Plantações de milho destruídas pela subida das águas da Ria de Ovar

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21 Mar 2007
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Estremoz
Destruídos cerca de 200 hectares de milho em Ovar

Representantes dos agricultores com terrenos junto à Ria de Ovar reuniram esta segunda-feira com a autarquia para definir uma intervenção que evite o avanço das águas sobre as colheitas e os estragos nelas provocados pela salinidade da água.
A Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA) já alertara a semana passada para as dezenas de toneladas de milho destruído pelo avanço das marés durante o mês de Agosto e Albino Silva, presidente desse organismo, defende que "alguém tem que resolver o problema". "O avanço das marés afecta as áreas de cultivo e a segurança das pessoas", refere, "e as entidades responsáveis têm que encontrar uma solução".
Manuel Alves de Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Ovar, declarou à Lusa que "já muito antes desta situação" a autarquia comunicara o problema ao Ministério da Agricultura e à Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro. Para o autarca, "agora há necessidade de uma intervenção urgente" e essa deve verificar-se a dois níveis: "Por um lado, é preciso ressarcir os agricultores dos prejuízos que estão a ter e, por outro, são necessárias pequenas intervenções no imediato para ajudar a atenuar o avanço das águas e os estragos provocados pela salinidade".
Manuel Alves de Oliveira adianta que "o programa Polis para a Ria de Aveiro tem programado um conjunto de intervenções que, a curto e médio prazo, deverão atenuar o problema" - é o caso de dragagens, desassoreamentos e a requalificação de núcleos lagunares. Mas como "o que está previsto no Polis é que essas intervenções só se possam iniciar apenas dentro de um ano, ou ano e meio", o presidente da Câmara de Ovar afirma: "O que vamos pedir ao Ministério e à ARH é alguma urgência na recuperação de diques e motas, com vista à prevenção de riscos".
As plantações de milho que a semana passada foram destruídas pela subida das águas da Ria de Ovar situam-se no lugar da Marinha. As inundações das áreas de cultivo devem-se ao movimento das marés, cuja amplitude é maior desde que tiveram início as obras na barra de Aveiro.

Fonte: SIC