Enquadramento
El Hierro é a mais ocidental e meridional das ilhas do arquipélago das Canárias, localizado no Atlântico junto à costa noroeste de África e a sul da Madeira. Tem 3 municípios, Valverde, Frontera e El Pinar. A população é de cerca de 10 mil pessoas, metade das quais vivem em Valverde, a capital administrativa no nordeste da ilha.
Fonte: Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
A formação das ilhas Canárias deu-se ao longo dos últimos 20 milhões de anos, e daqui a milhares ou milhões de anos provavelmente emergirá uma nova, Las Hijas, montanha submarina a sudoeste de El Hierro. As ilhas orientais são as mais antigas e as ocidentais as mais recentes.
Fonte: Miguel Bravo
Fonte: Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
Nas Canárias nos últimos 500 anos só se conhecem erupções em 4 ilhas, El Hierro, Lanzarote, Tenerife e La Palma.
Fonte: Gevic
El Hierro e La Palma são as ilhas geologicamente mais jovens das Canárias, o ponto quente/hotspot (nota: conceito de hotspot não é consensual na ciência) que deu origem às Canárias estará actualmente sob esta área. Mas apesar da juventude de El Hierro e das centenas de crateras e cones que possui, das quatro indicadas tem sido a menos activa nos últimos 500 anos. A última erupção em El Hierro terá sido há 218 anos, em 1793 em Lomo Negro, ponta noroeste da Ilha, embora subsistam algumas dúvidas a respeito, sabe-se por documentos da época que houve uma grande crise sísmica, mas não se tem a certeza absoluta se houve uma erupção, tal como outras no século XVII. Comprovadas foram erupções 550 A.C. e 950 A.C.
Local da suposta erupção de 1793 em Lomo Negro em El Hierro
Nas Canárias tem havido erupções mais recentes em outras ilhas, Teneguia (La Palma) em 1971, San Juan (La Palma) em 1949 ou Chinyero (Tenerife) em 1909. Entre Maio e Abril de 2004 houve uma crise sísmica (200 sismos) no Teide (Tenerife) que finalizou sem que tivesse ocorrido qualquer erupção.
Vídeo da erupção do Teneguia (La Palma) em 1971
A ilha El Hierro tem múltiplos centros vulcânicos, El Tinor 1,12 milhões anos e El Golfo, que era activo de 545 mil a 176 mil anos atrás. A ilha tem três grandes enseadas, El Julan, Las Playas e o impressionante El Golfo, resultantes de grandes deslizamentos de terra provocado por colapso gravitacional dos próprios vulcões da ilha.
Fonte: Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
El Golfo
Foto: MOISÉS PÉREZ
Mapa de alta resolução (clicar para aumentar)

Deslizamentos gravitacionais e Tsunamis
Os grandes deslizamentos de terra tem sido um importante processo na história geológica das ilhas Canárias. Há pelo menos 14 grandes deslizamentos identificados, e suspeitas de outros mais. A maior parte deles ocorreu no último milhão de anos, sendo o mais recente o ocorrido no flanco noroeste de El Hierro (El Golfo) há cerca de 15 mil anos atrás. O El Golfo actual será resultado de vários deslizamentos, um há cerca de 15 mil anos e outro há cerca de 130 mil .
Fonte: Giant Quaternary landslides in the evolution of La Palma and El Hierro, Canary Islands
El Hierro:
Fonte: Landslides and the evolution of El Hierro in the Canary Islands
Presume-se que alguns destes deslizamentos possam ter provocado "mega-tsunamis" com grande impacto em todo o Atlântico, embora até hoje não existam evidências concretas da sua ocorrência, o último grande deslizamento já foi há 15 mil anos.
Não é possível afirmar com certezas que geraram "megatsunamis" pois também não sabemos como ocorreram estas rupturas, se foi um processo catastrófico repentino ou se foi um processo faseado e mais lento. O tema é muito popular junto dos doomers, profetas do apocalipse, sobretudo depois de um estudo publicado em 2000 e dum docudrama da BBC chamado "End day" sobre o colapso do Cumbre Vieja em La Palma. O estudo foi muito criticado por outros cientistas por ter uns quantos erros.
De qualquer forma não é difícil de imaginar que possam de facto ter provocado grandes tsunamis, mas se os deslizamentos tem sido frequentes numa escala geológica, na nossa escala humana é uma coisa bastante improvável de acontecer, nem há indícios que aconteça nos tempos mais próximos. Num estudo publicado em 2006, em simulações de erupções determinou-se que seriam necessários uns 10 mil anos para o Cumbre Vieja de La Palma crescer o suficiente e se tornar instável para ocorrer um colapso, e mesmo que este ocorra não significa que caia de forma catastrófico no mar como se fosse um bloco.
Nota preventiva: O assunto dos megatsunamis é interessante e merece discussão mas neste tópico evitem colocar artigos ou vídeos de proveniência duvidosa ou docudramas sobre o assunto e de que Net está cheia. Doomers, Confraria de desiludidos do Elenin, brigada do Yellowstone, Katla mongers, Irmandade de Mayanos do 2012, mensageiros de Nibiru, viajantes do planeta X, possuidores de cérebro com campo magnético revertido, humanos com o nariz em alinhamento galáctico, caçadores de reptilianos e restantes classes de profetas do Apocalipse, não são bem vindos a este tópico ou fórum.
Um pequeno vídeo para ter uma ideia geral da ilha
Fontes/Bibliografia consultada:
- Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
- Gevic - Erupciones históricas en Canarias
- José Mangas Viñuela / The Canary Islands Hot Spot
- Wikipedia / El Hierro
- Volcanes de Canarias / Dossier especial
- Global Volcanism Program / El Hierro
- Eruptions / Earthquakes under El Hierro in the Canary Islands: What can we expect?
- Miguel Bravo[/SIZE]
- Volcano Live John Seach /Hierro Volcano
- Landslides and the evolution of El Hierro in the Canary Islands
- Giant Quaternary landslides in the evolution of La Palma and El Hierro, Canary Islands
- Slope failures on the flanks of the western Canary Islands
- Gravitational spreading controls rift zones and flank instability on El Hierro
A presente crise sísmica
A partir do dia 21 de Julho começaram a registar-se muitos sismos em El Hierro, alternando fases de dias mais activos e outras fases menos activas, mas sempre em número bem acima da actividade considerada normal na zona. Desde essa altura registaram-se mais de 8 mil sismos, a maioria de fraca intensidade e a profundidades entre os 8 e os 18km. Num vulcão antes de uma erupção a actividade sísmica normalmente aumenta devido ao movimento do magma e gases que provocam a fracturação de rocha e vibrações das fissuras. São normalmente muitos sismos e de magnitudes inferior a 2/3.
Na vigilância vulcânica são também usadas redes de estações GPS para detectar alterações de volume num vulcão, nomeadamente procuram-se deslocamentos horizontais e verticais provocados por entrada de material magmático no edifício vulcânico.
Rede de estações GPS do IGN:
Por exemplo, para compreenderem os gráficos, na imagem seguinte a estação FRON em Fronteira (El Hierro) aproximou-se (diminui a distância) cerca de 3,5 centímetros da estação LPAL em La Palma . Movimentos contrários são visíveis entre outras estações.
Fonte: IGN.es
Movimentos verticais não há para já nenhuma estação com dados na Net, mas o Instituto Volcanológico de Canarias tem publicado no seu facebook alguns dados que mostram deformação vertical também.
Nesta imagem é possível ver não só a deformação vertical (triângulos) como a horizontal (setas) e dá a sensação que a inflação de volume ("inchamento") se está a dar na parte sul/sudoeste do edifício vulcânico.
Fonte: Instituto Volcanológico de Canarias
Para além dos sismos e GPS, na vigilância sísmica monitoriza-se a emissão de gases com estações geoquímicas. E também estas tem registado anomalias, um aumento do CO2 por exemplo, embora pouco significativo para já.
O que esperar
Fonte: Volcanes de Canarias / Dossier especial
Para já, não parece muito iminente uma erupção. Os sismos mantém-se a uma profundidade grande e quando se está na iminência duma erupção a actividade sísmica normalmente começa a migrar para profundidades menores, sinal de que o magma conseguiu encontrar ou forçar uma zona por onde subir, fase em começam a ocorrer sismos mais próximos da superfície e que são mais sentidos pela própria população, até aqui dos mais de 8 mil registados os sentidos foram cerca de 50.
Curiosamente nos últimos dias até sucedeu o inverso do que se esperaria, a maioria dos sismos passou a ocorrer a uma profundidade maior (e mais a sul). Difícil de saber o que se passa nas entranhas da Terra.
Nas próximas semanas logo se verá se a crise cessa ou culmina numa erupção. A maioria dos especialistas acha que a ocorrer uma erupção ela será do tipo estromboliana e não muito explosiva, algo semelhante à erupção do Teneguía (La Palma) em 1971, mas isso é uma coisa que nunca se sabe com certezas.
Links úteis
- IGN Sismogramas
- IGN Sismogramas (c/ histórico)
- IGN Sismos últimos 10 dias
- IGN Sismos Localização e profundidade
- IGN GPS Deformação
- IGN Sismos Histogramas
- IGN Sismos Energia acumulada
- AVCAN (Actualidad Volcánica de Canarias)
- INVOLCAN (Instituto Volcanológico de Canarias)
- Emergencias El Hierro (Protecção civil)
- Gobierno de Canarias
- Diario El Hierro (Media)
- El Hierro Digital (Media)
- Diario de Avisos (Media)
El Hierro é a mais ocidental e meridional das ilhas do arquipélago das Canárias, localizado no Atlântico junto à costa noroeste de África e a sul da Madeira. Tem 3 municípios, Valverde, Frontera e El Pinar. A população é de cerca de 10 mil pessoas, metade das quais vivem em Valverde, a capital administrativa no nordeste da ilha.


Fonte: Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
A formação das ilhas Canárias deu-se ao longo dos últimos 20 milhões de anos, e daqui a milhares ou milhões de anos provavelmente emergirá uma nova, Las Hijas, montanha submarina a sudoeste de El Hierro. As ilhas orientais são as mais antigas e as ocidentais as mais recentes.

Fonte: Miguel Bravo

Fonte: Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
Nas Canárias nos últimos 500 anos só se conhecem erupções em 4 ilhas, El Hierro, Lanzarote, Tenerife e La Palma.

Fonte: Gevic

El Hierro e La Palma são as ilhas geologicamente mais jovens das Canárias, o ponto quente/hotspot (nota: conceito de hotspot não é consensual na ciência) que deu origem às Canárias estará actualmente sob esta área. Mas apesar da juventude de El Hierro e das centenas de crateras e cones que possui, das quatro indicadas tem sido a menos activa nos últimos 500 anos. A última erupção em El Hierro terá sido há 218 anos, em 1793 em Lomo Negro, ponta noroeste da Ilha, embora subsistam algumas dúvidas a respeito, sabe-se por documentos da época que houve uma grande crise sísmica, mas não se tem a certeza absoluta se houve uma erupção, tal como outras no século XVII. Comprovadas foram erupções 550 A.C. e 950 A.C.
Local da suposta erupção de 1793 em Lomo Negro em El Hierro

Nas Canárias tem havido erupções mais recentes em outras ilhas, Teneguia (La Palma) em 1971, San Juan (La Palma) em 1949 ou Chinyero (Tenerife) em 1909. Entre Maio e Abril de 2004 houve uma crise sísmica (200 sismos) no Teide (Tenerife) que finalizou sem que tivesse ocorrido qualquer erupção.
Vídeo da erupção do Teneguia (La Palma) em 1971
A ilha El Hierro tem múltiplos centros vulcânicos, El Tinor 1,12 milhões anos e El Golfo, que era activo de 545 mil a 176 mil anos atrás. A ilha tem três grandes enseadas, El Julan, Las Playas e o impressionante El Golfo, resultantes de grandes deslizamentos de terra provocado por colapso gravitacional dos próprios vulcões da ilha.

Fonte: Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
El Golfo

Foto: MOISÉS PÉREZ
Mapa de alta resolução (clicar para aumentar)

Deslizamentos gravitacionais e Tsunamis
Os grandes deslizamentos de terra tem sido um importante processo na história geológica das ilhas Canárias. Há pelo menos 14 grandes deslizamentos identificados, e suspeitas de outros mais. A maior parte deles ocorreu no último milhão de anos, sendo o mais recente o ocorrido no flanco noroeste de El Hierro (El Golfo) há cerca de 15 mil anos atrás. O El Golfo actual será resultado de vários deslizamentos, um há cerca de 15 mil anos e outro há cerca de 130 mil .

Fonte: Giant Quaternary landslides in the evolution of La Palma and El Hierro, Canary Islands
El Hierro:



Fonte: Landslides and the evolution of El Hierro in the Canary Islands
Presume-se que alguns destes deslizamentos possam ter provocado "mega-tsunamis" com grande impacto em todo o Atlântico, embora até hoje não existam evidências concretas da sua ocorrência, o último grande deslizamento já foi há 15 mil anos.
Não é possível afirmar com certezas que geraram "megatsunamis" pois também não sabemos como ocorreram estas rupturas, se foi um processo catastrófico repentino ou se foi um processo faseado e mais lento. O tema é muito popular junto dos doomers, profetas do apocalipse, sobretudo depois de um estudo publicado em 2000 e dum docudrama da BBC chamado "End day" sobre o colapso do Cumbre Vieja em La Palma. O estudo foi muito criticado por outros cientistas por ter uns quantos erros.
De qualquer forma não é difícil de imaginar que possam de facto ter provocado grandes tsunamis, mas se os deslizamentos tem sido frequentes numa escala geológica, na nossa escala humana é uma coisa bastante improvável de acontecer, nem há indícios que aconteça nos tempos mais próximos. Num estudo publicado em 2006, em simulações de erupções determinou-se que seriam necessários uns 10 mil anos para o Cumbre Vieja de La Palma crescer o suficiente e se tornar instável para ocorrer um colapso, e mesmo que este ocorra não significa que caia de forma catastrófico no mar como se fosse um bloco.
Nota preventiva: O assunto dos megatsunamis é interessante e merece discussão mas neste tópico evitem colocar artigos ou vídeos de proveniência duvidosa ou docudramas sobre o assunto e de que Net está cheia. Doomers, Confraria de desiludidos do Elenin, brigada do Yellowstone, Katla mongers, Irmandade de Mayanos do 2012, mensageiros de Nibiru, viajantes do planeta X, possuidores de cérebro com campo magnético revertido, humanos com o nariz em alinhamento galáctico, caçadores de reptilianos e restantes classes de profetas do Apocalipse, não são bem vindos a este tópico ou fórum.
Um pequeno vídeo para ter uma ideia geral da ilha
Fontes/Bibliografia consultada:
- Geology and Volcanology of La Palma and El Hierro, Western Canaries
- Gevic - Erupciones históricas en Canarias
- José Mangas Viñuela / The Canary Islands Hot Spot
- Wikipedia / El Hierro
- Volcanes de Canarias / Dossier especial
- Global Volcanism Program / El Hierro
- Eruptions / Earthquakes under El Hierro in the Canary Islands: What can we expect?
- Miguel Bravo[/SIZE]
- Volcano Live John Seach /Hierro Volcano
- Landslides and the evolution of El Hierro in the Canary Islands
- Giant Quaternary landslides in the evolution of La Palma and El Hierro, Canary Islands
- Slope failures on the flanks of the western Canary Islands
- Gravitational spreading controls rift zones and flank instability on El Hierro
A presente crise sísmica
A partir do dia 21 de Julho começaram a registar-se muitos sismos em El Hierro, alternando fases de dias mais activos e outras fases menos activas, mas sempre em número bem acima da actividade considerada normal na zona. Desde essa altura registaram-se mais de 8 mil sismos, a maioria de fraca intensidade e a profundidades entre os 8 e os 18km. Num vulcão antes de uma erupção a actividade sísmica normalmente aumenta devido ao movimento do magma e gases que provocam a fracturação de rocha e vibrações das fissuras. São normalmente muitos sismos e de magnitudes inferior a 2/3.

Na vigilância vulcânica são também usadas redes de estações GPS para detectar alterações de volume num vulcão, nomeadamente procuram-se deslocamentos horizontais e verticais provocados por entrada de material magmático no edifício vulcânico.
Rede de estações GPS do IGN:

Por exemplo, para compreenderem os gráficos, na imagem seguinte a estação FRON em Fronteira (El Hierro) aproximou-se (diminui a distância) cerca de 3,5 centímetros da estação LPAL em La Palma . Movimentos contrários são visíveis entre outras estações.

Fonte: IGN.es
Movimentos verticais não há para já nenhuma estação com dados na Net, mas o Instituto Volcanológico de Canarias tem publicado no seu facebook alguns dados que mostram deformação vertical também.
Nesta imagem é possível ver não só a deformação vertical (triângulos) como a horizontal (setas) e dá a sensação que a inflação de volume ("inchamento") se está a dar na parte sul/sudoeste do edifício vulcânico.

Fonte: Instituto Volcanológico de Canarias
Para além dos sismos e GPS, na vigilância sísmica monitoriza-se a emissão de gases com estações geoquímicas. E também estas tem registado anomalias, um aumento do CO2 por exemplo, embora pouco significativo para já.
O que esperar

Fonte: Volcanes de Canarias / Dossier especial
Para já, não parece muito iminente uma erupção. Os sismos mantém-se a uma profundidade grande e quando se está na iminência duma erupção a actividade sísmica normalmente começa a migrar para profundidades menores, sinal de que o magma conseguiu encontrar ou forçar uma zona por onde subir, fase em começam a ocorrer sismos mais próximos da superfície e que são mais sentidos pela própria população, até aqui dos mais de 8 mil registados os sentidos foram cerca de 50.
Curiosamente nos últimos dias até sucedeu o inverso do que se esperaria, a maioria dos sismos passou a ocorrer a uma profundidade maior (e mais a sul). Difícil de saber o que se passa nas entranhas da Terra.

Nas próximas semanas logo se verá se a crise cessa ou culmina numa erupção. A maioria dos especialistas acha que a ocorrer uma erupção ela será do tipo estromboliana e não muito explosiva, algo semelhante à erupção do Teneguía (La Palma) em 1971, mas isso é uma coisa que nunca se sabe com certezas.
Links úteis
- IGN Sismogramas
- IGN Sismogramas (c/ histórico)
- IGN Sismos últimos 10 dias
- IGN Sismos Localização e profundidade
- IGN GPS Deformação
- IGN Sismos Histogramas
- IGN Sismos Energia acumulada
- AVCAN (Actualidad Volcánica de Canarias)
- INVOLCAN (Instituto Volcanológico de Canarias)
- Emergencias El Hierro (Protecção civil)
- Gobierno de Canarias
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