Energias renováveis abastecem o país há seis dias

Mário Barros

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Energias renováveis abastecem o país há seis dias
Desde o dia 27 que as necessidades energéticas têm sido satisfeitas quase a 100% pelas eólicas e pelas barragens. O mau tempo está a ser benéfico para o sector elétrico.

Desde o dia 27 de março que Portugal é abastecido por eletricidade produzida quase exclusivamente por fontes renováveis.

Dados divulgados pela REN - Redes Energéticas de Portugal mostram que as eólicas e as barragens estão a beneficiar do mau tempo que tem assolado o país e que está a dispensar por completo as centrais térmicas a gás natural.

No dia 1 de abril, por exemplo, dos 124,7 gigawatts hora (GWh) consumidos, apenas 3,8 GWh tiveram origem nas centrais térmicas a carvão. Só as eólicas injetaram no sistema elétrico nacional 65,8 GWh durante o primeiro dia de abril.

Já por ocasião do temporal registado na noite de 18 para 19 de janeiro deste ano tinha havido uma produção considerada "excecional" de eletricidade como origem em fontes renováveis (55% do consumo ocorrido nessa data), por alguns especialistas em energia. O que não é normal, segundo as mesmas fontes, é estarmos já no sexto dia consecutivo (27 de março a 1 de abril) com o sistema eletroprodutor quase 100% assente em fontes de energia renováveis, com destaque para as eólicas e para as barragens.

Outra nota de destaque vai para o facto de em todos esses dias Portugal ter produzido mais do que necessitava para consumo interno, o que acabou por resultar num incremento das exportações de eletricidade.



http://www.centrodeinformacao.ren.pt/PT/InformacaoExploracao/Paginas/EstatisticaDiariaDiagrama.aspx

Expresso

Pena tudo isto ser um esquema manhoso, se não certamente o preço da electricidade iria descer :unsure:.
 
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AnDré

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Energias renováveis abastecem o país há seis dias


Pena tudo isto ser um esquema manhoso, se não certamente o preço da electricidade iria descer :unsure:.

Basicamente, pagas balurdios pelas PREs, não deixas entrar a hidrica, que poderia ser bem mais do que aquela que aparece aí, e toda aquela exportação foi a preço 0€!

Portanto, um óptimo negócio para Portugal. :disgust:
 

Paulo H

Cumulonimbus
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Devia ser uma boa notícia, mas vai ser desastroso para o estado.. Uma vez que pagamos mais se a energia tiver sido produzida nas energias renováveis e isso vai refletir-se nas contas do estado e nas faturas certamente!
 

Mário Barros

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Portugal está a produzir mais energia do que precisa
Crise reduziu o consumo mas oferta manteve-se.

Portugal está a produzir excesso de energia, sobretudo eléctrica, devido à redução do consumo no actual momento de crise económica, disse nesta sexta-feira à Lusa o director geral da Adene - Agência para a Energia, Filipe Vasconcelos.

“Nós, hoje, temos um problema de excesso de oferta de energia por redução de consumo. Produz-se mais energia do que [aquela] que necessitamos [e, por isso,] devemos compatibilizar essa oferta também procurando um utilização mais racional da energia que temos”, sustentou.

Essa situação verifica-se “sobretudo na parte eléctrica”, uma vez que “o consumo, também devido ao contexto macroeconómico, reduziu e, portanto, temos uma produção muito elevada face às nossas necessidades”, salientou Filipe Vasconcelos.

O responsável pela Agência para a Energia defendeu que essa realidade não será incompatível com a competitividade das energias renováveis.

“Elas podem ser competitivas, ajustando-se o preço de entrada em mercado” sem que tenham de “onerar as tarifas” e, “mais do que os contribuintes, os consumidores” de energia, frisou.

A aposta “tem que ser feita em energias renováveis maduras, em tecnologias que possam competir no mercado com tecnologias fósseis” e, ao mesmo tempo, “encaminhar aquelas que ainda estão em evolução para instrumentos de investigação e desenvolvimento”, uma ideia que está, de resto, presente no Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis para o período 2013-2020, que foi aprovado em Conselho de Ministros no final de Fevereiro.

As declarações de Filipe Vasconcelos foram realizadas à margem das XXII Jornadas do Ambiente promovidas pela Quercus – Associação Nacional da Conservação da Natureza, que teve lugar em Fátima.

Público

Gosto destes luxos...
 

hfernandes

Cirrus
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27 Ago 2012
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Dizer que houve falta de visão estratégica nacional na redação da regulamentação das PRE's é pouco... o interesse nacional foi nulo e o interesse em ganhar dinheiro 'à pala' do estado foi máximo.

Basicamente, o estado compra em renda fixa e vende em preço de mercado. Com o excesso de licenças só podia dar nisto, vender a 0€. E chamar isto de incentivo às PRE's...!!

O Mibel e a crescente capacidade de interligação com Espanha torna esta situação quase anedótica.