As Caraíbas estão a atravessar a pior seca dos últimos cinco anos. Desde Porto Rico, a Cuba ou a Santa Lúcia, os campos agrícolas estão a secar, os reservatórios de água estão quase vazios e o gado está a morrer. As previsões meteorológicas apontam para um cenário ainda mais pessimista para os próximos meses.
Graças ao El Niño, a corrente de calor do Pacífico tropical que afecta a meteorologia global, as previsões indicam que a temporada dos furacões, que começa em Junho, vai ser mais calma que o normal, com períodos de chuva mais curtos que o normal. Tal significa que haverá menos água disponível para repor os níveis nos reservatórios de água.
Porto Rico é a ilha das Caraíbas mais afectada pela seca, que já atingiu mais de 1,5 milhões de pessoas, de acordo com o Centro Nacional de Mitigação da Seca dos Estados Unidos. Milhares de pessoas estão a receber água apenas de três em três dias, devido ao racionamento do recurso imposto pelo Governo de Porto Rico, escreve o Guardian.
Um dos desertos mais áridos do mundo está coberto de flores
Um El Niño forte pode ser o responsável pela mudança
O deserto de Atacama, no Chile, é conhecido como um locais mais secos à face da Terra, mas este ano está coberto de flores. Há 18 anos que não se assistia a uma transformação tão impressionante, devido a alguns dias de chuva abundante
Um El Niño forte é o responsável pela mudança, já que em março passado a região registou 240 mm de chuva num dia - o mesmo que a média de 14 anos em apenas um dia. A chuva causou mesmo cheias no rio Copiapo, que normalmente é apenas um nome, já que na maior parte do tempo está seco.
"Isto só ocorre quando o fenómeno El Niño altera o padrão das chuvas", explica Carina Martínez, investigadora do Instituto de Investigaciones Agropecuarias do Chile, citada pela BBC. A ausência de gelo também favoreceu a floração das malvas, que dão a cor que se vê nas imagens recolhidas nos últimos dias.
João Bandeira e Miguel Raposo, ambos de 47 anos, vão ser os primeiros portugueses a participar na Maratona da Antártida, na 11.ª edição da prova, a 19 de novembro.
"Sinto-me preparado, há sempre aquela ansiedade porque é algo que nunca fizemos. Obviamente que houve uma preparação mais cuidada, mas há sempre surpresas", advertiu Miguel Raposo, que aceitou o "desafio motivante" lançado por João Bandeira.
Depois de voarem desde Punta Arenas, no Chile, até à Antártida, os 52 participantes de 19 nacionalidades na corrida vão enfrentar 42,195 quilómetros, sob temperaturas abaixo dos 15 graus negativos e ventos entre os 20 e 45 km/hora, com várias camadas de roupa e sapatilhas de 'trail' com pítons.