Para tentar perceber porque é que o GFS continua a dar valores de CAPE muito superiores ao ECM comparei o
ensemble da nova versão com a antiga (Legacy). Usei a saída 00z (porque é a única diária do Legacy) com as coordenadas aproximadas de Vila do Porto (36°57'N/25° 08'O) já que esta localidade terá nos próximos 2/3 dias um CAPE com valores assinaláveis. Os rabiscos pretos no
ensemble do Legacy devem-se a um erro na modelação da saída operacional mas o que interessa são os valores de todas as saídas.
Fazer uma comparação aprofundada é difícil porque só tive acesso ao ECM após o surgimento do novo GFS. Contudo, pode haver diferenças brutais a curto prazo como acontece entre os dias 24 e 25. O CAPE médio de todos os modelos (linha vermelha) no Legacy ronda os 700. No novo GFS o CAPE médio ronda os 1000/1100 e o CAPE operacional (linha preta) dispara para os 1400/1500.
Sendo assim, o antigo GFS aproxima-se mais do
ensemble do ECM 00z, já que o CAPE médio deste não ultrapassa os 500 no dia 25 (durante a madrugada fica nos 200):
Agora surge mais um problema. Desvalorizar o CAPE do GFS e dar mais importância ao CAPE do ECM pode fazer com que se subestime a intensidade dos fenómenos. Quando é que um modelo está certo e o outro errado?
Não me parece que o WRF seja de grande ajuda: