Analisando o GFS, parece que 2ª, 4ª e 6ª feira teremos situação muito típica de inverno, com frio, chuva e vento, sendo também "a cereja em cima do bolo" o ar frio que acompanhará estas depressões que nos afectarao durante a próxima semana - nas cotas médias e cotas altas deverá cair muita neve, com bons acumulados. A depressao de 6ª feira, a confirmar-se, passará mesmo a norte da Galiza, com gradiente de pressao passível de provocar temporal. Pelas 00h ainda nao estará formada (1004 hPa) e pelas 12h já terá no seu centro 978 hPa a noroeste da Corunha. Com uma descida de 26 hPa em 12h, teremos assim uma ciclogénese explosiva. Esperemos que estas depressões baixem um pouco de forma a levarem mais chuva para o sul. Bem necessitam...
Não há é forma de entrar ar mais frio para dar neve a cotas baixas. Ainda para mais se se mete aí o Anti-ciclone é que as pequenas possibilidades vão por água abaixo. Mas é melhor aguardar...
alguem que dê uma ajuda com os perfis verticais para segunda de madrugada, há já alguns ensembles a colocar neve no interior.
http://ready.arl.noaa.gov/READYcmet.php Para previsão segundo o GFS. http://www.wetter3.de/vertikal.html Também segundo o GFS, peril térmico+vento int/dir, velocidades verticais, humidade e estabilidade do perfil segundo os gradientes de theta-e. Mas apenas para o corte aos 40ºN ( Portugal está entre 6 e 9ºW).
Não me parece que tenhamos essa sorte no entanto a actual previsão ainda pode alterar um pouco e termos a precipitação a baixar mais em latitude. Actualmente a precipitação prevista para as regiões mais a sul é muito residual. Este tem sido mais ou menos o padrão desde a pausa geral de Novembro e que levou a um final de Outono activo e até agora também o Inverno nas regiões Norte e Centro. Claramente não nos favorece. Como aqui já foi dito por um membro "Algarvio", também eu aposto num Fevereiro parecido ao mês de Janeiro com um/dois episódios de mais precipitação motivados pela descida em latitude de uma ou outra perturbação. Isto de acordo com o que se perspectiva de momento nos modelos.
Esse membro fui eu, e por duas razões, raramente o Inverno em especial no que toca a janeiro e Fevereiro faz mudanças de padrão repentinas, e portanto se Janeiro foi chuvoso a norte provavelmente fevereiro seguiria o mesmo padrão. Por outro lado, o padrão dominante de zonal em latitudes mais elevadas que favorecem de longe mais a norte e centro. Com os dados actuais das 12h arrisco dizer que difilmente chover algo diferente de chuva fraca a sul do tejo, enquanto a Norte e em especial o Minho e o Douro que têm uma falta de água que é uma coisa doida vão ser 3/4 dias com muita chuva prevista. Aqui a sul ainda pode ser que mude e alguma depressão cave mais mas neste momento não é provável. Tinha a ideia que Março pudesse ser mais animado para aqui, mas começo a ter as minhas dúvidas.
http://www.surf-forecast.com/weather_maps/Portugal?over=pressure_arrows&type=wind Estes mapas são interessantes, não têm a ver com neve , mas sim com vento e mar
Corecto Na altura os modelos mostravam algo mais optimista aqui para estes lados e tu defendes-te logo essa tese. Agora também me parece ser a mais correcta. Parece que aqui para estes lados não há milagres! Não sei porque não espero um mês de Março do género do ano passado, talvez algo mais repartido pelos 3 meses Março/Abril/Maio mas da seca parece que já não nos livramos.
Vento a 850hPa em média será vento a +/-1450m. É uma aproximação porque a essa altitude há menos influência de obstáculos naturais como as cadeias montanhosas. À superfície há zonas abrigadas e desabrigadas, reforço e atenuação de vento.
então nos modelos temos a v10m que é a velocidade a 10 metros o que é que inflência o apareçimento das rajadas?peço desculpa por ocupar este topico com estas questões mas não sei onde as fazer!
Os ventos ao nível 850 não teem impacto directo na superfície em situações de estabilidade, em que podemos conceber a atmosfera como estratificada...nesse caso o fluxo a que cada camada flui não influencia directamente as outras camadas ( salvo talvez nas interfaces onde se gera alguma turbulência). No entanto, quando há instabilidade, os movimentos verticais fazem com que e crie grande turbulência na vertical, se o fluxo em altura for forte este pode, por meio dessa turbulência, ser projectado até á superfície. Por outro lado, a diferença de velocidade e direcção do vento nas varias camadas da atmosfera podem ter efeitos nos processos convectivos...o ar que sobe, ou desce, pode ser moldado ( torcido) ou sofrer deformações ao interagir com as diferentes circulações em altura, levando ao desenvolvimento de estruturas convectivas rotativas ( supercelulas) ou estruturas em que o ar descendente é projectado para a frente gerando gust fronts...etc Espero que em geral a explicação tenha sido +- compreensível e decente