Seguimento Açores e Madeira - Março 2013

Hugois

Cumulus
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17 Abr 2012
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Camacha - Madeira (500/600m)
Sim isso é verdade, mas a s pessoas não têm dinheiro pra comprar outro terreno, esse se calhar era o mais barato, ou o único lugar onde tinham possibilidades de construir uma casa...portanto é compreensível...e quanto a isso de ter o coração na boca...até algo de mau acontecer as pessoas costumam pensar...ah aqui isso nunca vai acontecer...
 


Afgdr

Cumulonimbus
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28 Set 2011
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Lagoa - São Miguel, Açores
Seguem-se mais vídeos e imagens do mau tempo que se fez sentir nos Açores.

http://www.youtube.com/watch?v=UXjxsCs8w3I&feature=youtu.be









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Azor

Nimbostratus
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8 Out 2011
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Ilha de São Miguel - Açores (Eiras Velhas)
Eu fico parvo, é como deixam construir casas na encosta de uma montanha, eu não era capaz de viver em nenhuma dessas casas, então em dias de chuvadas e temporais isso é viver com o coração na boca. Não é preciso entender muito do assunto para dizer que essas casas estão num sítio crítico e propício a derrocadas e uma pessoa sabe que algum dia a montanha vem abaixo e vai as casas, as pessoas e vai tudo é por isso, que tanto nos Açores como na Madeira as tragédias acontecem porque constroem em zonas críticas.

Um abraço de apoio aos açorianos e força. :thumbsup:

Algarvio é sempre complicado retirar ou evacuar as populações de uma certa freguesia porque estes assentamentos humanos já existem nestas zonas desde o século XV.

Os primeiros povoadores dos Açores fixaram-se de imediato em zonas de ribeiras ou de relativa proximidade com o mar e com a montanha e encaixados em profundos vales.

Não se pode chegar ali e simplesmente eliminar as freguesias do mapa, ou evacuar toda a gente até porque as pessoas sabem e têm conhecimento do perigo em que vivem , mas mesmo assim habituaram-se a conviver com o perigo a toda a hora.

Na altura da catástrofe da Ribeira Quente, as pessoas mesmo sabendo que estavam a viver numa zona geologicamente instável, não quiseram abandonar as suas casas, porque preferem morrer naquilo que é seu e dentro das suas casas. É muito complicado.

Em S. Miguel, Santa Maria, S. Jorge e Flores existem muitas freguesias que vivem implantadas em zonas à mercê das catástrofes, mas mesmo assim ninguém quer abandonar nem abrir mão do seu cantinho, até porque muitos já ali vivem e nasceram desde a altura dos seus bisavós ou trisavós.

Aqui não é preciso viver debaixo de uma montanha para esperar que aconteçam tragédias. O perigo espreita em qualquer sítio e sempre quando menos se espera.
 

Azor

Nimbostratus
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8 Out 2011
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Ilha de São Miguel - Açores (Eiras Velhas)
São Miguel regista 122 litros por metro quadrado de pluviosidade


A ilha que registou os maiores níveis de pluviosidade entre as 12h00 de dia 13 e as 12h00 de 14 de março foi São Miguel, tendo a estação meteorológica do Nordeste assinalado 122 litros por metro quadrado (lm2), informou o meteorologista João José Fernandes.

O segundo maior nível registou-se em São Jorge, com 99 lm2, ao passo que na ilha do Pico foram registados 66 lm2.


De acordo com as informações obtidas junto do Instituto do Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o Faial registou 65 lm2, a Terceira 62, Graciosa 55, Flores 19 e Santa Maria e Corvo 18.

http://www.acorianooriental.pt/noti...122-litros-por-metro-quadrado-de-pluviosidade

Edit: Volta a chover forte por esta altura novamente :rain::rain:
 

algarvio1980

Furacão
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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
Algarvio é sempre complicado retirar ou evacuar as populações de uma certa freguesia porque estes assentamentos humanos já existem nestas zonas desde o século XV.

Os primeiros povoadores dos Açores fixaram-se de imediato em zonas de ribeiras ou de relativa proximidade com o mar e com a montanha e encaixados em profundos vales.

Não se pode chegar ali e simplesmente eliminar as freguesias do mapa, ou evacuar toda a gente até porque as pessoas sabem e têm conhecimento do perigo em que vivem , mas mesmo assim habituaram-se a conviver com o perigo a toda a hora.

Na altura da catástrofe da Ribeira Quente, as pessoas mesmo sabendo que estavam a viver numa zona geologicamente instável, não quiseram abandonar as suas casas, porque preferem morrer naquilo que é seu e dentro das suas casas. É muito complicado.

Em S. Miguel, Santa Maria, S. Jorge e Flores existem muitas freguesias que vivem implantadas em zonas à mercê das catástrofes, mas mesmo assim ninguém quer abandonar nem abrir mão do seu cantinho, até porque muitos já ali vivem e nasceram desde a altura dos seus bisavós ou trisavós.

Aqui não é preciso viver debaixo de uma montanha para esperar que aconteçam tragédias. O perigo espreita em qualquer sítio e sempre quando menos se espera.

Obrigado pela excelente explicação Azor, não conheço os Açores mas é um sítio que quero um dia visitar. :thumbsup:
 

Azathoth

Nimbostratus
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18 Jul 2012
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Funchal, Madeira
Eu fico parvo, é como deixam construir casas na encosta de uma montanha, eu não era capaz de viver em nenhuma dessas casas, então em dias de chuvadas e temporais isso é viver com o coração na boca. Não é preciso entender muito do assunto para dizer que essas casas estão num sítio crítico e propício a derrocadas e uma pessoa sabe que algum dia a montanha vem abaixo e vai as casas, as pessoas e vai tudo é por isso, que tanto nos Açores como na Madeira as tragédias acontecem porque constroem em zonas críticas.

Um abraço de apoio aos açorianos e força. :thumbsup:

Não se tens uma ideia de como é a orografia da ilha da Madeira, mas são muito poucos os sítios onde se pode dizer que não fiquem na encosta de uma montanha. O único sítio que estou a ver que cumpre esses requisitos vai ser a zona do Paúl da Serra, com 24 km2, a uma altitude média de 1500 metros. Não estou a ver como se há de mudar toda a gente (cerca de 260 mil habitantes) para esse sítio. E depois o problema é que por vezes acontece isto:
http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/353273-manto-de-agua-cobre-todo-o-planalto
 

trovoadas

Cumulonimbus
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3 Out 2009
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3,205
Local
loule-caldeirao
Eu fico parvo, é como deixam construir casas na encosta de uma montanha, eu não era capaz de viver em nenhuma dessas casas, então em dias de chuvadas e temporais isso é viver com o coração na boca. Não é preciso entender muito do assunto para dizer que essas casas estão num sítio crítico e propício a derrocadas e uma pessoa sabe que algum dia a montanha vem abaixo e vai as casas, as pessoas e vai tudo é por isso, que tanto nos Açores como na Madeira as tragédias acontecem porque constroem em zonas críticas.

Um abraço de apoio aos açorianos e força. :thumbsup:

Essa zona é uma autêntica bomba relógio! É completamente a pique:surprise: Faz lembrar aqueles "morros" no Brasil... Realmente há que haver um certo respeito por zonas como esta mas como se costuma dizer depois de casa roubada trancas à porta.
Um voto de força a todos os Açorianos e em particular a quem sofreu danos com esta intempérie. Há que ter força para recuperar e seguir em frente!
 

icewoman

Nimbostratus
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15 Dez 2009
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funchal
RAM, Sabado dia 16

Para a RAM, dia 16 teremos uma situação interessante do ponto de vista convectivo.

Com CAPE/LI bastante elevados, uma massa de ar bem humida nos niveis baixos, e uma dry layer nos niveis médios que actuará como filtro permitindo a evolução somente dos mais fortes updrafts.

Esses updrafts que sobreviverem a travessia da camada de ar mais seco encontrarão em altura uma situação favoravel de forçamento dinamico e shear moderado assim como ar bem mais frio, podendo rapidamente evoluir para sistemas convectivos organizados capazes de gerar precipitação forte e granizo.

A presença de veering nos niveis baixos sugere algumas hipoteses de trombas de agua, e a dry layer contribuirá para o arrefecimento das correntes descendentes, actuando no sentido de favorecer algumas rajadas de vento fortes.

O vento do quadrante sul e o ar humido nos niveis baixos actuarão conjuntamente ao favorecer a ocorrencia de precipitação por vezes forte nas encostas sul da Madeira, de caracter estratiforme.

Apesar de tudo, dado o caracter bastante disperso dos nucleos convectivos, o risco associado á convecção é bastante baixo, pelo que essencialente teremos em mão uma situação de chuva estratiforme por vezes moderada a forte nas cotas médias e altas da encosta sul.

FonT. Stormy
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Hazores

Nimbostratus
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11 Out 2008
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AGH,terceira,açores
Boa noite,

pela zona oeste da ilha terceira, a chuva apesar de fraca continua a cair, não deixando margem para que os solos consigam escoar a água que estão à superficie, desta forma vai acumulando e formando pequenas lagoas, que depois dão origem a escoamentos como os que ocorreram hoje um pouco por todo o arquipélago, com principal destaque para S.miguel e Terceira.
A chuva, segundo o GFS, a chuva continua durante todo o dia desta sexta feira, melhorias apenas no domingo.