O problema reside em persistentemente designar como tornados todos - ou quase todos - os danos associados a vento. A negrito assinalei a opção mais plausível.
Vento forte provoca danos em 50 campas cemitério de Ponta Delgada
O coordenador da Proteção Civil do município de Ponta Delgada, Pedro Azevedo, referiu que, após a avaliação da situação, ficou a ideia de que possa ter havido um “
pequeno tornado que provocou a queda de uma árvore que colapsou para cima de diversas campas e o próprio vento também provocou alguns danos na estrutura” de várias campas.
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O diretor da delegação regional dos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Diamantino Henriques, admitiu a hipótese de ter ocorrido “um evento de vento extremo”.
“Não temos para já um sistema de deteção com uma resolução tão elevada que possa detetar esses fenómenos que são muitíssimo localizados. Por outro lado, a situação meteorológica que poderá ter causado esta situação, era uma situação que já estávamos a acompanhar, tínhamos um aviso amarelo em vigor. Estava prevista precipitação intensa e vento forte, mas não prevíamos situações para ocorrências de tornados”, esclareceu Diamantino Henriques.
Segundo o responsável pelo IPMA nos Açores, não será possível identificar se se tratou de um tornado, tendo em conta que já foram feitos trabalhos de limpeza no local e as fotografias que circulam nas redes sociais “não são muito esclarecedoras em relação à extensão e orientação dos destroços”.
Diamantino Henriques informou que as rajadas de vento não provocariam estragos desta natureza, sendo que foi registada uma na ordem dos 92 km/hora.
“Pode ter sido um outro evento associado à precipitação intensa,
em que pode haver um escoamento preferencial numa determinada direção e quando isso acontece a destruição pode ser semelhante a um tornado”, referiu.