Previsões segundo os modelos (até 2 semanas) - Novembro 2025

Semana chuvosa a caminho. :rain:
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:rain:

Quando no resumo da notícia se utilizam as expressões gigante e extrema, chuto logo para canto. O drama, a tragédia, o horror. O fim do mundo todos os dias.

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Quando no resumo da notícia se utilizam as expressões gigante e extrema, chuto logo para canto. O drama, a tragédia, o horror. O fim do mundo todos os dias.

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De facto:

As regiões mais afetadas​

O quadrante Noroeste do território continental será o mais fustigado. As regiões do Minho, Douro Litoral e Trás-os-Montes Ocidental poderão registar acumulados superiores a 150 milímetros ao longo da semana, com picos próximos dos 190 milímetros entre quarta e quinta-feira (12 e 13 de novembro).

Ou seja, uma semana banal de chuva no Noroeste. Já perdi as contas ás vezes que registei 100mm num só dia nos últimos 10 anos. Aliás, acontece praticamente todos os anos. Portanto numa semana, estando em Novembro e conhecendo as médias sazonais para este mês, é um evento regular e sem qualquer particular raridade.
 
Primeiras previsões mais recentes (saída 00z) de acumulados para esta semana:

Até às 6h de 6ªfeira, ARPEGE
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2º a 6ª , ICON vs GFS
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7 dias, até Domingo à noite, UKMO vs GFS
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Em geral, a maior parte destes acumulados, em todos os modelos, começa na 5ªfeira.

Até 4ª à noite, os acumulados destes primeiros três dias:
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Última edição:
Deve ser algo difícil de uma situação inicial complexa como esta sair uma previsão determinista com certezas sobre quando, onde e quanto:

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Pequenas variações de posição dos centros e das frentes fazem toda a diferença para o continente. É uma situação relativamente comum na sua incerteza, daí ser bastante interessante e empolgante: circulação localmente de sul no continente, pela acção conjunta da depressão atlântica complexa e do vasto campo de altas pressões que se estende desde o norte de África até ao nordeste europeu.

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A quinta-feira dia 13 afigura-se como o dia mais "interessante".
 
Com esse posicionamento previsto (a confirmar-se) de acção anticiclónica, tudo o que chegar ao continente poderá ser "espremido" entre as depressões e a zona de anticiclone.
Saber então se as frentes chegam a todo ou parte do território continental é ainda uma incógnita, no entanto a probabilidade de o Noroeste da península ter grandes acumulados é alta.
 
A quinta-feira dia 13 afigura-se como o dia mais "interessante".
Mais de metade dos acumulados previstos principalmente para o Litoral podem ocorrer nesse dia devido ao facto da superfície frontal ser "bloqueada" pela dorsal quando começa a entrar no Alentejo.
O Sul está na sombra da dorsal e como dizes, basta um posicionamento diferente tanto dos núcleos depressionários, como da dorsal, para chover muito ou então, muito pouco. Aliás, os modelos em cada saída mostram um cenário diferente para o Alentejo e Algarve a partir de 5ª feira precisamente por esse motivo. Ora estão previstos quase 100mm ou apenas 30mm. Tudo depende também do que consegue resistir à dorsal nos dias posteriores à passagem da superfície frontal.

Basta ver a última saída do ICON em que a frente, ainda na quarta-feira, faz o seu percurso normal para Leste, mas chega ao Sul e é empurrada para trás. :huhlmao:Entretanto, já durante o dia de 5ª feira atravessa a região Sul, mas completamente moribunda como todas as anteriores. Não vou colocar as fichas todas nesta depressão porque pode ser um flop total mais uma vez e quando digo isto, refiro-me ao Interior Alentejano. Do Tejo para cima está garantido mais um bom evento de precipitação.
 
Última edição:
O ECMWF no avanço/recuo a cada nova saída espelha bem a incerteza.

Na 00z, puxou os grandes acumulados para o oceano, até mesmo no Litoral Norte:
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E na 06z, voltou a empurrá-los mais para terra:
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Mesmo assim, a maior parte da água... fica na água.
Mantém-se menos privilegiadas três grandes áreas: Nordeste, distrito de Portalegre e Sudeste Alentejano/Sotavento.
 
GFS 12z, isto sim seria de valor:
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ICON 12z, chover no molhado e no betão, enquanto o Sul suplica por chuva decente:
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Falar do risco de seca em que o Sul se encontra novamente enquanto nas zonas onde a maioria da população vive têm havido inundações/cheias parece irónico, mas é a realidade neste momento. Faço parte da minoria, mas sei que a atual situação está a ter um impacto muito negativo nas pastagens e na produção de azeite, neste último caso também devido ao verão terrível que tivemos.
Vamos ver o que sai daqui!
 
chover no molhado e no betão, enquanto o Sul suplica por chuva decente
Lá está, o GFS orienta a entrada mais de sudoeste logo mais benéfica para o Alentejo em geral, o ICON insiste em Sul marginal a Oeste ficando a maior parte pela AML ("obrigado mas já temos, não precisamos de tanto") ou apenas quando a circulação chega à cordilheira central.
 
Lá está, o GFS orienta a entrada mais de sudoeste logo mais benéfica para o Alentejo em geral, o ICON insiste em Sul marginal a Oeste ficando a maior parte pela AML ("obrigado mas já temos, não precisamos de tanto") ou apenas quando a circulação chega à cordilheira central.
A sinóptica de um modelo para o outro até não é muito diferente, mas a "chave" está no núcleo secundário. O GFS coloca o núcleo secundário da depressão mais junto à Galiza, o que como já foi dito, faz toda a diferença nas regiões a Sul.
GFS:
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ICON:
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Resta ver a atualização do ECMWF. Nas últimas saídas coloca os núcleos próximos, sendo que o núcleo secundário mal aparece, e bem distantes da Península, resultando assim numa maior dicotomia Litoral/Interior e muita mais precipitação no mar.