Lobo Ibérico



belem

Cumulonimbus
Registo
10 Out 2007
Mensagens
4,465
Local
Sintra/Carcavelos/Óbidos

james

Cumulonimbus
Registo
16 Set 2011
Mensagens
4,541
Local
Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
A população de lobos está estável e, muito importante, está a expandir - se para novos territórios a norte do Douro.
Trás - Os - Montes já tem uma população relativamente bem distribuída e no Minho, já existe pelo menos uma alcateia consolidada, que reapareceu no seu antigo território da Serra d 'Arga, já muito perto do mar. E também há indícios do aparecimento esporádico de lobos nas serras mais a sul do Minho, as serras da Cabreira e Lameira.

A sul do Douro, a situação e crítica ( em especial pela falta de alimento, no Norte há mais presas naturais) , embora haja alguma esperança com os lobos que reapareceram no planalto de Almeida.


P.S. Pessoalmente, não tenho dúvidas que o lobo, tendo essa opção, prefere as suas presas naturais Do que gado doméstico.
Basta ver que a zona onde mais lobos existe em Portugal ( e com abundância de presas naturais), que é a Terra fria transmontana, e , paradoxalmente, provavelmente, a região onde menos se ouve falar de ataques de lobos.
 
Última edição:
  • Gosto
Reactions: lreis e Pedro1993

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,820
Local
Menorca
Varios puntos para entender la distribución y abundancia del lobo en España. A ver si no me dejo nada, pongo arriba la versión oficial y abajo la valoración verdadero-falso de cada uno de los puntos:


VERSIÓN OFICIAL

1. Población oficial de unos 2000 lobos distribuidos en unas 254 manadas o grupos familiares
2. Distribución geográfica:

mapa-del-llop.jpg

3. Visita de lobos aislados de origen italiano a los Pirineos Orientales.
4. Población aislada en Sierra Morena de unos 40-50 individuos en unas 5-6 manadas
5. Aumento del número de individuos
6. Aumento paulatino del territorio ocupado

REALIDAD

1. Desconocido. Falta un censo REAL actualizado.
2. Mayormente verdadero aunque algo anticuado. Aumento del área de distribución en ciertas zonas del Sistema Central e Ibérico. El lobo vuelve a reproducirse en el entorno de mi pueblo de Madrid (Valle del Lozoya) tras más de 60 años sin hacerlo. Sobran las poblaciones de Sierra Morena en el mapa, muy probablemente al borde de la desaparición real.
3. Verdadero. No obstante en los últimos años el número de nuevas citas ha ido disminuyendo.
4. Falso. Población con casi total seguridad extinta o al menos desmantelada y muy probablemente hibridada. No ha habido interés real para conservar y fomentar esa población.
5. Falso. Esa afirmación viene fundamentada en las sobreestimaciones de algunos censos "oficiales" autonómicos (Castilla y León fundamentalmente), sin indicar metodología. La realidad es que son censos que buscan justificar el aumento de los cupos de caza del lobo y la eliminación del mismo en ciertas zonas fruto de las presiones ganaderas (incluso en zonas al sur del Duero donde está estrictamente protegido).
6. Verdadero, aunque su expansión norteña (que eventualmente pudiera conectar con los individuos aislados italianos que aparecen por los Pirineos) se está viendo limitada en el área de los Montes Vascos y el Sistema Ibérico Norte básicamente porque matan todos los que ven impidiendo su recolonización natural. Particularmente sangrante es el caso vasco, donde prácticamente la propia administración elimina cada individuo que aparece procedente de Burgos (donde se cazan). Por ello hace poco ha surgido una iniciativa para solicitar la inclusión del lobo en el Catálogo Vasco de Especies Amenazadas: https://www.change.org/p/incluyan-al-lobo-en-el-catálogo-vasco-de-especies-amenazadas

Esto pasa en el País Vasco y la Administración lo permite fomenta e incluso ejecuta. Imagen de 2014:

lobo.jpg


:angry::angry:

Otro día comento los problemas relacionados con la caza, los cupos, los ganaderos, los ataques a ganado, los pagos de ese ganado atacado, la administración, los intereses de algunos gupos por el dinero de los fondos de conservación... Los perjuicios de la ausencia o escaso número de lobos: epizootias en el ganado fruto del contagio de los herbívoros silvestres (que sufren esas mismas epizootias) por su excesivo número al haber ausencia de depredadores, destrucción de la vegetación por la misma causa, especies en declive por falta de una cadena trófica bien estructurada ... Y los beneficios: turismo lobero, desarrollo económico...
 

belem

Cumulonimbus
Registo
10 Out 2007
Mensagens
4,465
Local
Sintra/Carcavelos/Óbidos
A população de lobos está estável e, muito importante, está a expandir - se para novos territórios a norte do Douro.
Trás - Os - Montes já tem uma população relativamente bem distribuída e no Minho, já existe pelo menos uma alcateia consolidada, que reapareceu no seu antigo território da Serra d 'Arga, já muito perto do mar. E também há indícios do aparecimento esporádico de lobos nas serras mais a sul do Minho, as serras da Cabreira e Lameira.

A sul do Douro, a situação e crítica ( em especial pela falta de alimento, no Norte há mais presas naturais) , embora haja alguma esperança com os lobos que reapareceram no planalto de Almeida.


P.S. Pessoalmente, não tenho dúvidas que o lobo, tendo essa opção, prefere as suas presas naturais Do que gado doméstico.
Basta ver que a zona onde mais lobos existe em Portugal ( e com abundância de presas naturais), que é a Terra fria transmontana, e , paradoxalmente, provavelmente, a região onde menos se ouve falar de ataques de lobos.

Em conversa com alguns locais da Serra da Cabreira, confessaram-me que há lobos na Serra e até já tiveram que receber indemnizações do estado, por terem perdido alguns potros para os lobos.
Mas eles compreendem e aceitam a presença do lobo. É como se fosse parte integrante da vida deles e das serras onde vivem.
 

boneli

Nimbostratus
Registo
12 Jan 2008
Mensagens
871
Local
Braga. Lomar
Relativamente ao Lobo e como já foi dito aqui é importante fazer um novo senso articulado com Espanha para perceber onde de facto a sua população regrediu e aumentou.
Eu continuo convicto e por informações de colegas biólogos que cá em Portugal a população está estável tendo mesmo aumentado.
Na Serra da Cabreira de facto existe mais do que uma alcateia.
Relativamente à Serra de Arga tenho as minhas dúvidas....este verão os incêndios devastaram uma grande área daquela Serra...estamos a falar de mais de 20%.
 

lreis

Cumulus
Registo
22 Dez 2010
Mensagens
185
Local
Lisboa
.
Na Serra da Cabreira de facto existe mais do que uma alcateia.
Relativamente à Serra de Arga tenho as minhas dúvidas....este verão os incêndios devastaram uma grande área daquela Serra...estamos a falar de mais de 20%.

Apesar de alguma incerteza, estas últimas noticias são positivas, tanto a Norte como a sul do Douro.
Não sei há quanto tempo está identificada a alcateia na serra da Cabreira, mas tendo em conta a situação do lobo no planalto de Montalegre (estabilizada, segundo tenho lido), o bom habitat que esta serra representa, aliado ao facto de existirem presas naturais, parece-me algo quase inevitável...
A serra da Cabreira é grande e com variação acentuada de coberto de solo. A zona junto a Vieira do Minho, a poente, encontra-se bastante desflorestada, enquanto a zona a nascente e norte de Cabeceiras ainda tem umas manchas florestais de povoamentos mistos e puros de resinosas de altitude, algumas delas com dimensão apreciável. Comparativamente com a serra de Arga existe uma diferença assinalável do grau de coberto florestal.
Face no entanto um reparo, o "grosso" da desflorestação por incêndios na serra de Arga, já vem dos anos 90, senão mesmo dantes: toda a zona central, a norte da lagoa de Bretiandos, e a sul de Vieira e Monte Crasto encontra-se desflorestada quase na totalidade há cerca de 20 anos.
O que ardeu na região nos últimos anos, foram manchas de dimensão considerável, com muito pinheiro bravo, na confrontação entre as zonas Norte (interface "Vieira e Monte Crasto" e "Serra de Arga", já pertencentes ao concelho de Caminha e VN Cerveira) até à auto estrada para Valença.
Segundo tenho lido, na zona nuclear da serra de Arga ( a sul da acima referida e há longos desflorestada) tem sido detetada a presença de lobo ao longo da última década.
 
  • Gosto
Reactions: StormRic

james

Cumulonimbus
Registo
16 Set 2011
Mensagens
4,541
Local
Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Apesar de alguma incerteza, estas últimas noticias são positivas, tanto a Norte como a sul do Douro.
Não sei há quanto tempo está identificada a alcateia na serra da Cabreira, mas tendo em conta a situação do lobo no planalto de Montalegre (estabilizada, segundo tenho lido), o bom habitat que esta serra representa, aliado ao facto de existirem presas naturais, parece-me algo quase inevitável...
A serra da Cabreira é grande e com variação acentuada de coberto de solo. A zona junto a Vieira do Minho, a poente, encontra-se bastante desflorestada, enquanto a zona a nascente e norte de Cabeceiras ainda tem umas manchas florestais de povoamentos mistos e puros de resinosas de altitude, algumas delas com dimensão apreciável. Comparativamente com a serra de Arga existe uma diferença assinalável do grau de coberto florestal.
Face no entanto um reparo, o "grosso" da desflorestação por incêndios na serra de Arga, já vem dos anos 90, senão mesmo dantes: toda a zona central, a norte da lagoa de Bretiandos, e a sul de Vieira e Monte Crasto encontra-se desflorestada quase na totalidade há cerca de 20 anos.
O que ardeu na região nos últimos anos, foram manchas de dimensão considerável, com muito pinheiro bravo, na confrontação entre as zonas Norte (interface "Vieira e Monte Crasto" e "Serra de Arga", já pertencentes ao concelho de Caminha e VN Cerveira) até à auto estrada para Valença.
Segundo tenho lido, na zona nuclear da serra de Arga ( a sul da acima referida e há longos desflorestada) tem sido detetada a presença de lobo ao longo da última década.


Atenção, não nos podemos esquecer da zona mais oriental da Serra d' Arga, abrangendo o concelho de Paredes de Coura ( e com a ramificação do Corno do Bico, que é uma extensão da Serra d' Arga, na prática) e parte do concelho de Ponte de Lima, que tem ainda, felizmente, uma extraordinária biodiversidade floristica e faunistica.
 

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Plano de Ação para a Conservação do lobo-ibérico em Portugal

Plano de Ação para a Conservação do lobo-ibérico em Portugal em auscultação pública entre 20 de novembro e 11 de dezembro de 2015.

O Lobo ibérico apresenta em Portugal, o estatuto de ameaça de EM PERIGO. À semelhança do que acontece em grande parte da área de distribuição mundial desta espécie, também no nosso país a conservação do lobo dependerá da adoção de medidas que assegurem a sua coexistência com as atividades humanas.

Como tal, através de um processo participativo que procurou contar com o contributo de todas as entidades, públicas e privadas, cuja atuação possa ter influência direta na conservação desta espécie, procedeu-se à elaboração do Plano de Ação para a Conservação do Lobo-ibérico no qual são identificadas as ações necessárias para promover um melhor conhecimento da espécie bem como as medidas que potenciarão uma correta articulação entre as diversas atividades desenvolvidas no território e os requisitos necessários para a conservação da mesma.

http://www.icnf.pt/portal/icnf/noti...ara-a-conservacao-do-lobo-iberico-em-portugal
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,820
Local
Menorca
Buenas noticias por las recientes muestras de presencia de lobos en lugares de la provincia de Guadalajara bastante más al sur de las zonas habituales.

http://www.guadaque.com/campo-guada...nte-atropellada-en-carrascosa-de-henares.html

Se trata de un área puente entre los habituales entornos del Sistema Central y las áreas propicias del Alto Tajo, Montes Universales y la Serranía de Cuenca. A ver si, poco a poco, se confirma el establecimiento de grupos reproductores en estas zonas tan favorables para la especie (probablemente las de mayor similitud paisajística con la meseta de Yellowstone de toda la Península) con grandes bosques de Pinus sylvestris y Pinus nigra:

Vista de principios de verano:

Alto-Tajo-polje.jpg


Vista de finales de otoño:

640px-Vega_del_Tajo.JPG



Áreas cercanas a finales de la primavera:

3906170.jpg


Nota: Esa zona es donde se encuentran algunos de los notables polos del frío ibérico, con temperaturas mínimas muy bajas, que alguna vez han salido en este foro.
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,820
Local
Menorca
El lobo está a 27 km de Madrid

480


Lobos en Madrid. Vídeo de Sergio González.


"El lobo podría asentarse en El Pardo", aún más cerca de la capital, dice un experto

La especie iba al exterminio en España, pero ha crecido un 20% en población y área en 10 años

Una manifestación histórica exige hoy al Gobierno que prohíba su caza



Este 21 de enero, un vecino hizo un descubrimiento sorprendente en la cuneta de la carretera M-608, en el término del pueblo madrileño de Manzanares el Real, entre éste y El Boalo. Allí, con las fauces entreabiertas y los colmillos al aire, yacía un lobo sin vida. Guardas forestales lo llevaron al Centro de Recuperación de Especies de Tres Cantos, donde la autopsia determinó que murió atropellada.Porque no era lobo sino loba. Una joven de dos años.

El hallazgo, pese a ser sangriento, confirmaba una gran noticia para la especie. El lobo ibérico, canis lupus, vuelve a territorios de los que hace décadas lo expulsaron con ánimo de exterminarlo (a la última pareja madrileña, en el valle del Lozoya, la abatieron en 1952). Aunque se sabe que desde 2011 hay manadas reproductoras en Madrid en la sierra de Guadarrama llegadas de Segovia (ahora son tres manadas, con unos 25 individuos), lo novedoso de la loba atropellada en Manzanares el Real es que merodeaba aún más al sur, muy cerca de la capital y de los seis millones de personas de la metrópolis: su cadáver apareció a 27,8 kilómetros en línea recta de la autovía de circunvalación M-40.

"No es descabellado pensar que pueda asentarse una manada en El Pardo", en el bosque que rodea el antiguo palacio de Franco, aún más cerca de la capital (sólo 9,5 kilómetros en línea recta del palacio de La Moncloa y 13,5 de la Puerta del Sol), dice el doctor en biología Juan Carlos Blanco Gutiérrez, de los que más saben de lobos en el mundo.

Él codirigió el censo nacional de lobos de 1988, y ha participado (con los datos de Madrid y Castilla-La Mancha) en el nuevo censo 2012-2014 que acaba de terminar el Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente en colaboración con las autonomías.

Ante el Ministerio se han manifestado este domingo más de 150 entidades y partidos convocados por la asociación Lobo Marley en una histórica protesta, la primera en España en defensa de una especie salvaje. Reclaman al Gobierno que prohíba la caza del lobo y arbitre medidas para asegurar su coexistencia con los ganaderos, que a su vez presionan para matarlo por los ataques a sus animales.

14578692591937.jpg


Este viernes, en vísperas de la manifestación, el Ministerio, a instancias de Crónica, ha publicado el censo actualizado. La población ha crecido. En España hay 297 manadas reproductoras de lobo, un 20% más que las 250 que contabilizó en 2007 el Atlas y Libro Rojo de los Mamíferos Terrestres de España, que coeditó Juan Carlos Blanco.

Aunque el Ministerio no precisa el número de ejemplares, si se multiplica por una media de siete lobos por manada -una pareja alfa, más ejemplares jóvenes y lobeznos-, suman 2.079. La cifra real es mayor si se tiene en cuenta, explica Blanco, que al norte del río Duero, donde vive el 90% de estos animales, hay "más de un 30% de lobos solitarios", no incluidos en manadas y no registrados. De manera que hay entre 2.000 y 3.000 lobos en España, "aunque la cifra exacta ni la sabemos ni la vamos a saber nunca".

Él valora que lo más importante de la radiografía actual del lobo en España es que su difusión ha crecido un 20% desde su censo de 1988, volviendo a habitar al sur del río Duero y pasando su área de 100.000 a 120.000 kilómetros cuadrados. El lobo está presente en casi una cuarta parte de España.

El lado negativo, señala el especialista, es que la población aislada en la vertiente andaluza de Sierra Morena se ha extinguido o casi. Discrepa de él el biólogo Rafael Carrasco, autor de la parte andaluza del censo nacional, que estima que por avistamientos y excrementos hay "dos o tres manadas" entre Jaén (sierra de Andújar) y Córdoba (sierra de Hornachuelos), aunque por falta de confirmaciones más detalladas han preferido anotar que no hay ninguna.

De las 297 manadas registradas en el nuevo censo, 84 viven en Galicia (siete de ellas compartidas con comunidades vecinas; sólo se asignan a una comunidad para evitar duplicidades); 37 en Asturias (nueve compartidas); 12 en Cantabria (cuatro compartidas); una (compartida) en el País Vasco; una (compartida) en La Rioja; 163 en Castilla y León (16 compartidas); una en Madrid (sin embargo, la comunidad madrileña registra ya tres a fecha de 2016) y dos en Castilla-La Mancha (una compartida). El Ministerio agrega que hay uno o dos ejemplares en los Pirineos de Cataluña y algunos en el lado francés.

El censo concluye que la especie se expande hacia el sur (sistema Central, Ávila, Segovia, Guadalajara y Comunidad de Madrid), mientras que se produce una rarefacción, o disminución de la densidad demográfica, en el noreste de la península, zonas de llanura de la submeseta Norte y Andalucía.

La salud del lobo es "buena si se compara", dice Juan Carlos Blanco, "no con el siglo XIX, cuando había en toda España, sino con las pasadas décadas de los 60-70, cuando tocó fondo". Tras la pausa dela guerra civil en que los hombres se cazaban entre ellos más que a los lobos, se reanudó el camino hacia el exterminio. Recuerda que José María Valverde, fundador del Parque Nacional de Doñana, donde mataron al último en los 40, decía que a ese ritmo "el lobo no llegará al final del siglo XX".

Fue providencial, dice Blanco, la intervención de Félix Rodríguez de la Fuente, que convenció al Icona de que evitara la extinción. El año de la inflexión fue 1970. "Dijeron, 'vamos a cazarlo, pero no lo vamos a exterminar'". A partir de entonces la especie, arrinconada al norte del Duero en parajes de montaña, se fue recuperando.

Hoy España, con trescientas manadas (Portugal registra 60), tiene la mayor población en Europa Occidental del más emblemático gran depredador del continente. En Francia desapareció y no regresaron ejemplares hasta 1992, mientras que en Alemania, donde también se extinguió, el lobo volvió en el año 2000 y apenas cuenta ahora con 20 manadas, detalla Blanco.

Un ejemplo de la recuperación de este cánido salvaje, muy huidizo del hombre, es que ha salido de reductos remotos y se ha asentado muy cerca de ciudades en el Norte, a menos de 15 kilómetros de Zamora, Lugo... o Valladolid, donde viven en los cercanos Montes Torozos. Aunque Madrid es el caso más llamativo: lobos reproduciéndose a un día de marcha de la capital.

Los manifestantes de hoy reclaman que se prohíba su caza legal (la furtiva existe siempre). Al norte del río Duero, donde su presencia es más densa, es una especie cinegética y su caza se permite por cupos. Por ejemplo, en la Reserva Regional de Caza de Riaño (León), se pueden cazar entre 25 y 27 ejemplares al año, señala Blanco. Un cazador local que abata uno se lo puede llevar de trofeo a casapor 600 euros (no tiene que pagar nada si no se lo lleva), mientras que un cazador foráneo debe pagar 1.200.

En la reserva de la sierra de la Culebra (Zamora), donde se les ceba para que acudan a un punto y es fácil cazarlos, hay un cupo de ocho ejemplares al año (el doble que hace unos años), que subasta la Junta de Castilla y León. Han pagado 18.000 euros por cazar un lobo aquí, aunque la media, explica el experto, es que se cotice a unos 4.500 euros. La asociación Lobo Marley, que preside el naturalista Luis Miguel Domínguez, compró en la subasta dos licencias para indultar a sendos lobos sólo para comprobar que la Junta los mató igualmente después, para agotar el cupo.

Juan Carlos Blanco dice que las autoridades de Castilla y León tienen que ser "más sensibles al cambio social, que demanda proteger más al lobo", y señala que no debería cazarse en las zonas naturales donde no ataca a ovejas, cabras ni terneros porque se alimenta de ungulados salvajes como jabalíes, ciervos o corzos. Destaca que hoy los pueblos loberos ingresan "mucho más dinero" con los turistas nacionales e internacionales que vienen a avistar lobos que por la caza.

Aunque el lobo está protegido al sur del Duero, la Junta castellano-leonesa ha autorizado abatir dos ejemplares en Ávila y otros dos en Salamanca tras las quejas de los ganaderos por ataques a su cabaña. La conservacionista WWF ha denunciado ante la Fiscalía esta medida y su ejecución: ya han matado a los dos de Ávila, uno el 11 de febrero y el otro este miércoles 9 de marzo, en la sierra de Gredos.

El biólogo coincide con las asociaciones prolobo en que la solución para la coexistencia de depredadores y ganaderos es que las comunidades autónomas aumenten y agilicen las ayudas para adoptar sencillas medidas preventivas, como construir refugios y cerramientos, instalar pastores eléctricos e introducir perros mastines adiestrados para ahuyentarlos.

Pagar enseguida las indemnizaciones a los afectados reduciría la tensión. En Madrid van en esa línea y las compensaciones por ataques de lobos o perros asilvestrados acaban de subir: de 50 euros a 120por ovejas o cabras, y de 350 euros a 1.200 para las vacas.

El pragmático Juan Carlos Blanco busca la conciliación. Este martes fue a buscar huellas de lobos en la nieve de Guadarrama, el jueves comió con ganaderos de Ávila y este domingo está Riaño, donde los cazadores. Antes de salir de viaje, dice que "no hay que empeñarse" en que el lobo se propague por zonas con fuerte presencia ganadera, y que es mejor favorecer su expansión por corredores naturales con escaso ganado y baja densidad humana, desde Guadalajara a Cuenca y Teruel. "Ahí está su futuro".

En Andalucía, Rafael Carrasco cree que hay margen aún para que la población aislada de Sierra Morena se recupere y se comunique con la del norte. Ve probable que algún ejemplar haya llegado ya aquí desde el sur del Duero. 250 kilómetros para el depredador "no son tantos".

En Madrid, Blanco ve espacio para más manadas. Aquí su población "la regularán las carreteras". La loba de Manzanares el Real era la segunda de los tres lobos atropellados en Madrid en menos de un año. Dos machos jóvenes perdieron la vida, uno el pasado 25 de enero en la Nacional 1 en Somosierra y otro el 16 en abril de 2015 en la M-622 entre Guadarrama y Los Molinos. Pero la naturaleza seregenera en primavera. Las hembras adultas están ahora preñadas. Una nueva generación de lobos,hasta seis a la vez por madre, aullará pronto en las noches de Iberia.


EL CENSO ACTUALIZADO

  • 2.079 Son los lobos que como mínimo hay en España si se calcula una media de siete ejemplares por manada. Los lobos solitarios no están incluidos en el censo. Al norte del Duero suponen un 30% de individuos más.
  • 297 Manadas registradas en el nuevo censo oficial 2012-2014. Son un 20% más que las 250 censadas en 2007
  • 1.200 Lo que cuesta cazar un lobo en Castilla y León y llevarse el trofeo a casa si uno es un cazador foráneo (la mitad al local). En la sierra de la Culebra (Zamora) se subastan por unos 4.500. Es más caro pero allí la caza, con cebo, está asegurada.
  • GREDOS La sierra de Ávila es la frontera sur del lobo ibérico, descontando la exigua población aislada (dos o tres manadas oficiosas) en el lado andaluz de Sierra Morena.


Fuente: http://www.elmundo.es/cronica/2016/03/13/56e40ea946163fe4418b45d2.html
En ese enlace podréis ver el vídeo con los comentarios del mayor experto de lobos en España, Juan Carlos Blanco. En sus comentarios también aparece citado Portugal
 

MSantos

Moderação
Registo
3 Out 2007
Mensagens
10,661
Local
Aveiras de Cima
A população de lobos têm tido uma recuperação lenta mas consistente em Portugal. Tive acesso a informações que relatam de que já andarão na zona Sul do Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo (Vermiosa), tal como em algumas zonas raianas do concelho de Almeida. Estes lobos farão parte de uma população maior que fica no lado espanhol da fronteira. :)
 
  • Gosto
Reactions: Pedro1993 e james

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Quase 2000 animais dizimados por lobos

De janeiro de 2015 a janeiro de 2016, o lobo matou quase 2000 cabeças de gado no Minho.

O Instituto de Conservação da Natureza vistoriou nesse período 1272 ataques reportados por criadores nos Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Paredes de Coura, Cerveira, Caminha, Viana, Melgaço, Monção, Valença, Ponte de Lima, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Cabeceiras e Vila Verde, e confirmou, para efeitos de indemnização, prejuízos em 1831 animais (ovinos, caprinos, bovinos, equinos e caninos).

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=5086315