Situação interessante que está a ser modelada para amanhã, com especial ênfase para o ECM:
Ignorar a má qualidade da animação:
O GFS também prevê algo similar:
A situação sinótica é muito confusa. O IPMA diz que é uma frente com ondulações. O Met Office diz que é uma frontogénese fria que se transforma numa linha de instabilidade:
Independentemente do que é, o fenómeno atmosférico em questão não será muito intenso. Terá maior expressão nas camadas mais baixas da atmosfera (925 hPa) onde haverá uma intrusão de ar quente:
A este nível os ventos são fracos:
Contudo, a 950 hPa, há uma rotação ciclónica com ventos convergentes fracos:
A 850 hPa não há ventos muito fortes (na região dos Açores):
A água precipitável não é muito elevada. A humidade relativa é maior a norte de S. Miguel. Há também bolsas a sul do G. Central:
É ainda importante mencionar as bolsas de ar muito saturado à superfície:
Resumo até agora: A frente tem pouca sustentação. O forçamento dinâmico é mais aparente a 950 hPa. A 925 hPa há uma temperatura de 15º+- e a 850 hPa de 11º+-. Um arrefecimento de 4º+- em 800 metros indica uma atmosfera algo instável. Há também uma bolsa de ar frio e muito húmido que pode causar precipitação se houver algum fator convergente entre os 850 hPa e os 700 hPa:
Conclusão: Tudo que indica que será um evento local. O GFS dá uma importância moderada. O ECM dá mais importância. Piada teria ver as formações nebulosas. Mas é pouco provável que isso aconteça. O céu deverá está nublado. O ECM e o GFS concordam na localização da célula semi-permanente: ligeiramente a sudoeste do G. Oriental. Mas como da última vez, os modelos nem sempre acertam. Tanto poderá ser nesta localização como por cima da ilha de S. Miguel. As próximas saídas serão mais conclusivas mas nada aponta para que que seja algo grave. Mas a chuva será persistente e, dependo das condições, com aguaceiros mais fortes.