Olá 4ESTAÇÕES!
Como deves calcular a "nossa" área (em conjunto com muitas outras) tem as saídas bastante condicionadas, pelo menos numa perspectiva clássica do mercado de trabalho, em que todos os "
moguistas" saíriam do curso em direcção à sede do IPMA para uma vida de meteorologista.
Não quero com isto dizer que não possa acontecer, mas para ser honesto, no meu percurso académico (que já dura há 6 anos), os únicos colegas que vi efectivamente a saírem para o IPMA (ou para institutos em geral) foi em vínculos de estágio e nada mais. Nesta área o que acontece na maioria dos casos daqueles que efectivamente seguem o percurso até um grau avançado (mestrado/doutoramento) é seguirem uma vida de investigador universitário, pelo menos nos primeiros tempos. Oportunidades podem surgir posteriormente, quer em Portugal quer no estrangeiro, mas como não são muito frequentes, o trabalho de investigador dá para ocupar o tempo e formar, preenchendo os buracos resultantes dessa escassez de saídas, até que algo melhor surja.
No fundo a mensagem que pretendo passar é que não é fácil, se a perspectiva for estudar e saír automaticamente para uma outra instituição ou empresa (especialmente em Portugal), mas a verdade é que as pessoas acabam sempre por encontrar o que fazer, dentro daquilo que querem, que lhes é possível, ou que a universidade / institutos têm para oferecer. Parado ninguém fica, e pessoalmente não tenho razão de queixa (sou investigador / estudante de doutoramento).
Quanto ao curso de MOG, é interessante, sem dúvida, mas talvez demasiado geral, pelo que uma pessoa deve ir preparada para fazer algo mais (mestrado) se quer vir a fazer alguma coisa na área. No ano passado uma entidade avaliadora deslocou-se à FCUL para ouvir os alunos e nessa perspectiva foram feitas algumas queixas, pelo que é possível que a situação agora esteja melhor (no que toca à supressão de cadeiras desnecessárias, adição de novas, possibilidade de fazer cadeiras externas...).
Para terminar, quanto às pessoas, tudo na maior. Nunca tive problemas e sempre foram todos muito simpáticos, quer a nível de estudantes quer a nível de docentes. Claro que existem sempre aquelas pontualidades e aqueles professores/as que não lembram ao menino Jesus, mas nada que desmotive face ao grande orgulho de ser "
moguista" e de estudar aquilo que se gosta.