O clima do interior Algarvio

trovoadas

Cumulonimbus
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loule-caldeirao
Estive recentemente num debate sobre as áreas ardidas da serra do caldeirão e parece-me que uma das ideias, do empresário Luís Cabrita é replantar alfarrobeiras.

«Luís Amorim Cabrita deu a conhecer o seu mais recente investimento “a plantação de 40.000 alfarrobeiras em terreno xistoso, semelhante ao da Serra do Caldeirão”. Cabrita considera que a reflorestação de 11.000 hectares, um desafio que deve integrar a plantação de alfarrobeira, “uma árvore que demora 7 ou 8 anos a crescer e que é bastante rentável, uma solução a ponderar no processo de reflorestação”.»

Por outro lado não sei dizer se a EN2 ainda fica cheia de limos da charneca dos cavalos para o vascão... diziam que antigamente ficava...

:lmao: para esse senhor! Se calhar referia-se às zonas do barrocal e um ou outro vale que ardeu na serra, o que deve ser uns 10% da área ardida ou nem tanto. Alfarrobeira acima dos 350m de altitude e em zonas húmidas é para esquecer. No entanto em algumas "soalheiras" de modesta altitude não deixa de ser uma boa ideia mas não resolve por si só o problema. Acho que a chave está num mix de espécies (eucalipto, pinheiro, sobreiro,azinheira, medronheiro...) e porque não apostar em carvalhos e algumas espécies de cedros para algumas zonas. Ou seja criar biodiversidade e aos mesmo tempo várias fontes de rendimento distintas. No entanto acho que a base deve ser apostar em espécies autóctones.
 


frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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:lmao: para esse senhor! Se calhar referia-se às zonas do barrocal e um ou outro vale que ardeu na serra, o que deve ser uns 10% da área ardida ou nem tanto. Alfarrobeira acima dos 350m de altitude e em zonas húmidas é para esquecer. No entanto em algumas "soalheiras" de modesta altitude não deixa de ser uma boa ideia mas não resolve por si só o problema. Acho que a chave está num mix de espécies (eucalipto, pinheiro, sobreiro,azinheira, medronheiro...) e porque não apostar em carvalhos e algumas espécies de cedros para algumas zonas. Ou seja criar biodiversidade e aos mesmo tempo várias fontes de rendimento distintas. No entanto acho que a base deve ser apostar em espécies autóctones.

Um bom exemplo são as alfarrobeiras raquíticas que se vêem nos arredores de Castro Marim, na zona do Montinho, sapal, Junqueira ou Rio Seco. As alfarrobeiras não se dão em solos xistosos finos, preferem solos mais profundos. A amendoeira é que se dá bem nas encostas da serra, especialmente nas mais umbrias.
 

trovoadas

Cumulonimbus
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loule-caldeirao
Um bom exemplo são as alfarrobeiras raquíticas que se vêem nos arredores de Castro Marim, na zona do Montinho, sapal, Junqueira ou Rio Seco. As alfarrobeiras não se dão em solos xistosos finos, preferem solos mais profundos. A amendoeira é que se dá bem nas encostas da serra, especialmente nas mais umbrias.

Já vi bons exemplos em solos xistosos mas é a modesta altitude e depende muito do solo. Se for solo muito magro como referis-te então é para esquecer. Na zona que ardeu este ano ( em plena serra do Caldeirão portanto) acho que poucos são os sítios com aptidão para esta cultura.