Neste momento, aparentemente, é um receio dos técnicos do IPMA. E pode vir do
governo regional, sendo que o processo começaria pela vigilância sismológica. Não acho as preocupações infundadas ao mesmo tempo que desconheço os motivos (mas desconfio).
A nível de sismologia, faz sentido haver um certo de tipo de fusão, não faz sentido termos duas entidades independentes a monitorizar a sismologia nos Açores, são duas redes sísmicas que em conjunto funcionam muito melhor do que separadas, isto porque em sismologia, quanto mais estações sísmicas registarem um sismo, mais eficaz será o cálculo do epicentro, magnitude, etc. Vejo muitas vezes uma entidade a publicar um sismo, e a outra entidade não publica, isto acontece porque em eventos mais fracos onde a cobertura sísmica não é a melhor, algumas estações só registam ondas de pequena amplitude, o que não permite um cálculo sísmico (Por isso é que nos catálogos sísmicos do IPMA, vê-se por vezes dezenas de eventos sem epicentro, em que só registaram ondas P, ou então não possuem dados de estações suficientes para criar uma triangulação).
Actualmente e pelo que tenho conhecimento, o IPMA não tem acesso à rede sísmica do CVARG e provavelmente o CVARG só tem acesso a uma estação do IPMA que partilha os dados com a IRIS, numa rede de 24 estações localizadas nos Açores.
E depois não faz sentido um açoriano que sinta um sismo responder a 2 questionários, um do IPMA e outro do CVARG..mais uma vez, quanto maior for o feedback, melhor será o estudo do evento.
Mas acho que com a fusão, o público em geral não irá ter acesso a mais informações sobre a sismicidade nos Açores do que uma mera tabela, isto porque o CVARG/CIVISA teima em ter uma política de não partilha de dados.
Já o IPMA, partilha o que tem..mas a última actualização foi em Dezembro....
http://www.ipma.pt/pt/publicacoes/boletins.jsp?cmbDep=sis&cmbTema=bsi&idDep=sis&idTema=bsi&curAno=-1