Seguimento Açores e Madeira - Fevereiro 2010

profgeo

Cumulus
Registo
8 Abr 2008
Mensagens
140
Local
Caniço- Funchal!!!
não e por nada, mas a jornalista da RTP1 esta a dizer k o curral das freiras esta abaixo do nível médio do mar:eek::eek:!?!?!??!?!


helllo curral das freiras esta a 600 metros, e as montanhas a mais de 100metros
 


Mário Barros

Furacão
Registo
18 Nov 2006
Mensagens
12,603
Local
Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar

O temporal que desde a madrugada se abateu sobre a Madeira poderá ter causado pelo menos 20 mortos, de acordo com fonte hospitalar citada pela RTP/Madeira. O número de falecidos que já se fala na ilha ainda não foi oficialmente confirmado, mas o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, disse à televisão estatal que ?há mais de sete vítimas mortais?, vários desaparecidos e 17 feridos internados no Hospital Dr. Nélio Mendonça, dos quais dois politraumatizados.

“Os prejuízos são incalculáveis, de milhões e milhões de contos”, devido às dezenas de carros arrastados, inúmeras inundações em casas, lojas e grandes edifícios públicos, estradas e infraestruturas destruídas. A ilha da Madeira está totalmente isolada do exterior.

Segundo o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, as situações mais graves têm ocorrido nas zonas altas do concelho do Funchal, com inúmeros desmoronamentos, e, também, no concelho da Ribeira Brava, onde a autarquia apelou à população para que evacue a baixa da vila.

"A situação é crítica em todo o concelho do Funchal”, disse o autarca, adiantando que “todos os bombeiros, membros da protecção civil e pessoal da câmara estão na rua a tentar dar abrigo às pessoas afectadas e afastá-las das zonas de perigo”.

Nesta altura, o grande perigo é a subida da maré na Madeira, que coloca ainda mais em risco as zonas ribeirinhas das zonas mais atingidas.

Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita, onde as águas ameaçam destruir uma rotunda ali construída recentemente.

Outras situações dramáticas ocorreram nas zonas altas, provocando derrocadas nos Moinhos, Três Paus, Trapiche (onde morreu uma senhora idosa alarmada com o desabar do telhado da sua casa provocado pela queda de uma grua).

Neste momento, a baixa da cidade está intransitável ao trânsito automóvel, com a Avenida do Mar e a zona velha da cidade completamente alagadas bem como a avenida Arriaga, a rua Fernão de Ornelas.

O centro comercial Dolce Vitta foi evacuado e o parque de estacionamento de vários andares está completamente inundado.

O mesmo ocorreu no Centro Comercial do Anadia, onde a água transbordou no estacionamento.

A via rápida Ribeira Brava - Machico está interrompida em variadíssimos pontos, pelo que a circulação está praticamente intransitável.

De acordo com uma fonte do Instituto Nacional de Meteorologia, “o pior já terá passado”, prevendo-se que a tarde não seja tão pluviosa como foi a manhã, designadamente entre o período compreendido entre as 09:00 e as 10:00 horas da manhã.

Nessa hora, choveu 52 milímetros no Funchal e 58 milímetros no Pico do Areeiro, segundo ponto mais alto da Região.

Para além da chuva, os ventos muito fortes, que têm atingido os 100 quilómetros das zonas altas e a forte ondulação marítima estão a contribuir para o agravamento da situação.

JN
 

actioman

Cumulonimbus
Registo
15 Fev 2008
Mensagens
2,052
Local
Elvas (~300m)
não e por nada, mas a jornalista da RTP1 esta a dizer k o curral das freiras esta abaixo do nível médio do mar:eek::eek:!?!?!??!?!


helllo curral das freiras esta a 600 metros, e as montanhas a mais de 100metros

Também estava a escutar essa barbaridade :eek:, ela o que queria era dizer que estava numa cota abaixo das montanhas em redor... enfim...:disgust:
 

PedroAfonso

Nimbostratus
Registo
18 Fev 2008
Mensagens
1,207
Local
Covilhã (700 m) / Almada
Acabaram de confirmar: 25 pessoas pereceram com este temporal, sobrepondo em larga escala, as perdas do evento de 1993.

É mesmo uma tragédia o que se passa na Madeira.

As minhas condolências para todos os que não resistiram a este temporal. :(
 

meteo

Cumulonimbus
Registo
15 Fev 2008
Mensagens
2,071
Local
Oeiras
Isto é horrivel. A chuva pode mesmo ser destruidora,e depois de um Inverno muito chuvoso como tem sido na Madeira,mais de 100 mm numa madrugada e manhã é o pior que poderia ter acontecido.

Algumas recomendações já dadas:
-Não sair de casa,só em caso de urgencia.
-Telefonar só em situações muito importantes.
-Muita Força neste momento,esperar com calma( a possível )que passe o pior.
-Guardar água potável para o caso de ser necessária.
-Não se aproximar das zonas costeiras,ou zonas onde possam haver derrocadas.


As minhas condolencias ás familias que perderam alguem.:(
 

Skizzo

Nimbostratus
Registo
24 Set 2007
Mensagens
1,419
Local
Porto (centro) - cerca de 7km da costa
Vinte e cinco mortos confirmados e 63 feridos na Madeira

Vinte e cinco vítimas mortais,confirmados pelo ministro da Administração Interna, dois desaparecidos, 63 feridos internados no Hospital Dr. Nélio Mendonça, dezenas de carros arrastados, inúmeras inundações em casas, lojas e grandes edifícios públicos são o actual balanço do temporal que atinge o arquipélago da Madeira desde a madrugada deste sábado.

O presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, informou que as situações mais graves têm ocorrido nas zonas altas do concelho do Funchal e, também, no concelho da Ribeira Brava.

No Serviço de Urgências do hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, deram entrada até às 17h00, 63 feridos, dois dos quais em estado grave, de acordo com o responsável clínico da instituição.

Pedro Ramos, o director clínico e o Presidente do Serviço de Saúde da Madeira, Miguel Ferreira e Almada Cardoso, fizeram o primeiro balanço da situação.

Estes responsáveis garantiram que existe um plano de resposta hospital para emergências externas com vítimas que abrange diversos níveis que "foram todos activados".

"Temos neste momento 63 pessoas que deram entrada no serviço de Urgências com os mais variadíssimos problemas e que obrigou o Hospital a activar todos os níveis de resposta à catástrofe", disse Pedro Ramos.

Destes casos, "apenas duas situações merecem a atenção do bloco operatório, da especialidade de ortopedia e que estão em condições de serem submetidas à intervenção cirúrgica de que necessitam".

No que diz respeito aos feridos, "alguns casos são de hipotermia, pessoas que ficaram soterradas ou foram arrastadas nas enxurradas, pequenas feridas, a maior parte são situações de baixo risco que só vão ficar até domingo por questão de segurança e é difícil regressarem aos seus lares", de acordo com aquele responsável clínico.

"A situação está toda controlada, as equipas de intervenção do Bloco e várias especialidades, todos os colegas responderam ao apelo do virem para o Hospital e estão de prevenção", garantiu Miguel Ferreira.

As equipas de enfermagem estão super-reforçadas e o pessoal de todos os sectores deram um "apoio excepcional para uma eventualidade de socorro", acrescentou.

Reunião de urgência do Governo Regional
O Governo Regional agendou para as 17h00 deste sábado uma reunião de emergência da proteção civil devido ao mau tempo que está a atingir a ilha e em particular a cidade do Funchal.

Na baixa do Funchal a população viveu momentos de pânico. As águas das ribeiras ultrapassaram os muros de protecção e galgaram as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita, onde as águas ameaçam destruir uma rotunda ali construída recentemente.

As zonas altas da Madeira foram as mais atingidas com a chuva persistente a provocar derrocadas nos Moinhos, Três Paus, Trapiche (onde morreu uma senhora idosa alarmada com o desabar do telhado da sua casa provocado pela queda de uma grua).

A baixa da cidade está intransitável ao trânsito automóvel, com a Avenida do Mar e a zona velha da cidade completamente alagadas bem como a avenida Arriaga, a rua Fernão de Ornelas.

O shopping Dolce Vitta foi evacuado e o parque de estacionamento de vários andares está completamente inundado. O mesmo ocorreu no Centro Comercial do Anadia, onde a água transbordou no estacionamento.

A via rápida Ribeira Brava - Machico está interrompida em variadíssimos pontos, pelo que a circulação está praticamente intransitável.

O Instituto Nacional de Meteorologia, diz que "o pior já terá passado" e prevê que a tarde não seja tão pluviosa como foi a manhã, designadamente entre o período compreendido entre as 09h00 e as 10h00 horas da manhã, período em que choveu 52 milímetros no Funchal e 58 milímetros no Pico do Areeiro, segundo ponto mais alto da Região.

Os ventos muito fortes que chegaram a atingir os 100 quilómetros das zonas altas e a forte ondulação marítima contribuiram para o agravamento da situação.

Governo agarante apoio às vítimas
O primeiro-ministro, José Sócrates, declarou estar "absolutamente consternado" com a destruição e as vítimas mortais provocadas pelo temporal que assola a Madeira adiantando que o Governo "tudo fará" para apoiar esta região autónoma.

"Estou absolutamente consternado e desolado com as imagens que pude observar sobre as consequências do temporal na Madeira", declarou José Sócrates, à margem da reunião da Comissão Nacional do PS.

O líder do governo central expressou "toda a solidariedade ao Governo Regional da Madeira, à Câmara Municipal do Funchal" e garantiu que da parte do seu executivo haverá "toda a disponibilidade do Governo da República para cooperar na resposta à situação".

"Quero expressar a minha solidariedade, a minha profunda mágoa e deixar uma palavra de coragem a todos aqueles que foram afectados", disse.

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, partirá de avião para a Madeira logo que as condições climatéricas permitirem que aterre nesta região autónoma.

"É um sinal claro que estamos com os madeirenses neste momento difícil. Tudo faremos para que a resposta à situação seja encontrada numa cooperação entre os governos da República, da Região Autónoma e da Câmara do Funchal", frisou José Sócrates.

O Instituto de Meteorologia elevou para Vermelho o nível de alerta para a Madeira, o máximo.

Açores apoiam
Começam a chegar entretanto ao Governo regional da Madeira missivas de apoio dos mais variados quadrantes.

Depois de o Governo pela voz do primeiro-ministro, José Sócrates, ter garantido todo o apoio da governo central, também Carlos César líder do governo regional da outra região autónoma portuguesa, os Açores, fez chegar a Alberto João Jardim uma mensagem de consternação e apoio.

Para além, de disponibilizar a sua colaboração e solidariedade pessoal e institucional para fazer face ao mau tempo na ilha da Madeira, Carlos César afirma-se "consternado" com as consequências das fortes chuvas que assolam o arquipélago da Madeira e que já provocaram, pelo menos, cinco vitimas mortais, vários feridos e danos materiais avultados.

"Quero, por este meio, deixar-lhe a expressão da minha solidariedade pessoal e institucional e lamentar as vítimas mortais e danos ocorridos", escreve o Presidente do Governo Regional dos Açores na carta.

Carlos César solicitou ao seu secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos para que contactasse o homólogo madeirense visando oferecer a colaboração do Governo açoriano "em tudo o que for considerado útil".

Situação evidencia erros de ocupação do território - denuncia a Quercus
A Quercus vem na sequência dos últimos trágicos acontecimentos na Madeira, denunciar que o caos provocado pelas fortes chuvas no arquipélago é também "consequência dos inúmeros erros de ocupação do território" que se têm vindo a registar ao longo dos anos naquela ilha.

"É uma situação que obviamente decorre da forte pluviosidade. Mas existem inúmeros erros de ocupação do território que se têm vindo a registar ao longo do tempo e que agora demonstram as suas consequências", afirmou Hélder Spínola, dirigente nacional da Quercus.

O dirigente nacional da organização ambientalista, que está na Madeira, lamentou o facto de "os cenários mais graves" para os quais várias entidades, incluindo a Quercus, alertaram se estejam a confirmar.

A "situação catastrófica" que se vive actualmente no Funchal e em alguns concelhos limítrofes devido às fortes chuvas é também uma consequência das "construções junto aos leitos das linhas de água, dos lixos, terras e entulhos que têm sido despejadas dentro das ribeiras e da impermeabilização cada vez maior dos solos", diz Hélder Spínola.

"Estes são factores que agora nesta situação mais delicada acabam por significar, infelizmente, perdas de vidas humanas e uma destruição enorme de bens materiais", criticou.

As "ribeiras estão quase todas a galgar, há pontes destruídas e muitos carros arrastados", explica o dirigente da organização ambientalista.

Para a Quercus é fundamental que "de agora em diante se faça uma revisão da forma como ordenamos o território" e se assegure que "tudo não continue na mesma, como já aconteceu no passado". Por outro lado, é preciso "repensar a estratégia que tem vindo a ser seguida de ocupar os espaços, independentemente de eles estarem em zonas de risco", continua.

"É fundamental que não se continue a fazer isso. Existem situações que vêm de erros do passado, mas presentemente continuam a ser desenvolvidas obras e construções nessas mesmas circunstâncias", criticou.

RTP