Boas noites
No hemisferio norte, á nossa latitude, destacam-se dois regimes convectivos, um regime primaveril nas zonas continentais, que acompanha o periodo de maior irradiação solar e um periodo outonal que se relaciona com o pico da SST.
Em Portugal continental os dois tipos estão representados .
Os fenomenos convectivos em Portugal estão associados a três grandes mecanismos de genese, sistemas frontais, depressões hibridas a SW/W ou cut-off´s.
Tanto as depressões hibridas como as cut-off´s, são sistemas que funcionam ao causar advecção tropical mais ou menos profunda sobre bolsas de ar mais frio em altura, causando instabilidade devido ao gradiente.
Já as trovoadas frontais originam-se a partir de sistemas frontais que criam grande forçamento vertical sobre uma area de advecção tropical....ainda relacionada com este tipo temos a instabilidade pós frontal, criada pela entrada de ar frio sobre o oceano ameno.
As trovoadas frontais/pós frontais são mais comuns no litoral W, sendo que é ai onde se concentra a energia termica nos periodos em que o pais está sob influencia das depressões extratropicais....Inverno portanto.
A convecção devida a sistemas de cut-off , ocorre no Outono e na Primavera, quando o calor latente associado ao frio em altura despoleta a instabilidade.
A convecção associada a ciclogeneses Atlanticas hibridas, é tipica do Outono, quando um cavado se forma, criando convecção que acaba desenvolvendo um sistema depressionario envolto em ar quente...lentamente o sistema vai cavando adquirindo linhas de instabilidade puramente convectiva e eventualmente tambem sistemas frontais que geram forcing vertical sobre a advecção tropical.
Em Portugal a convecção severa e a tornadogenese costuma ocorrer quando, em altura, se gera forte shear e areas divergentes, que tendem a tornar os fenomenos convectivos mais organizados, e eventualmente, caso haja muita energia nos niveis baixos e advecção de vorticiade/helicidade, podento causar a formação de supercelulas tornadogenicas.
Tambem no caso da formação de sistemas severos seria interessante estudar o efeito de algumas serras costeiras, que parecem incentivar picos de intensidade das células que as atravessam.
Outro post meu com o desenvolvimento desta ideia:
http://www.meteopt.com/forum/eventos-meteorologicos/tornados-em-portugal-780-11.html#post249522
.....................
A nivel regional, as caracteristicas mais continentais do interior NE, tornam essa zona numa zona em que a convecção ocorre preferencialmente na Primavera e inicio do Verão, quando os solos aquecem muito sob uma atmosfera ainda fria, e com algumas ocasiões de penetração de ar frio nos niveis altos.
Este tipo de convecção tem mostrado caracteristicas normalmente mesoescalares e por vezes supercelulares...a razão disto talvez seja devida á orografia...que dificulta a organização de sistemas rotativos mas tende a criar zonas de forte ascensão de ar.
Nesta zona a convecção durante o inverno é quase nula devido ás baixas temperaturas.
No interior sul a convecção ocorre com mais intensidade no Outono, quando ás temperaturas elevadas se associam areas de ar frio em altura ou zonas de divergencia associadas á chegada das perturbações do jet.
O interior sul tende a desenvolver sistemas de evolução rapida, em clusters, possivelmente devido á falta de relevo...o solo aquece e quando se inicia a convecção esta é rapida e virulenta.
Em situações de forte advecção tropical as células que veem do mar por vezes sofrem intensificação ao cruzar a linha de costa, devido a convergencia costeira e ás serras costeiras ( talvez tambem devido á existencia de ar previamente aquecido na camada limite)....a maioria das células tornadogenicas da região passam por este tipo de processo.
Nesta região a convecção de verão tende a ser inibida pela permanencia de subsidencia em altitude, ocorrendo nos periodos do inicio e fim do verão, quando a subsidencia é menor e o jet consegue exercer alguma influencia benefica nas condições em altitude...já no inverno esta é um pouco mais comum que nbo interior NE, já que o interior sul é mais quente e absorve melhor as entradas tropicais ( porser mais plano).
Nas regiões litorais e nas ilhas, a convecção tende a ser mais intensa no Outono, devido ao pico da SST, embora ocorra no Inverno e Primavera, com um segundo pico no inicio da Primavera possivelmente devido ao aumento da energia disponivel.
Normalmente é quer de origem frontal quer de origem em sistemas de cut-off ou hibridos...a convecção frontal pode ser muito intensa, organizando-se em clusters, enquanto a convecção por sistemas hibridos ou cut-off organiza-se em sistemas mesoescalares.
No verão e na Primavera a activiade é pequena quer devido á subsidencia em altura quer ao fraco aquecimento desta região face ao interior.
Realço tambem o efeito de "meso frente" que as brisas marinhas teem, que pode incentivar a convecção no interior ao agir como uma camada de ar fresco contra o qual embate o ar quente.....esta relação é complexa já que, caso a massa de ar fria penetre nas zonas de actividade de um modo directo, vai agir como um tampão, asfixiando a célula e matando-a em pouco tempo.
Deixo aqui um esboço preliminar que fiz após alguma pesquisa, e que define o que disse acima:

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No hemisferio norte, á nossa latitude, destacam-se dois regimes convectivos, um regime primaveril nas zonas continentais, que acompanha o periodo de maior irradiação solar e um periodo outonal que se relaciona com o pico da SST.
Em Portugal continental os dois tipos estão representados .
Os fenomenos convectivos em Portugal estão associados a três grandes mecanismos de genese, sistemas frontais, depressões hibridas a SW/W ou cut-off´s.
Tanto as depressões hibridas como as cut-off´s, são sistemas que funcionam ao causar advecção tropical mais ou menos profunda sobre bolsas de ar mais frio em altura, causando instabilidade devido ao gradiente.
Já as trovoadas frontais originam-se a partir de sistemas frontais que criam grande forçamento vertical sobre uma area de advecção tropical....ainda relacionada com este tipo temos a instabilidade pós frontal, criada pela entrada de ar frio sobre o oceano ameno.
As trovoadas frontais/pós frontais são mais comuns no litoral W, sendo que é ai onde se concentra a energia termica nos periodos em que o pais está sob influencia das depressões extratropicais....Inverno portanto.
A convecção devida a sistemas de cut-off , ocorre no Outono e na Primavera, quando o calor latente associado ao frio em altura despoleta a instabilidade.
A convecção associada a ciclogeneses Atlanticas hibridas, é tipica do Outono, quando um cavado se forma, criando convecção que acaba desenvolvendo um sistema depressionario envolto em ar quente...lentamente o sistema vai cavando adquirindo linhas de instabilidade puramente convectiva e eventualmente tambem sistemas frontais que geram forcing vertical sobre a advecção tropical.
Em Portugal a convecção severa e a tornadogenese costuma ocorrer quando, em altura, se gera forte shear e areas divergentes, que tendem a tornar os fenomenos convectivos mais organizados, e eventualmente, caso haja muita energia nos niveis baixos e advecção de vorticiade/helicidade, podento causar a formação de supercelulas tornadogenicas.
Tambem no caso da formação de sistemas severos seria interessante estudar o efeito de algumas serras costeiras, que parecem incentivar picos de intensidade das células que as atravessam.
Outro post meu com o desenvolvimento desta ideia:
http://www.meteopt.com/forum/eventos-meteorologicos/tornados-em-portugal-780-11.html#post249522
.....................
A nivel regional, as caracteristicas mais continentais do interior NE, tornam essa zona numa zona em que a convecção ocorre preferencialmente na Primavera e inicio do Verão, quando os solos aquecem muito sob uma atmosfera ainda fria, e com algumas ocasiões de penetração de ar frio nos niveis altos.
Este tipo de convecção tem mostrado caracteristicas normalmente mesoescalares e por vezes supercelulares...a razão disto talvez seja devida á orografia...que dificulta a organização de sistemas rotativos mas tende a criar zonas de forte ascensão de ar.
Nesta zona a convecção durante o inverno é quase nula devido ás baixas temperaturas.
No interior sul a convecção ocorre com mais intensidade no Outono, quando ás temperaturas elevadas se associam areas de ar frio em altura ou zonas de divergencia associadas á chegada das perturbações do jet.
O interior sul tende a desenvolver sistemas de evolução rapida, em clusters, possivelmente devido á falta de relevo...o solo aquece e quando se inicia a convecção esta é rapida e virulenta.
Em situações de forte advecção tropical as células que veem do mar por vezes sofrem intensificação ao cruzar a linha de costa, devido a convergencia costeira e ás serras costeiras ( talvez tambem devido á existencia de ar previamente aquecido na camada limite)....a maioria das células tornadogenicas da região passam por este tipo de processo.
Nesta região a convecção de verão tende a ser inibida pela permanencia de subsidencia em altitude, ocorrendo nos periodos do inicio e fim do verão, quando a subsidencia é menor e o jet consegue exercer alguma influencia benefica nas condições em altitude...já no inverno esta é um pouco mais comum que nbo interior NE, já que o interior sul é mais quente e absorve melhor as entradas tropicais ( porser mais plano).
Nas regiões litorais e nas ilhas, a convecção tende a ser mais intensa no Outono, devido ao pico da SST, embora ocorra no Inverno e Primavera, com um segundo pico no inicio da Primavera possivelmente devido ao aumento da energia disponivel.
Normalmente é quer de origem frontal quer de origem em sistemas de cut-off ou hibridos...a convecção frontal pode ser muito intensa, organizando-se em clusters, enquanto a convecção por sistemas hibridos ou cut-off organiza-se em sistemas mesoescalares.
No verão e na Primavera a activiade é pequena quer devido á subsidencia em altura quer ao fraco aquecimento desta região face ao interior.
Realço tambem o efeito de "meso frente" que as brisas marinhas teem, que pode incentivar a convecção no interior ao agir como uma camada de ar fresco contra o qual embate o ar quente.....esta relação é complexa já que, caso a massa de ar fria penetre nas zonas de actividade de um modo directo, vai agir como um tampão, asfixiando a célula e matando-a em pouco tempo.
Deixo aqui um esboço preliminar que fiz após alguma pesquisa, e que define o que disse acima:

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