Seguimento Açores e Madeira - Agosto 2016

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Já temos uma estação do IPMA nas Selvagens, estou curioso pessoalmente, será agora que temos um clima tropical "medido" officialmente?:)
Se me disseres subtropical sim, agora tropical, nem pensar nisso... Isso aí é seco como palha!! :)


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Sempre ouvi dizer que tamben existe clima tropical seco como Aruba, estava me a referir as temperaturas no inverno de qualquer maneira:)

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http://fcsh.unl.pt/geoinova/revistas/files/n11-13.pdf

e... http://www.aemet.es/documentos/es/c...matologico/Atlas_Clima_Macaronesia___Baja.pdf

Resumo cru: São calhaus sucetíveis de criar alguma curiosidade mas têm uma meteorologia bastante aborrecida (muito semelhante às ilhas planas das Canárias). De vez em quando há a pluma tropical e o evento convectivo mais interessante (como por exemplo no ano passado). Mas na maioria das vezes vai ser uma chatice para o madeirense. Antes era possível ver quase todas as estações. Agora tem que se aproximar :p
 
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Em particular, os registos da estações do IPMA na região do Funchal e em altitude sugerem que na madrugada de 5 de agosto (figura 4) e entre as 6 horas locais de dia 8 de agosto e as 5 horas de dia 10 de agosto, terá predominado uma circulação com sentido descendente (da montanha até ao nível médio do mar) nas vertentes sul da ilha, a qual propiciou uma rápido aquecimento do ar e uma descida acentuada (figura 5) da humidade relativa do ar a 2m, fenómeno que é habitualmente designado como efeito de foehn. Esta situação é comprovada pelos registos do IPMA, tendo-se observado, às 6 h de dia 9, temperaturas de cerca de 25 ºC na estação do Pico Alto (1118 m) e de 34 ºC no Funchal/Observatório, com vento de nordeste com cerca de 35 km/h e rajadas da ordem dos 80 km/h. A diferença de 9 ºC entre as estações do Pico Alto e do Funchal é consistente com o aquecimento que uma partícula de ar pode sofrer numa descida de cerca de 1000 metros quando a massa de ar é seca (processo conhecido por compressão adiabática seca).

Análise preliminar do período 5 a 10 agosto 2016 na Madeira

http://www.ipma.pt/pt/media/noticia...ia/noticias/textos/madeira-5-10-ago-2016.html
 
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Acredito que seja aborrecido só acho que poderá ser um lugar bem ameno no inverno, veremos:)

Até poderão ter um clima BWh (Desértico Quente), mesmo se o mês de Janeiro for igual ou acima de 18ºc (em média)!
Também existem zonas desérticas com climas tropicais.
Mas o clima destas ilhas é como que uma incógnita para mim... Nunca se fizeram medições, apenas volta e meia, aparecem umas estimativas algo disparatadas (nem sequer baseadas em observações feitas nas ilhas).
Aparentemente, também é difícil de avaliar os valores de precipitação média anual, estudando a sua vegetação, pois a natureza dos seus solos porosos, deixa-nos algo limitados nesse campo.
Portanto, espero que essa estação meteorológica, nos responda a algumas dessas dúvidas.
 
Reformulando e tendo em conta o GFS 12z...

Nos próximos 3 dias passará pelos Açores uma frente fria em tudo semelhante àquela que atravessou o arquipélago há alguns dias. O GC poderá ser afetado por convecção/instabilidade pré-frontal que, localmente, poderá trazer chuva forte e trovoada. É provável que hajam pequenas inversões perto da superfície mas não acho que sejam muito impeditivas. A localização e persistência da convecção poderá estar ligada a fatores locais.

A frente também será fraca e deverá ter a mesma irregularidade que a atividade pré-frontal.

O ambiente no G. Oriental será mais hostil à ocorrência de convecção devido à presença de uma crista anticiclónica semi-permanente nos níveis baixos. Não opino mais porque é muito cedo para ter certezas.

Tendo em conta a experiência da outra frente e das semelhanças para com a próxima não descarto inteiramente a ocorrência de funis tornádicos (com ou sem contacto com o solo). Em certas alturas a instabilidade será muito intensa (porque haverá uma intrusão de ar frio em altitude), a frente move-se lentamente (sendo os ventos/cisalhamento em geral fracos) e tem gradientes térmicos reduzidos. Só em poucos momentos o cisalhamento (0-6km) ultrapassa os 10 m/s. Como tal, as células deverão ser, em geral, fracas.

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Enquanto o Gastão não fica numa posição mais favorável à visualização no Eumetsat, e tendo em conta que há inúmeros portais onde é possível acompanhar a tempestade, deixo aqui um onde há uma compilação mais que suficiente para a maioria das pessoas, complementando, claro, com o NHC (Nota: O FLOT2 diz respeito ao Gastão):

http://mp1.met.psu.edu/~fxg1/SAT_ATL/atlrecentvis.html

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Prevejo que sexta e/ou sábado os canais de televisão vão lembrar-se que os Açores existam, e que a CMTV vai ter filmagens em direto das ilhas afetadas...
Lolololololololoo já devem estar a fazer as malas hahaha