Queda de neve em Marte
Ao fim de poucos meses, a missão da sonda americana Phoenix está prestes a terminar. Habituados como estamos à duradoura prestação dos dois rovers (Spirit e Opportunity), este facto pode provocar alguma estranheza. Contudo, não existem razões para tal: a posição da sonda na superfície de Marte não lhe permite resistir muito mais tempo, já que o Sol mergulha para o horizonte e as temperaturas baixam, trazendo o gelo (ou melhor, os gelos, de água e de dióxido de carbono) que há-de encerrar a sonda num túmulo branco. Mas até lá, a sonda prossegue na sua missão, analisando amostras de solo e perscrutando o que se passa na atmosfera marciana.
Foi assim que foi detectada a formação e queda de neve a cerca de 4 km de altitude; porém, até agora, não parece haver evidências de que essa neve tenha atingido o solo do planeta vermelho. Quanto ao solo, foi anunciado que tinha sido identificada a presença de partículas de carbonatos - outra prova, se necessário fosse, do papel que a água desempenhou no passado do planeta. Convém referir, ainda assim, que estas minúsculas partículas podem ter tido origem noutra região do planeta, e que a sua idade é de todo desconhecida.
Entretanto, a câmara MARDI, de que se fala noutra peça, vai ser usada para obter imagens detalhadas da área sob a sonda em que há gelo exposto (consequência da aterragem, feita com recurso a pequenos jactos) e muito provavelmente também para tentar perceber a natureza dos grãos que se acumularam na estrutura do trem de aterragem da Phoenix, e que parecem crescer e mudar de posição ao longo do tempo.
13:00 | Quarta-feira, 15 de Out de 2008
Fonte : Expresso
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/415257
Ao fim de poucos meses, a missão da sonda americana Phoenix está prestes a terminar. Habituados como estamos à duradoura prestação dos dois rovers (Spirit e Opportunity), este facto pode provocar alguma estranheza. Contudo, não existem razões para tal: a posição da sonda na superfície de Marte não lhe permite resistir muito mais tempo, já que o Sol mergulha para o horizonte e as temperaturas baixam, trazendo o gelo (ou melhor, os gelos, de água e de dióxido de carbono) que há-de encerrar a sonda num túmulo branco. Mas até lá, a sonda prossegue na sua missão, analisando amostras de solo e perscrutando o que se passa na atmosfera marciana.
Foi assim que foi detectada a formação e queda de neve a cerca de 4 km de altitude; porém, até agora, não parece haver evidências de que essa neve tenha atingido o solo do planeta vermelho. Quanto ao solo, foi anunciado que tinha sido identificada a presença de partículas de carbonatos - outra prova, se necessário fosse, do papel que a água desempenhou no passado do planeta. Convém referir, ainda assim, que estas minúsculas partículas podem ter tido origem noutra região do planeta, e que a sua idade é de todo desconhecida.
Entretanto, a câmara MARDI, de que se fala noutra peça, vai ser usada para obter imagens detalhadas da área sob a sonda em que há gelo exposto (consequência da aterragem, feita com recurso a pequenos jactos) e muito provavelmente também para tentar perceber a natureza dos grãos que se acumularam na estrutura do trem de aterragem da Phoenix, e que parecem crescer e mudar de posição ao longo do tempo.
13:00 | Quarta-feira, 15 de Out de 2008
Fonte : Expresso
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/415257