Previsões segundo os modelos (até 2 semanas) - Outubro 2025

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E o que viria a seguir parece ainda pior, a julgar pela última carta apresentada. Lembrar que o ECMWF já teve anteriormente devaneios deste tipo a um prazo semelhante (>240 horas).
Mas o evento começaria a partir da próxima terça-feira, já não é tão "distante".
 
Mas o evento começaria a partir da próxima terça-feira, já não é tão "distante".
Certo, mas são mais do que dois eventos diferentes. O primeiro é a constituição de uma cut-off no flanco sul do anticiclone, a seguir haveria uma perturbação formada num vale entre os restos daquele anticiclone e um outro anticiclone sobre o Labrador.

Esta perturbação teria que evoluir como satélite de uma depressão a sul da Islândia. O horário deste satélite e da cut-off que estaria a acabar de atingir o continente teria de ser suficientemente preciso para estes dois centros se fundirem num só.

Atrás desta união a crista anticiclonica N-S reconstituir-se-ia temporariamente para logo a seguir ser novamente transposta por nova geração de um satélite da depressão resultante da união referida, a qual não seguiria pela Europa adentro mas antes voltaria para noroeste a reforçar a depressão islandesa, entretanto absorvida.

Este novo satélite teria ainda que fazer o mesmo trajecto, repetindo-se outra vez o processo que a tinha formado, resultando no fim das 240 horas uma depressão, bem grande, capaz de continuar a enviar satélites numa circulação que ao nível do continente teriam frentes de sudoeste.

Ver esta animação, controlável (abrir vídeo num novo separador ou janela, escolher écran completo), das cartas de pressão NMM e precipitação acumulada em 3h (até às 144h) e 6h (até às 240h, 1 de Novembro às 12:00utc)).

ECMWF_0-240_Prec3h-6h_MSLP_Nov01-12h

 
Última edição:
Sonho a sul do Tejo, pesadelo a norte do Tejo:

Ver anexo 26043

GFS , mesma saída, o sonho a sul não é para todos, a norte o pesadelo é para ninguém.
Ver anexo 26044

Para uma previsão que antevê evento(s) desta envergadura, é mais aconselhável o tópico das "saidas-de-modelos-incomuns-ou-de-sonho". :hehe:
 
Tirado do Meteo Trás-os-Montes


TEREMOS UM OUTONO RIGOROSO?
O QUE DIZEM AS PREVISÕES?
Os modelos meteorológicos não deixam margem para dúvidas. O modelo ECMWF (Europeu) prevê precipitação muito abundante em Portugal Continental nos próximos 13 dias, devido à chegada de várias tempestades atlânticas com ventos fortes e forte agitação marítima.

PARA TER UMA NOÇÃO:
Em Viana do Castelo, a média mensal de chuva em outubro é de cerca de 150 a 200 mm.
Contudo, as previsões atuais apontam para acumulados superiores a 560 mm, o que equivale a três meses de precipitação concentrados em menos de duas semanas.

SITUAÇÃO DOS INCÊNDIOS:
As áreas que arderam neste verão estão agora muito vulneráveis. A ausência de vegetação dificulta a absorção da água pela terra, o que aumenta o risco de:
Cheias rápidas e inundações urbanas;
Deslizamentos de terras e movimentos de vertentes em zonas de montanha.

⚠️CONCLUSÃO:
Se este cenário se confirmar, teremos um outono muito rigoroso e potencialmente perigoso, exigindo atenção redobrada e prevenção por parte das autoridades e da população.

Seguimos atentos e atualizados.
Naturalmente, as previsões a médio prazo estão sempre sujeitas a alterações.
Por enquanto, tudo dentro da normalidade para um outono típico.
Boa noite a todos.
 

Anexos

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Não haverá intervalo significativo entre a passagem da frente no fim de semana e a chegada da cut-off, segundo esta previsão mais recente do UKMO MetOffice e do ECMWF. Em nenhum intervalo de três horas deixará de chover no Sul durante o Domingo e a 2ªfeira, progredindo logo para norte durante a madrugada de 3ªfeira.



 
Bom dia.

Em relação à frente que nos afectará (continente) ainda hoje e no dia de amanhã, a interaccção entre as depressões, a oeste dos Açores e no centro da Europa, e o AA, está a trazer uma massa de ar húmido tropical, com bastante água precipitável. Isso observa-se nesta imagem de satélite EUMETSAT:
Eumetsat2.webp


Neste GIF de satélite da NOAA, vemos o vapor de água disponível na atmosfera, num período de 8h (00h-08h de hoje).
No canto superior direito vemos a massa de ar a caminho do continente, puxada pela depressão a oeste dos Açores:
 
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Tirado do Meteo Trás-os-Montes


TEREMOS UM OUTONO RIGOROSO?
O QUE DIZEM AS PREVISÕES?
Os modelos meteorológicos não deixam margem para dúvidas. O modelo ECMWF (Europeu) prevê precipitação muito abundante em Portugal Continental nos próximos 13 dias, devido à chegada de várias tempestades atlânticas com ventos fortes e forte agitação marítima.

PARA TER UMA NOÇÃO:
Em Viana do Castelo, a média mensal de chuva em outubro é de cerca de 150 a 200 mm.
Contudo, as previsões atuais apontam para acumulados superiores a 560 mm, o que equivale a três meses de precipitação concentrados em menos de duas semanas.

SITUAÇÃO DOS INCÊNDIOS:
As áreas que arderam neste verão estão agora muito vulneráveis. A ausência de vegetação dificulta a absorção da água pela terra, o que aumenta o risco de:
Cheias rápidas e inundações urbanas;
Deslizamentos de terras e movimentos de vertentes em zonas de montanha.

⚠️CONCLUSÃO:
Se este cenário se confirmar, teremos um outono muito rigoroso e potencialmente perigoso, exigindo atenção redobrada e prevenção por parte das autoridades e da população.

Seguimos atentos e atualizados.
Naturalmente, as previsões a médio prazo estão sempre sujeitas a alterações.
Por enquanto, tudo dentro da normalidade para um outono típico.
Boa noite a todos.
Na saída mais recente, embora se mantenham valores significativos, já não chega aos 300mm no local onde estavam previstos os tais 560mm. De referir que as previsões são até às 360h, portanto pura futurologia.
A saída do ECMWF de ontem foi isolada, pois o modelo ainda não tinha mostrado tal cenário e os restantes modelos também não evidenciavam um cenário assim tão gravoso.
Não entendi a referência a Viana do Castelo uma vez que a cidade ainda se encontra distante da zona onde estavam previstos os mais de 500mm. Nessa zona do Gerês, os valores de precipitação normais devem ser pelo menos 100mm superior aos de Viana.

Neste momento, não vejo nada fora do comum uma vez que ainda vão haver muitos cortes nas previsões e considerando que, estamos a chegar a novembro, o 2º mês mais chuvoso do ano nas normais.
Acho que não é correto assustar as pessoas com um outono potencialmente perigoso sem existir um tendência concreta. Nós aqui no fórum já sabemos o que a casa gasta, mas fora daqui muita gente acredita nestes cenários. Querem manter as pessoas bem informadas, mas depois vão para as redes sociais colocar o cenário mais catastrófico que existe em todos os modelos, mesmo sendo completamente isolado e distante.

Nem em relação aos acumulados previstos até domingo existe consenso, quanto mais para daqui a 10/15 dias. Só para se ter uma ideia, ficam as previsões do ECMWF e GFS, respetivamente, até às 240h:
fkT6ihf.png

N5Zg4wU.gif
 
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De ontem para hoje, a previsão do ECMWF tem subtis diferenças a curto prazo, mas uma já substancial diferença a médio prazo.

A cut-off a sul do anticiclone forma-se? Sim, e continua a dirigir-se para o continente, produzindo pelo menos dois dias (3ª e 4ª) de situação de sudoeste com chuvas abundantes (normais) de sudoeste, de norte a sul.
Essa cut-off funde-se com uma depressão que se forma ao atravessar o vale entre os anticiclones do Açores e do Labrador? Nem por isso. Os restos da cut-off são absorvidos numa frente criada por essa depressão que seria um satélite da depressão a sul da Islândia. Mas esta depressão islandesa já estará em enchimento e dissipação sendo substituída por esta nova. Neste processo, a nova depressão alonga-se para sul e parte-se em duas. O núcleo sul fica em frente à costa ocidental da península Ibérica a afectar com precipitação generosa todo o território continental até dia 2, pelo menos, em especial o Sul no fim deste prazo. A Madeira também receberá a acção deste núcleo, principalmente no período inicial da sua formação; os Açores apenas a passagem da frente que a iniciará.

Enquanto isto, a depressão extra-tropical (?) herdada do furacão (?) Melissa, e que ontem tinha previsão de se esbarrar contra a Terra Nova, nesta previsão de hoje terá trajectória que a faz passar a Leste e aprofundando-se vai fundir-se com e tomar o lugar do núcleo norte da tal nova depressão que se parte em duas.
O resultado é uma profunda depressão <945 hPa, com ventos de força de furacão, encaixada entre a ponta da Gronelândia, a Islândia e a Irlanda. Veremos o que esta tempestade poderá atirar cá para sul, para os territórios nacionais, na forma de possíveis núcleos satélites.

 
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Às 180 horas, 00h de dia 31, o Jet Stream ao nível dos 200 hPa rebenta a escala atingindo >360 Km/h (100 m/s) num trajecto orientado NNW-SSE, que se move para Leste, à longitude dos Açores. Este Jet vai produzir a divisão da depressão, já alongada em vale para sul. Nessa altura a velha cut-off já desapareceu, absorvida pela frente associada a esse vale, e vai surgir o núcleo em frente à costa ocidental da península. O Jet de grande velocidade continuará a mergulhar para latitudes cada vez mais a sul, na retaguarda desse núcleo, enquanto sobre o Continente um Jet de retorno sul-norte, originalmente SW-NE, se vai intensificando.

180.webp


24 horas depois
204.webp


Note-se ainda a ex-Melissa a passar ao largo da Terra Nova.

18 horas depois, dia 1 de Novembro 18:00, o Jet de retorno S-N está sobre o continente; a ex-Melissa aprofunda-se e toma o seu lugar típico de encaixe destas profundas depressões.
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