Seguimento Ásia - 2007

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Inundações deixam sem casa 20 milhões de pessoas

Tragédia na Ásia do Su. São já 200 os mortos provocados pelas inundações e 20 milhões os desalojados. Inúmeras áreas encontram-se completamente submersas depois de vinte dias de chuva intensa da monção responsável por uma das piores cheias de que há memória na região. Na India um total de 14 milhões de pessoas foram afectadas. Sem casa, sem comida, sem água potável a população está ameaçada pelas serpentes que infestam as águas e pelas doenças. Há notícias de vários casos de mulheres gávidas cujos bébes morrem à nascença por falta de cuidados. Os distritos mais afectados Gorakhapur e Kushinagar. No Nepal e no Bangladesh o cenário é o mesmo. Milhares de hectares de terras encontram-se submersas. No Nepal 750 mil famílias ficaram sem casa no Bangladesh são mais de cinco milhões e meio os desalojados.
Para além da destruição das infraestruturas rodo-ferroviárias as inundações isolam milhares de sinistrados para quem a distribuição de víveres tarda em chegar apesar dos esforços dos militares encarregues da missão.

EURONEWS
 


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Sul da China: Um milhão de desalojados e 29 mortos

As inundações e fortes tempestades que castigaram nos últimos dias o sul da China causaram perto de um milhão de desalojados e provocaram a morte a 29 pessoas, informou a agência estatal "Xinhua", citada pela EFE.
Na província de Yunnan, na fronteira com Mianmar, Laos e Vietname, 20 pessoas morreram e cinco estão desaparecidas. As inundações e deslizamentos de terra desabrigaram um milhão de pessoas, segundo a informação oficial.
A província é uma das mais afectadas este ano pelo mau tempo na estação chuvosa, havendo a registar mais de 170 mortos.
Na província de Anhui, no leste, nove pessoas morreram e 90 mil foram desalojadas pelas tempestades desta semana, segundo o relatório do Governo provincial.
Cinco mortes foram resultado da queda de um edifício de dois andares atingido por um raio. Uma pessoa morreu sob uma árvore que caiu e outra foi vítima de uma colisão de um barco. Outros dois habitantes da província foram atingidos por raios.

© 2007 LUSA
 

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Taiwan prepara-se para enfrentar tempestade tropical "Tabuk"

O Serviço Meteorológico Central de Taiwan emitiu hoje um alerta para o leste e sul da ilha, devido à aproximação da tempestade tropical "Pabuk", que se encontra a cerca de 350 quilómetros da costa.
A tempestade tropical é esperada com ventos de 118 a 126 km/h, tem um raio de 150 quilómetros e movimenta-se a 24 km/h em direção oeste-noroeste.
Se continuar a actual direção, chegará à cidade de Ilan, no noroeste da ilha, na madrugada de amanhã.

LUSA
 

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Taiwan registra fortes inundações devido a tempestades tropicais

Taipé, 14 ago (EFE).- As tempestades tropicais que afetaram Taiwan na última semana provocaram diversas inundações no país, situação que deve piorar com as fortes chuvas que acompanham o tufão "Sepat", informou hoje o Serviço Meteorológico Central.
As chuvas torrenciais provocaram sérios danos no sul da ilha, especialmente em Pingtung e na península de Hengchun, onde foram registrados mais de 600 milímetros de precipitações nas últimas 36 horas.
As ruas da aldeia Lin-bian e de muitas outras localidades do sul da ilha estão inundadas, centenas de moradores tiveram que deixar suas casas, e os trens são obrigados a passar em baixa velocidade na região.
Com o aumento no nível do rio Meinong, a aldeia de mesmo nome está inundada, o que não ocorria nos últimos cem anos.
Quase todas as cidades da ilha, incluindo a capital Taipé e a cidade portuária de Kaohsiung, estão sofrendo com fortes temporais, o que provoca retenções de tráfego e afeta a vida dos cidadãos.
As regiões montanhosas do centro e leste de Taiwan estão registrando vários deslizamentos de terra e quedas de rochas que interromperam as comunicações em muitas estradas locais.
Os raios e trovões são freqüentes nos últimos dias na ilha.
O Governo conseguiu reabrir a estrada que atravessa Taiwan de ponta a ponta e retomar a comunicação ferroviária no sul.
Mais de 3 mil turistas que estavam sem comunicação nas Ilhas Verdes, devido à interrupção do serviço de aviões e navios, conseguiram voltar a Taiwan de navio aproveitando uma calma temporária dos mares.
Os vôos entre Taipé e a cidade de Taitung também foram restabelecidos, mas existe o temor de que sejam interrompidos novamente com o aumento na intensidade dos temporais devido à proximidade do tufão "Sepat".

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Mais de 300.000 pessoas afetadas pelas inundações na Coréia do Norte

Mais de 300.000 pessoas podem ter sido afetadas pelas violentas inundações registradas na Coréia do Norte, advertiu nesta quarta-feira um funcionário do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU.
As chuvas torrenciais também causaram enormes danos materiais.
Em Genebra, o PAM anunciou na véspera que a Coréia do Norte pediu ajuda a esta agência da ONU.

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Chuvas deixam pelo menos 60 mortos na Índia

Nova Délhi - Pelo menos 60 pessoas morreram devido a uma gigantesca avalanche causada pelas chuvas de monção e tufões em uma cidade do estado de Himachal Pradesh, em uma região da Índia próxima ao Himalaia.
Os temporais também atingiram a Coréia do Norte, onde deixaram cerca de 300 mil desabrigados.
O tufão Sepat abalou as Filipinas e a capital Manila com ventos de até 160 quilômetros por hora, sem causar vítimas, e agora se dirige rumo a Taiwan, onde já foi lançado um estado de alerta e se prevê que chegue como tufão de categoria 4, uma abaixo do máximo.
Bangladesh também foi fortemente atingido, onde o número de mortos pode chegar a 500, milhões de pessoas estão desabrigadas e mais de 50 mil sofrem com uma grave diarréia. Esta já está sendo considerada a pior tormenta dos últimos anos.
No Havaí, nos Estados Unidos, a passagem do tufão Flossie não deixou nenhuma conseqüência grave. Enquanto que no Japão uma onda de calor com picos de mais de 40 graus Celsius pode provocar um blecaute energético.

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Japão regista calor recorde em 74 anos: 40,9°C


O Japão registrou nesta quinta-feira a mais alta temperatura medida no país nos últimos 74 anos, segundo informaram autoridades do serviço oficial de metereologia. Em Tajimi, cidade a oeste da capital, Tóquio, os termômetros atingiram 40,9º C; o recorde anterior era de 1933, com 40,8º C.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, a onda de calor é atribuída ao sistema de alta pressão proveniente do Oceano Pacífico. Devido ao fenômeno La Niña, as águas do mar estão resfriadas.
As autoridades locais afirmaram ainda que seis pessoas já morreram esta semana devido à onda de calor. A última temporada quente no país ocorreu em 2004, quando as marcas chegaram a 40,4º C.
Além das vítimas fatais, os japoneses enfrentarão outros problemas devido ao calor: a escassez de energia. A companhia de eletricidade de Tóquio admite que terá grandes obstáculos para manter o abastecimento de energia frente ao aumento do uso de aparelhos de ar condicionado.

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Inundações deixam 370.000 desabrigados no norte das Filipinas

Manila, 17 ago (EFE).- As inundações causadas pelo tufão "Sepat" em sua passagem pelo norte das Filipinas afetaram até agora cerca de 370 000 pessoas de aproximadamente 20 cidades, indicou o Conselho Nacional de Coordenação de Desastres. A província com maior número de desabrigados é a de Pampanga, situada cerca de 50 quilômetros ao norte da capital Manila e onde 70 casas foram danificadas devido às inundações e às rajadas de vento de até 250 km/h.
O conselho indicou em comunicado que cerca de mil de pessoas tinham sido retiradas de suas casas em Pampanga, e que cinco pescadores foram resgatados pela Marinha filipina na província de Quezon, depois que sua embarcação naufragou e por causa das grandes ondas. Em Manila, alguns colégios, negócios e escritórios permaneceram fechados pelo terceiro dia consecutivo devido às intensas chuvas.
Entre 15 e 20 furacões passam pelas Filipinas todos os anos durante a estação das monções, que ocorre de junho a novembro.

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ONU pede US$ 14 milhões para vítimas de inundações na Coréia do Norte

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) fez hoje um pedido internacional para arrecadar US$ 14 milhões, quantia que será destinada aos desabrigados pelas inundações que atingem a Coréia do Norte desde o dia 14 de agosto. Calcula-se que cerca de um milhão de pessoas tenham sido afetadas pelas cheias dos rios e pelos deslizamentos de terra causados pelas chuvas torrenciais que atingiram nove províncias do país asiático, dentre as quais a capital Pyongyang.
Pelo menos 450 pessoas morreram, e mais de 170 mil ficaram desabrigadas, e tiveram que ser hospedadas em refúgios improvisados onde estão expostas à propagação de doenças infecciosas, segundo alertou a Ocha. Os fundos solicitados servirão para complementar e coordenar a resposta do Governo da Coréia do Norte às necessidades dos segmentos mais vulneráveis da população nos próximos três meses.
Os projetos identificados na solicitação se centram na distribuição de produtos essenciais, como água potável, alimentos e remédios. "As agências da ONU e a União Européia colaboram estreitamente com o Governo da Coréia do Norte para proporcionar assistência urgente aos afetados pelo desastre", assegurou a subsecretária adjunta para Assuntos Humanitários da ONU, Margareta Wahlstrom.
As equipes de especialistas internacionais e norte-coreanos que avaliaram os danos causados pelas chuvas calculam que 240 mil casas foram afetadas. As inundações destruíram ainda 20% das plantações de arroz e 15% das colheitas de milho do país, o que representa a perda de cerca de um milhão de toneladas de produtos.
A perda dos cultivos despertou o temor de uma nova crise alimentícia, semelhante a que atingiu o país durante a década passada.

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ONU alerta que doações humanitárias para Paquistão são insuficientes

Genebra, 31 ago (EFE).- O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) alertou hoje que a situação no Paquistão, dois meses após a passagem do ciclone Yemin, é extremamente crítica, e advertiu que as doações feitas até agora são insuficientes. "Não temos dinheiro para dar a ajuda de emergência necessária após as fortes inundações e a passagem do ciclone", afirmou hoje a porta-voz do OCHA, Elisabeth Byrs, em entrevista coletiva.
Byrs afirmou que a magnitude da catástrofe pode ser medida pelo fato de que o número de afetados nas províncias de Sindh e Baluchistão - 2,5 milhões - é a mesma que a do terremoto ocorrido em 2005. A porta-voz enfatizou que foram obtidos apenas 20% dos US$ 38 milhões solicitados em 18 de julho. "É uma situação inaceitável, não podemos responder às necessidades da população com tão poucos recursos financeiros", afirmou.
Ela ressaltou que atualmente há 200 mil pessoas vivendo em campos de refugiados, enquanto outras 20 mil conseguiram se refugiar em edifícios públicos e escolas. Byrs advertiu da existência de problemas de saúde nas regiões mais afetadas pelas enchentes, onde cerca de 400 mil pessoas - em sua maioria crianças e mulheres - foram atendidas por casos de malária, infecções respiratórias agudas, diarréias e desidratação.
O OCHA teme que possam ocorrer epidemias, levando em conta o grau de poluição das águas.

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Temperatura média do Tibete subiu 2 graus em dois meses

A temperatura média no planalto tibetano subiu entre um e dois graus durante os meses de Julho e Agosto, em comparação com a registada nos anos passados, informam as autoridades meteorológicas da região citadas hoje pela agência oficial Xinhua. Devido a fenómenos meteorológicos como as mudanças climáticas ou o «El Niño», o Tibete registou entre Dezembro de 2006 e Fevereiro de 2007 seu terceiro «Inverno Quente» dos últimos 25 anos, segundo dados da Estação Meteorológica da Região Autónoma do Tibete.
«Este tempo anormal levou a uma maior incidência de condições climáticas extremas na época de chuvas», explicou Jiala, responsável da estação. Desde Julho, o Tibete tem vindo a registar tempestades, granizo, inundações e deslizamentos de terra provocados pelas constantes chuvas, o que também afectou a vida da sua população, a produção agrícola e os transportes.

Fonte: Diário Digital
 

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6 Set 2006
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Temperatura média do Tibete subiu 2 graus em dois meses

A temperatura média no planalto tibetano subiu entre um e dois graus durante os meses de Julho e Agosto, em comparação com a registada nos anos passados, informam as autoridades meteorológicas da região citadas hoje pela agência oficial Xinhua. Devido a fenómenos meteorológicos como as mudanças climáticas ou o «El Niño», o Tibete registou entre Dezembro de 2006 e Fevereiro de 2007 seu terceiro «Inverno Quente» dos últimos 25 anos, segundo dados da Estação Meteorológica da Região Autónoma do Tibete.
«Este tempo anormal levou a uma maior incidência de condições climáticas extremas na época de chuvas», explicou Jiala, responsável da estação. Desde Julho, o Tibete tem vindo a registar tempestades, granizo, inundações e deslizamentos de terra provocados pelas constantes chuvas, o que também afectou a vida da sua população, a produção agrícola e os transportes.

Fonte: Diário Digital

Pegar em dois meses e referir mudanças climáticas...:rolleyes:
Não podemos ignorar dados destes, mas climaticamente, eventos ou anos isolados, não têm grande significado no final, a menos que, esta esteja a ser a regra e não a excepção nos últimos anos...
Verificar as situações meteorologicas e as posições por exemplo de anticilones dominantes e a sua posição face à sua normalidade, na Ásia podiam até responder a esse "tempo anormal". Num espaço mais alargado, uma influência do El-niño também não é de excluir atendendo aos seus efeitos que afectam diferentes regiões no mundo.
 

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New floods hit Bangladesh

More than 100,000 Bangladeshis have been displaced or marooned, some for the second time in as many months, after heavy rains brought fresh floods to the country, officials said Sunday. Thousands of villages in the north of the delta nation were inundated at the weekend, many of them after being hit by the devastating floods of late July and early August, officials said.
In Sirajganj district, among the worst hit by the first spell of flooding, a surge of water from rivers overflowing their banks displaced or marooned tens of thousands, district administrator Ibrahim Khalil said. "Some 7,000 people have already taken shelter at government relief centres. It's just weeks since many of them returned home. They have planted paddy (rice) afresh in the land only to see flood water submerging them again," he said.
The toll since the start of monsoon rains in June stands at 959, including deaths from water-borne sickness, snake bites and landslides as well as drowning. At least 10.5 million people have been displaced or marooned by the floods.
The country's flood centre said two major Himalayan rivers that empty into the Bay of Bengal through Bangladesh -- the Brahamputra and the Ganges -- had risen alarmingly in tandem. Fed by heavy seasonal monsoon rains upstream and melting glaciers in the Himalayas, the Brahmaputa, known as the Jamuna in Bangladesh, was now flowing well above danger level, the centre said.
"It's a grim scenario. Major rivers have been rising alarmingly. The country is now in the grip of a second spell of flood," said Saiful Hossain, head of the centre. "And this time it will have devastating impact because the farmers will not have time recover their losses," he said.
Muslim-majority Bangladesh, which has a population of 140 million, has sought an initial 150 million dollars in help from donor agencies with 60 million dollars already pledged as immediate food and medical assistance. Saudi Arabia alone promised 50 million dollars plus a shipment of five planes of food and medicine.
The agriculture ministry estimated that 290 million dollars' worth of crops had been damaged in the initial flooding. The cost to infrastructure and housing has yet to be determined.

Fonte: AFP
 

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Milhões de asiáticos tentam superar destruição causada por monções

Milhões de habitantes de Bangladesh e do nordeste da Índia tentam superar a devastação causada pelas recentes inundações que, de acordo com os últimos dados, mataram cerca de 2 400 pessoas e agravaram ainda mais a pobreza dos moradores das zonas rurais.
Os números oficiais indicam que, desde o início da estação, no final de junho, as chuvas de monção causaram transtornos a 30 milhões de pessoas, mas organizações humanitárias como a Oxfam e a ActionAid International acreditam que o número seja bem maior. "Achamos que pode ser o dobro. Em regiões como Bihar (nordeste indiano), as chuvas recomeçaram e alagaram áreas que não tinham sido atingidas pelas inundações nas últimas semanas. Novamente, pessoas são vistas se refugiando nos telhados de suas casas", disse hoje à Efe a porta-voz da ActionAid India, Alice Wynne Wilson.
Só em Bihar, 240 pessoas morreram desde o começo da monção, enquanto devem chegar a 1.800 os mortos na Índia; em Bangladesh, cerca de 500 pessoas morreram, número que chega a 100 no Nepal. A ActionAid e a Oxfam International, duas das principais ONGs que atuam na região, afirmam que as devastadoras chuvas agravaram a miséria de milhares de pessoas que trabalham por um dia e que, por não terem terras, não receberão indenização do Governo por cada hectare de plantação perdido.
"Os mais afetados são os que têm menos recursos. Com as colheitas destruídas, os camponeses que trabalham em troca de uma diária não terão trabalho durante três ou quatro meses. E como as terras não pertencem a eles, não vão receber nada", disse Wynne. A porta-voz da ActionAid afirmou que em regiões como Bihar, uma das mais subdesenvolvidas da Índia e a mais afetada pelas inundações este ano, milhares de imóveis ficaram danificados ou destruídos. Mas muitos deles não constam dos registros oficiais e, por isso, os proprietários também não serão indenizados.
Centenas de famílias dormem na beira das ruas e estradas, em muitos casos desagregadas. Nas regiões mais pobres "os homens emigram em busca de emprego e as mulheres precisam cuidar das famílias", disse a representante da ActionAid. "Elas foram especificamente afetadas pela tragédia. Muitas estavam sozinhas com as crianças e idosos quando começaram as inundações", acrescentou, antes de lembrar a vulnerabilidade deste setor "desprotegido" da população.
Segundo Wynne, as informações sobre as vítimas das inundações "são a ponta do iceberg", já que ainda chegarão as conseqüências da tragédia a médio prazo, como o desemprego em massa e a crise gerada pela fome. A Oxfam concorda com este ponto de vista, pois a organização teme que a reconstrução seja lenta e trabalhosa.
"Quando o nível de água baixar, será necessário mais ajuda do que a atual para permitir às pessoas reconstruir suas casas e suas vidas. Falamos de mais de três ou quatro meses, talvez um ano", disse à Efe o responsável do Programa Humanitário para o Sul da Ásia da Oxfam, Orla Murphy. Para a representante da organização, os maiores desafios são "fornecer meios para garantir a saúde pública e controlar doenças como a diarréia".
O diretor da ONG para Bangladesh, Farin Hassan Ahmed, disse que no país, um dos mais povoados do mundo, a população começou a voltar para suas casas, depois que as chuvas deram uma trégua na última semana, deixando um panorama desolador. "Há necessidades imensas", alertou Hassan, referindo-se aos milhares de hectares de plantações perdidas, às pontes e estradas arrasadas e às mais de 900 mil casas danificadas ou destruídas.
O temor da população e das autoridades é que as fortes chuvas voltem a cair em setembro e impeçam a realização de uma nova colheita, o que agravaria a situação de milhões de camponeses que sofreram uma das piores inundações dos últimos anos.

Fonte: Último Segundo