis, e mamíferos”, assinala.

A realização de um atlas da fauna e da flora comuns é uma das acções previstas num projecto comum de conservação do Parque Internacional já em curso entre a Junta da Galiza e o Instituto português da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), financiado por fundos comunitários, e que vai ser apresentado dia 12 de Novembro em Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha.

O responsável sublinha que a área protegida acolhe espécies de mamíferos como a marta e o arminho, bem como uma víbora que só existe serra do Gerês.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1407911
 

belem

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Sim, a Serra da Estrela é um autêntico gigante adormecido, tem extensões enormes desabitadas e um habitat que embora em algumas áreas seja regularmente afectado pelos fogos, está em clara recuperação. Já se vêem carvalhais a crescer e de forma surpreendentemente rápida.
Estudos recentes sobre a sua entomofauna, provaram que tem ecossistemas muito ricos e variados.
 

Pek

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Pek, tens ideia porque é que em relação ás camurças que existem no Invernadeiro não foi usada a mesma estratégia (ter algumas em cativeiro e ir soltando outras pelas serras do Invernadeiro)?

No, la verdad es que no lo sé. Supongo que estarán esperando a que su número en el cercado aumente notablemente para atreverse a soltarlos. En la zona hay una población de lobos muy importante que preda directa y preferentemente sobre ungulados silvestres. En el norte de España es muy típico que los lobos se alimenten de rebecos y controlen sus poblaciones. Supongo que temerán que si no sueltan un número muy elevado de ellos los lobos se los zampen en una semana :D

Por cierto, ahora que hablo de rebecos, he colgado un reportaje en el foro de Natureza e Viagens sobre una ruta en la que sale algún ejemplar de camurça

http://www.meteopt.com/forum/nature...e-gelado-parte-2-y-final-4971.html#post232565

En éste también

http://www.meteopt.com/forum/natureza-viagens/somiedo-ruta-2-alto-valle-de-somiedo-4921.html
 

Pek

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Sim, a Serra da Estrela é um autêntico gigante adormecido, tem extensões enormes desabitadas e um habitat que embora em algumas áreas seja regularmente afectado pelos fogos, está em clara recuperação. Já se vêem carvalhais a crescer e de forma surpreendentemente rápida.
Estudos recentes sobre a sua entomofauna, provaram que tem ecossistemas muito ricos e variados.

Sem dúvida é assim
 

Seattle92

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No, la verdad es que no lo sé. Supongo que estarán esperando a que su número en el cercado aumente notablemente para atreverse a soltarlos. En la zona hay una población de lobos muy importante que preda directa y preferentemente sobre ungulados silvestres. En el norte de España es muy típico que los lobos se alimenten de rebecos y controlen sus poblaciones. Supongo que temerán que si no sueltan un número muy elevado de ellos los lobos se los zampen en una semana :D

Pois, é possível. Só é pena terem feito umas transferências para a zona de caça. Se continuarem a fazer isso, não vão conseguir aumentar muito o seu número.


Por cierto, ahora que hablo de rebecos, he colgado un reportaje en el foro de Natureza e Viagens sobre una ruta en la que sale algún ejemplar de camurça

http://www.meteopt.com/forum/nature...e-gelado-parte-2-y-final-4971.html#post232565

En éste también

http://www.meteopt.com/forum/natureza-viagens/somiedo-ruta-2-alto-valle-de-somiedo-4921.html

Muito boas as fotos :thumbsup:
 

Pek

Cumulonimbus
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Pois, é possível. Só é pena terem feito umas transferências para a zona de caça. Se continuarem a fazer isso, não vão conseguir aumentar muito o seu número.

Muito boas as fotos :thumbsup:

Primero de todo, muchas gracias por el comentario :)

Y ahora, en referencia a lo de los rebecos tengo entendido que el último traslado se hizo en 2003 (entre 2002 y 2003 de 10 a 15 ejemplares). Parece que después de ese año no ha habido más.
 

Seattle92

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Ok, pode ser que daqui a alguns anos libertem alguns rebecos pelas serras do Invernadeiro, ou transfiram alguns para o Xurês, como fizeram com a cabra montês.