A China vive a pior temporada de chuvas desde 1998
A China vive a pior temporada de chuvas desde 1998, com inundações que provocaram a morte de 701 pessoas e o desaparecimento de outras 347, informou o governo nesta quarta-feira (21). Os números anunciados pelo Ministério de Assuntos Civis e pelo Escritório Estatal de Controle de Inundações e Seca mostram que as chuvas em 27 Províncias afetaram 117 milhões de pessoas e obrigaram mais de 8 milhões a deixarem suas casas.
As perdas materiais diretas somam 142 bilhões de iuanes, com 645 mil casas derrubadas e 7 milhões de hectares de cultivo comprometidos. Estes dados só são comparáveis, na história recente da China, com a situação vivida há doze anos, quando as inundações no rio Yang Tsé, o de maior vazão país, mataram 4.150 pessoas e provocaram a retirada de mais de 18 milhões.
O governo teme, no entanto, que as inundações piorem ainda mais nas próximas semanas. O diretor do Escritório Estatal de Controle de Inundações, Liu Ning, disse nesta quarta-feira que o período do ano que tradicionalmente traz mais chuvas ao país acontece entre o fim de julho e o início de agosto. No sul da China as chuvas são 30% superiores à média dos registros históricos.
Chuvas afetam represas - Liu também afirmou que, devido aos persistentes aguaceiros, o país tem 230 rios cuja vazão supera o nível de alerta. Além disso, outros 25 rios, entre eles alguns de grande porte, registram níveis superiores a qualquer medição histórica. O enorme fluxo de água destruiu seis pequenas represas no país e causou problemas em várias outras. Liu destacou, no entanto, o papel da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, que nesta quarta-feira recebeu um recorde de 70 mil metros cúbicos de água por segundo, superior aos 63 mil metros cúbicos de 1998.
As chuvas de 2010 impõem o primeiro grande teste à obra, localizada no centro do país, desde que entrou em pleno funcionamento, em 2008. O nível das águas em Três Gargantas está, atualmente, em 154 m de altura. A construção está preparada para suportar um máximo de 175 m, equivalentes a 39,3 bilhões de metros cúbicos. Sem a represa, que serviu de bloqueio, as águas teriam fluído abertamente e superado os diques (do curso inferior).
Meteorologia prevê mais chuva - As previsões meteorológicas na China não são otimistas. Os serviços locais advertiram que as chuvas continuarão no sul e no centro do país - a zona mais afetada até o momento -, mas também se deslocarão ao norte, zona mais árida e pouco acostumada às precipitações e cheias súbitas dos rios. Liu afirmou que a situação pode piorar.
Além das fortes chuvas, as autoridades estão preocupadas com a possível chegada de tufões procedentes do oceano Pacífico, típicos entre o verão e o outono na China, que em 2010 sentirá os efeitos de entre seis e oito temporais extremos, informou o diretor do Escritório Estatal de Controle de Inundações e Secas. O Centro Nacional de Meteorologia comunicou nesta quarta-feira que a tempestade tropical Chanthu chegará nesta quinta-feira às Províncias de Hainan e Cantão, com chuvas fortes e rajadas de vento de 108 km/h.
R7 Notícias
A China vive a pior temporada de chuvas desde 1998, com inundações que provocaram a morte de 701 pessoas e o desaparecimento de outras 347, informou o governo nesta quarta-feira (21). Os números anunciados pelo Ministério de Assuntos Civis e pelo Escritório Estatal de Controle de Inundações e Seca mostram que as chuvas em 27 Províncias afetaram 117 milhões de pessoas e obrigaram mais de 8 milhões a deixarem suas casas.
As perdas materiais diretas somam 142 bilhões de iuanes, com 645 mil casas derrubadas e 7 milhões de hectares de cultivo comprometidos. Estes dados só são comparáveis, na história recente da China, com a situação vivida há doze anos, quando as inundações no rio Yang Tsé, o de maior vazão país, mataram 4.150 pessoas e provocaram a retirada de mais de 18 milhões.
O governo teme, no entanto, que as inundações piorem ainda mais nas próximas semanas. O diretor do Escritório Estatal de Controle de Inundações, Liu Ning, disse nesta quarta-feira que o período do ano que tradicionalmente traz mais chuvas ao país acontece entre o fim de julho e o início de agosto. No sul da China as chuvas são 30% superiores à média dos registros históricos.
Chuvas afetam represas - Liu também afirmou que, devido aos persistentes aguaceiros, o país tem 230 rios cuja vazão supera o nível de alerta. Além disso, outros 25 rios, entre eles alguns de grande porte, registram níveis superiores a qualquer medição histórica. O enorme fluxo de água destruiu seis pequenas represas no país e causou problemas em várias outras. Liu destacou, no entanto, o papel da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, que nesta quarta-feira recebeu um recorde de 70 mil metros cúbicos de água por segundo, superior aos 63 mil metros cúbicos de 1998.
As chuvas de 2010 impõem o primeiro grande teste à obra, localizada no centro do país, desde que entrou em pleno funcionamento, em 2008. O nível das águas em Três Gargantas está, atualmente, em 154 m de altura. A construção está preparada para suportar um máximo de 175 m, equivalentes a 39,3 bilhões de metros cúbicos. Sem a represa, que serviu de bloqueio, as águas teriam fluído abertamente e superado os diques (do curso inferior).
Meteorologia prevê mais chuva - As previsões meteorológicas na China não são otimistas. Os serviços locais advertiram que as chuvas continuarão no sul e no centro do país - a zona mais afetada até o momento -, mas também se deslocarão ao norte, zona mais árida e pouco acostumada às precipitações e cheias súbitas dos rios. Liu afirmou que a situação pode piorar.
Além das fortes chuvas, as autoridades estão preocupadas com a possível chegada de tufões procedentes do oceano Pacífico, típicos entre o verão e o outono na China, que em 2010 sentirá os efeitos de entre seis e oito temporais extremos, informou o diretor do Escritório Estatal de Controle de Inundações e Secas. O Centro Nacional de Meteorologia comunicou nesta quarta-feira que a tempestade tropical Chanthu chegará nesta quinta-feira às Províncias de Hainan e Cantão, com chuvas fortes e rajadas de vento de 108 km/h.
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